Kristen Stewart estampou a capa da edição do Sundance Film Festival da revista Variety e esteve na festa em sua homenagem durante o festival. Antes da festa, Kristen deu uma rápida entrevista para o veículo. Confira tudo o que rolou:
Kristen Stewart, Anna Baryshnikov, Alok Vaid-Menon, Michael Hsu Rosen and more joined Variety's Sundance Cover Party Presented by @United to celebrate “Loves Lies Bleeding” and Stewart's cover. Go inside the party here: https://t.co/eRgq1bOPOA pic.twitter.com/UUONhl3M4e
— Variety (@Variety) January 25, 2024
A dominação de Kristen Stewart no Sundance Film Festival de 2024 continuou na festa da Variety, onde ela foi homenageada por seus papéis principais em duas grandes estreias do festival: Love Me, um romance pós-apocalíptico em que ela estrela ao lado de Steven Yeun, e Love Lies Bleeding, um thriller policial da A24 em que ela interpreta uma gerente de academia solitária que se apaixona por uma fisiculturista.
“É difícil chegar aqui”, Stewart contou para a Variety na festa sobre retornar ao Sundance, onde ela já estreou dezenas de filmes ao longo de sua carreira. “Não porque é um festival de cinema estabelecido e de elite, mas porque apoia vozes marginalizadas. Vozes que não são ouvidas em nenhum outro lugar. É um sentimento consolidado e comum, e só te faz mais forte voltar para um mundo cheio de “nãos” e dizer: “Eu sei que há um lugar para mim.’”
Stewart disse que ir ao Sundance parece como viajar “para a terra de todos os atores que eu amo e admiro. É a terra de Evan Rachel Wood, Jenna Malone e Natalie Portman. Eu estive aqui no ano em que Hora de Voltar foi exibido. Eu era apenas uma criança e fiquei obcecada com a performance da Natalie.”
Em Love Lies Bleeding, que marca o segundo filme da diretora de Santa Maud, Rose Glass, Stewart enfrenta atores de peso como Ed Harris e Jena Malone.
“Nem sempre você trabalha com grandes atores, mas fiquei maravilhada”, disse Stewart sobre trabalhar no filme. “Eles são tão bons. Pode ser intimidador, mas você está à altura. Você realmente fica na ponta dos pés nessas ocasiões.”
“[Jenna e eu] temos uma briga de irmãs”, Stewart continuou. “Ela me deixou chocada. Ela gritou na minha cara de uma maneira que não estava remotamente no roteiro. Me pegou tão de surpresa que eu caí na cama e ela subiu em cima de mim e começou a me socar. Eu a admiro como irmã, mas de longe. Sabe quando você assiste pessoas em filmes e pensa que conhece elas? Era uma admiração histórica.”
A colega de elenco de Stewart em Love Lies Bleeding, Anna Baryshnikov, esteve na festa e elogiou Stewart.
“Ela é uma versão adulta de uma pessoa descolada”, Baryshnikov disse. “Ela é incrivelmente gentil e trabalhadora, muito apaixonada e tem um conhecimento muito grande sobre cinema. Um bom exemplo de como ela é uma parceira de cena generosa foi quando, na minha primeira cena, eu estava fumando um cigarro e tremendo tanto que ele apagou. Fiquei muito envergonhada quando a cena acabou, e ela disse: “Não, queremos pessoas que se importem com o filme tanto assim.” Ela é muito talentosa e corajosa. Eu interpreto uma personagem que é apaixonada por ela, e a atuação foi muito fácil.”
Kristen Stewart esteve no Sundance Film Festival para divulgar seus filmes Love Me e Love Lies Bleeding. Durante a passagem pelo festival, ela conversou com o Deadline sobre os dois filmes. Confira:
“Esse filme é obscuro”, Kristen Stewart disse no estúdio no Deadline no Sundance.
Em Love Lies Bleeding, de Rose Glass, Stewart interpreta Lou, uma gerente de academia que se apaixona por Jackie (Katy O’Brian), uma fisiculturista a caminho de Las Vegas, mas no final as duas são puxadas para os esquemas da família criminosa de Lou.
“A protagonista é um pouco afável”, disse Stewart, “mas no final das contas há um tipo de violência familiar, que realmente está em todos nós, porque não somos diferentes uns dos outros. Acredito na individualidade, mas somos todos humanos e todos temos a capacidade de fazer coisas muito nojentas. É também uma história de amor que se passa nos anos 80 e que fala sobre força.”
“Love Me é um filme sobre uma bóia e um satélite que se encontram online muito depois da extinção humana”, explicou Andy Zuchero, que co-escreveu e co-dirigiu o filme com Sam Zuchero. Nascidas da ideia de a IA emular a vida real, e nossos avatares online, as entidades “finalmente evoluem para um mundo que parece tão realista quanto o nosso.”
Em entrevista no estúdio do Deadline no Sundance, Kristen Stewart acrescentou: “O filme é sobre todos nós, todas as nossas projeções, medos e inseguranças. A forma como interagimos com nós mesmos e uns com os outros, a forma como nos apresentamos. A negociação entre mentiras e manipulação e também a disparidade em querer ser visto. Eu olhei para o roteiro e pensei: “Ah, então eu poderia interpretar todos no mundo inteiro neste filme, e na verdade, só poderia interpretar eu mesma.” Quando assisti ao filme, todo mundo que já conheci estava representado nele.”
Yeun disse que foi informado de que Stewart estava a bordo do projeto quando leu o roteiro. “Sinceramente, sou um grande fã do trabalho dela. Pensei: “Se ela está no filme, então vai ser demais.’” Steven explicou que no primeiro encontro com os Zucheros e Stewart, ele sentiu “uma tensão interessante, uma verdadeira honestidade. Acho que todos estamos buscando uma experiência assim.”
Quanto ao que ela espera que o público interprete do filme, Sam Zuchero disse: “Gostaria que as pessoas soubessem que podem mudar, podem evoluir, podem ser o que quiserem e, se amarem a si mesmas, então haverá mais amor no mundo, para elas e para todos os outros.”
Durante o Sundance Film Festival, Kristen Stewart passou pelo estúdio do IndieWire para conversar sobre o filme ao lado de Steven Yeun, seu colega de elenco, e dos diretores Sam e Andy Zuchero. Confira:
2023 foi o ano da inteligência artificial como vilã em Hollywood, com blockbusters como Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um e Resistência interpretando a inteligência como uma força mortal que poderia destruir a humanidade. Mas o casal de cineastas Andy e Sam Zuchero decidiram por uma abordagem diferente com o romance Love Me, que conta a história de duas inteligências artificiais que se transformam em múltiplas formas físicas durante o affair que dura bilhões de anos. E se a inteligência artificial fosse uma coisa boa que nos ajudasse a ver o amor através de novas lentes?
Foi uma abordagem inteligente, já que Love Me se tornou um dos filmes mais falados durante o Sundance Film Festival de 2024. Os Zuchero e suas estrelas Kristen Stewart e Steven Yeun passaram no estúdio do IndieWire durante o Sundance para falar sobre a abordagem positiva do filme em relação à inteligência artificial.
“Tínhamos uma história que era uma ficção científica, e Sam disse: “Vamos jogar fora,” porque queríamos um romance,” disse Andy Zuchero. “Enquanto fazíamos esse filme, o cenário da tecnologia e da IA se desenvolveu muito. Estamos recebendo muitas perguntas sobre como esse filme analisa ou aborda a IA. E, sinceramente, somos apenas espectadores, somos parte do público assistindo esse desenvolvimento e é emocionante. E, na verdade, nosso filme não é sobre IA. É sobre humanos através das lentes da IA. E a parte legal é que a IA só funciona para que possamos aproveitar tudo e todos. É uma visão igualitária da humanidade. E foi uma lente interessante de se observar, não havia julgamentos.”
Sam Zuchero explicou que ela se inspirou em comédias de diretores como Frank Capra e Howard Hawks, o que a levou a experimentar com as técnicas de aplicar narrativas clássicas de romance em problemas futuristas como a ascensão da inteligência artificial.
“Eu estava assistindo Aconteceu Naquela Noite e Jejum de Amor e pensei: “Oh, vai ser bom se pudermos contar através das lentes do amor,’” disse ela. “E vai nos dar uma oportunidade de usar IA como uma ferramenta para nos enxergarmos sem julgamentos.”
Yeun e Stewart repetiram os sentimentos de seus diretores, dizendo que o uso de IA no filme como enredo permitiu oferecer uma nova perspectiva sobre amor romântico que é livre dos preconceitos humanos tradicionais.
“Nós somos a totalidade de tudo,” disse Yeun. “É interessante ver como você quer ser amado, ou como você pode conseguir amor, afeto ou não perder alguém. É a maneira como você se compromete com você mesmo e com outras pessoas. E então chegar no fim e dizer: “Talvez seja perfeito de qualquer forma.” Só é imperfeito quando você faz comentários, quando você está autoconsciente. Mas quando você está no momento, só está acontecendo.”
Stewart expressou que espera que Love Me seja usado como exemplo para um futuro cheio de esperança, em vez de medo, em relação à IA.
“Em vez de continuarmos fazendo filmes em que a IA destrói nós todos, talvez sugerimos isso,” disse Stewart. “Vamos amar uns aos outros!”
Kristen Stewart compareceu à estreia de seu novo filme, Love Me, durante o Sundance Film Festival no dia 19 de janeiro. Ela esteve ao lado de Steven Yeun, seu colega de elenco, e dos diretores Sam e Andy Zuchero. Confira tudo o que rolou abaixo:
Pode ser estranho chamar de intimista um filme que apresenta toda a história da humanidade e que tem visuais do grande apocalipse desde o início, mas Love Me não é um filme comum. “O início foi diretamente influenciado pela citação de ‘Pale Blue Dot‘ de Carl Sagan”, disse Andy Zuchero, um dos diretores do filme, durante a conversa sincera e calorosa após a estreia do filme no Sundance Film Festival. Fazer referência a uma das citações mais conhecidas do famoso astrônomo (e influenciador da gola alta com blazer) é normal para esta história de amor conceitual. “Queríamos que [este filme] proporcionasse a mesma sensação de admiração daquela fotografia da Terra — o sentimento de ser grande e pequeno ao mesmo tempo.”
É assim que também sentimos a emoção e o amor de um novo relacionamento. Tudo é grande e pequeno ao mesmo tempo. Para Me (interpretada pela aventureira Kristen Stewart) e Iam (interpretado por um diferente Steven Yeun), pequenos prazeres como fazer “quesadillas vegetarianas picantes” do Blue Apron enquanto vestem macacões ridículos de animais e assistem reprises de Friends em noites de encontro são monumentais.
Na verdade, para Me e Iam, é tudo o que eles fazem porque não são humanos de verdade. Me é uma bóia inteligente flutuando no oceano no fim do mundo que se conecta com Iam, um satélite que orbita os vestígios do nosso planeta com a história da humanidade para qualquer ser vivo que vagueie pela atmosfera da Terra. Me fica imediatamente interessada em continuar sua conexão com Iam, mas o satélite só está programado para se conectar com seres vivos. De repente, Me precisa se tornar um ser vivo — e um que seja aceitável para o satélite. O filme conceitual começa a se tornar muito mais familiar para quem já navegou no mundo do namoro virtual.
Através da magia aparentemente eterna dos influenciadores do YouTube, Me assume a personalidade e a aparência de Deja e começa a transformar Iam no namorado dela. O problema é que tudo o que ela sabe sobre ser humana é por meio dos vídeos patrocinados da vida tranquila dessa influenciadora, onde as pessoas se chamam de amor e escondem alianças de casamento em potes de sorvete. Enquanto Me tenta forçar Iam a recriar perfeitamente o vídeo encenado da antiga humana, Iam começa a se perguntar o que realmente significa ser real.
“Este é o filme sobre relacionamento e pessoas mais honesto do qual já participei”, diz Stewart, tentando encontrar as palavras certas para descrever os níveis de identidade e caráter dentro de Love Me. Ela sorri e ri de si mesma brevemente. “Uau, ‘filme sobre pessoas’. Que bom que estou aqui para explicá-lo!” As risadas explodem no palco onde Sam Zuchero melhora o argumento de Stewart: “Este filme é sobre o eu interno e que você apresenta… como somos em nosso quarto versus como queremos ser vistos pelos outros.”
Love Me começa com algo tão grandioso quanto o big bang e termina com dois seres que passaram a aceitar quem são e a apreciar plenamente quem é seu parceiro. É difícil decidir o que é mais inspirador. Viu? Grande e pequeno.
Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil
Kristen Stewart recebeu o Visionary Award no Sundance Film Festival por sua contribuição com o cinema independente na última quinta-feira (18). O ator e colega de elenco em três filmes Jesse Eisenberg entregou o prêmio para a atriz. Confira tudo o que rolou:
Kristen Stewart recebeu uma grande honra no Sundance Film Festival, apresentada pelo ex-colega de elenco Jesse Eisenberg.
Na abertura do festival na quinta-feira, Stewart recebeu o Visionary Award, reconhecendo seu trabalho como uma “artista intransigente, por suas contribuições na área do cinema independente, e por seu grande histórico com o Sundance Film Festival”, de acordo com o comunicado para a imprensa.
Eisenberg compareceu ao evento para apresentar a honra para sua amiga. A dupla estrelou em três filmes: Férias Frustradas de Verão (2009), American Ultra (2015) e Café Society (2016).
“Ele é meu garoto!” Stewart contou para a PEOPLE sobre Eisenberg durante o evento, enquanto disse que se sente “sortuda” em receber a honra só com 33 anos de idade. “É muito legal.”
“Pessoas que fazem filmes que são selecionados para o Sundance são, tipo, psicóticas”, ela brinca com o festival. “Você precisa ser um pouco louco para dizer: “Estou te falando, é uma boa ideia.” Contra todas as probabilidades, tipo: “Provavelmente não vai ser bom para ninguém, mas temos que tentar.’”
“Quando eu era mais nova e trabalhei com diretores incríveis, eles colocaram pouco a pouco isso em mim,” Stewart continua sua conversa com a PEOPLE. “Tive muita sorte. Eu era só uma pequena criança. E agora, digo: “Não faça um filme a não ser que você precise.’”
Enquanto apresentava o Visionary Award para Stewart, Eisenberg disse: “Kristen é uma dessas artistas raras que são tão comprometidas, tão autênticas, tão sentimentais, que você quase quer se certificar de que ela está bem no dia seguinte.”
“E é esse tipo de sentimento meticuloso que ela leva para tudo que é um presente para o público, porque nos dá uma visão real da nossa experiência coletiva,” adicionou o ator.
Depois de uma montagem destacando sua carreira no cinema, Stewart agradeceu ao amigo: “Jesse, eu adoro você, o seu trabalho e a sua vida, infinitamente… Eu te amo. Muito.”
“E eu realmente amo esse festival. Amei esse festival durante toda minha vida,” continuou a indicada ao Oscar. “A primeira vez que vim ao Sundance foi há 20 anos, percebi isso hoje. Quase não conseguia falar inglês quando falavam comigo. Comprei meu primeiro par de botas Ugg e pude realmente estar com a galera descolada. Eu sabia dentro do meu ser que aqui era um lugar cheio de sim em um mundo cheio de não e ainda não conseguia entender o motivo, mas sabia. E eu sei que estava certa.”
“Prêmios são tão significativos quanto as pessoas e os lugares que os concedem a você, e ser aceita pela comunidade que tenho admirado tanto pessoalmente, é muito bonito, emocionante e muito oportuno. Eu preciso disso. Obrigada.”
Desde que anunciou que dirigiria uma adaptação do livro de memórias de Lidia Yuknavitch, The Chronology of Water, em 2018, Kristen Stewart ainda não conseguiu o financiamento para que o filme saísse do papel. Em uma recente entrevista para a Variety, Kristen dá detalhes sobre os obstáculos que anda enfrentando com sua estreia como diretora. Leia:
No Festival de Cannes em 2018, Kristen Stewart anunciou que sua estreia como diretora seria uma adaptação de The Chronology of Water, o livro de memórias de Lidia Yuknavitch publicado em 2011. Desde então, Stewart tem trabalhado duro para angariar financiamento para o projeto, mas apesar de seu histórico de estrelar alguns dos filmes independentes mais bem criticados nos últimos 10 anos — desde Acima das Nuvens até Spencer — e apesar do fato de que Imogen Poots foi contratada para o papel de Yuknavith e de que Ridley Scott está produzindo através de sua produtora Scott Free, Stewart não conseguiu garantir o apoio necessário para seguir com o projeto.
Essa experiência frustrante fez com que Stewart fizesse um anúncio surpreendente sobre The Chronology of Water durante a entrevista para a capa da Variety.
“Vou fazer esse filme antes de trabalhar para outra pessoa” diz ela, antes de soltar uma risada nervosa. “É, vou sair dessa porra de indústria. Não vou fazer outro filme até dirigir esse. Pode anotar, com certeza. Acho que isso vai fazer as coisas andarem.”
A atriz de 33 anos estrela dois filmes no Festival de Sundance, o delicioso suspense policial lésbico Love Lies Bleeding e a ficção científica romântica Love Me. Ela também filmou um papel coadjuvante na comédia independente Sacramento, ao lado de Michael Cera, Maya Erskine e Michael Angarano, que está estreando como diretor do filme. Mas além disso, sua agenda está vazia, e ela não pretende preenchê-la até que The Chronology of Water seja feito.
Alcançar esse objetivo, no entanto, tem sido “quase impossível”, diz Stewart. “A situação atual é um grande não com N maiúsculo para qualquer coisa que ainda não tenha sido provada.”
Stewart sabe que um dos obstáculos é que ela quer recriar a prosa não linear e de fluxo de consciência de Yuknavitch com a intenção de evocar o tumulto vago da memória como experiência cinematográfica, enquanto retrata como os traumas pessoais e sexuais da autora alimentaram seu vício em álcool mesmo quando ela pretendia ser uma nadadora profissional.
“Acho que existe toda uma linguagem feminina ainda a ser escrita”, diz Stewart. “Há uma certa fisicalidade no tipo de filme que eu quero fazer que acho que será, no roteiro, pouco atraente para “compradores”, mas na prática, é completamente comovente. Não tem sido fácil vender dessa forma. Não se trata do enredo. Se trata de uma pessoa fazendo a manobra de Heimlich em si mesma e contextualizando os motivos pelos quais essa pessoa engoliu sua própria voz a vida toda.”
A cineasta Rose Glass, que dirigiu Stewart em Love Lies Bleeding, leu uma versão do roteiro que Stewart escreveu com o marido de Yuknavitch, Andy Mingo. “É realmente maravilhoso”, diz ela. “Tenho certeza de que será um desafio. Tem algumas imagens intensas e entra em lugares que deixarão pessoas desconfortáveis, mas de um jeito interessante.”
Na entrevista para a Variety, Stewart também discute explorar um espectro maior da experiência feminina além da “qualidade heteronormativa” que ela dá créditos por alavancar sua carreira como atriz, e quer levar isso para The Chronology of Water.
“Existe algo na natureza sincera da nossa fisicalidade, e digo isso de modo vaginal — o fluxo, o sangramento”, diz Stewart. “Podemos absorver muita negatividade e exalar muita beleza, e o filme é sobre isso. Mas sai desse orifício nojento e sangrento que negligenciamos desde sempre, e isso precisa ser discutido. Precisa ser mostrado fisicamente nos filmes. Precisa ser observado, reconhecido. Sinceramente, precisa ser adorado.”
Em uma indústria na qual Greta Gerwig pode faturar 1,4 bilhão transformando uma boneca de plástico em um tratado sobre feminismo, pode-se esperar que alguém veria o potencial valor em ajudar uma das atrizes mais famosas e aclamadas de sua geração a criar seu próprio salmo sobre feminilidade… mas essa não tem sido a experiência de Stewart.
“Eu nunca fiz um filme antes, então me falta experiência… e portanto, me falta credibilidade”, Stewart diz, repetindo o feedback que continua recebendo. Stewart já dirigiu antes: ela estreou um curta metragem chamado Come Swim no Sundance em 2017 e dirigiu um videoclipe estendido para o grupo boygenius em 2023. Porém, ela diz que não tem sido o suficiente. “Eles dizem: “Não sei se ela está certa.” E eu respondo: “Bom, estou! Tenho feito isso a minha vida inteira.’”
Glass concorda. “Ela obviamente tem feito isso a vida toda, e dá para sentir quando ela está no set. Ela é parte da equipe, de verdade”, diz a diretora. “Gostaria de pensar que ela havia conseguido o financiamento fácil, porra. Que ridículo. Alguém deveria financiar.”
Apesar dos obstáculos, Stewart permanece otimista. Ela tem certeza de que vai acabar fazendo o filme na Europa, e tem esperanças de que sua viagem ao Sundance, onde pretende ficar o festival inteiro, fará com ela se conecte com outros cineastas passando pelos mesmos problemas.
“Sinto que posso superar um obstáculo agora porque… vou me expor, porque é o que eu faço… eu fiz buscas por esse filme, vi lugares, pessoas, rostos e locações que se abriram para mim e não me falaram grandes nãos, e eu só chorei o tempo todo”, diz Stewart, batendo as mãos. “Mal posso esperar para ir ao Sundance. Mal posso esperar para fazer meu filme.”