Arquivo de 'Happiest Season'



No ano passado, Kristen Stewart lançou seu filme de natal lésbico, Happiest Season (Alguém Avisa? no Brasil). Após a estreia do filme, muitos espectadores ficaram desapontados que Abby perdoava sua namorada Harper (Mackenzie Davis) por todas as decisões erradas tomadas no fim de semana de festividade e preferiam que Abby tivesse terminado com Riley (Aubrey Plaza). Um ano depois, Kristen Stewart responde às críticas em entrevista ao The Daily Beast:

“É bem horrível. É ruim, muito ruim”, ela diz sobre a personagem de Mackenzie Davis, Harper. “Por isso que contratamos a Mackenzie para fazer o papel, porque, não sei, eu a amo. Mackenzie parece alguém que está falando sobre cada parte da conversa. Você é uma soma de suas partes, nem todas as partes da sua vida irão te definir e você cresce conforme envelhece. Mackenzie parece que está em uma jornada maior do que esse momento que a define. Ela parece uma pessoa inteligente, aberta, intuitiva, curiosa e legal. E ainda bem porque qualquer outra atriz seria odiável.”

“Se você parar para pensar e realmente considerar onde aquela menina está em sua vida? Ouch! Eu entendo”, ela disse sobre as críticas online.

Quando menciono que sua Abby deveria ter terminado com a Riley de Aubrey Plaza e se Harper realmente mereceu nosso perdão pela maneira que aterrorizou Riley no ensino médio, Stewart respondeu: “Algumas coisas nela são definitivamente péssimas… Eu… não tenho uma boa resposta para isso.”

Talvez elas fiquem juntas na sequência.

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

Aubrey Plaza falou recentemente com o Indiewire como foi trabalhar em Happiest Season e expressou sua admiração por sua colega de elenco, Kristen Stewart. Saiba mais:

A charmosa comédia romântica queer de Clea DuVall, Happiest Season, chegou ao Hulu semana passada e rapidamente se tornou o filme original mais assistido do streamer. Enquanto o filme foca no relacionamento entre Abby (Kristen Stewart) e Harper (Mackenzie Davis), Aubrey Plaza rouba a cena como Riley, o primeiro amor de Harper.

”É sempre estranho chegar em um set depois que as pessoas já começaram a filmar por semanas porque você se sente um estranho, mas eu estava muito animada para trabalhar com a Kristen,” ela disse. ”Rapidamente, Kristen e eu encontramos um assunto em comum. Estávamos conversando constantemente sobre filmes do jeito mais nerd possível e eu estava encantada com isso. Não parecia trabalho.”

Nas redes sociais, muitos fãs de Happiest Season deixaram claro que achavam que Riley e Abby deveriam ter terminado o filme juntas. É difícil negar a química com Stewart, o que Plaza diz ser algo real.

”Eu admiro muito o trabalho dela e suas escolhas,” Plaza disse. ”Acho que ela é incrivelmente talentosa e possui muito bom gosto. Sinto que nós nos entendemos em um nível de sentir que as pessoas projetam certas coisas em nós, mas não são reais e são realmente apenas baseadas em personagens que nós interpretamos. Eu a entendo desse jeito. Vejo todos os lados dela. Acho que ela não é o que as pessoas pensam e talvez me sinto assim sobre mim mesma, também.”

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

Kristen Stewart entrevistou sua colega de elenco em Happiest Season, Mackenzie Davis, para a revista Hunger. As duas falam sobre o filme, o processo para se preparar para um trabalho e o próximo projeto de Mackenzie. Confira:

KRISTEN STEWART: Cara, não nos divertimos muito em Happiest Season?
MACKENZIE DAVIS: Nunca me diverti tanto trabalhando com alguém na minha carreira. Ter amizade com alguém, amá-lo e não o deixar pensando que você é muito intensa. É muito bom se sentir em casa em algum lugar.
KS: Eu sempre justifico experiências ruins porque eu passo por isso e penso que sou melhor por causa disso, mas realmente o que eu amo é me sentir visível, entendida, amada e apoiada. É muito legal fazer um trabalho que parece natural, me sinto tão à vontade com você e esse conforto não era entediante.
MD: Eu entendo o que você disse. Ter dificuldades realmente não promove a melhor versão de mim mesma.
KS: Imagine dois homens tendo essa conversa, nem passaria pela mente deles. É uma reação tão feminina ao conflito pensar, ‘Na verdade, eu posso tirar algo disso, posso fazer meu melhor trabalho com essa dificuldade.’ Mas realmente, foda-se isso, não é verdade. Então, Clea é incrível, não acha?
MD: Clea é uma das melhores pessoas que já conheci na minha vida, a acho tão talentosa. Ela nos manteve em curso durante o filme inteiro quando nós queríamos transformar tudo em um drama-tragédia.
KS: Em entrevistas, você acaba falando sobre o resultado do trabalho que você fez e não sobre o trabalho. É estranho porque você precisa sair completamente de si para se relacionar com outras pessoas e suas percepções, mas e a experiência que você está tendo? Mesmo quando você acorda de manhã para trabalhar, como você se prepara para uma grande cena? Você é melhor de manhã ou de noite?
MD: Falar sobre o processo me estressa porque tenho ansiedade sobre ser uma aluna ruim e não fazer as coisas certas ou não saber o jeito certo de fazer. Com tudo em que trabalho, eu leio um pouco, procrastino muito, penso um pouco, escrevo algo e então para onde isso vai, não faço ideia… esse saco de lixo de becos sem saída. Quando falo sobre meu processo, eu penso, ‘Oh não, é tão bagunçado e você não quer saber sobre isso, você vai ficar desapontado de saber o que realmente acontece.’
KS: Acho que não existe um jeito errado de fazer as coisas. Notei que sempre que alguém com quem trabalho tem regras duras e rápidas, mesmo quando eles são realmente talentosos e essas regras se provam muito produtivas e frutíferas para eles, eu não consigo me relacionar. Mas então também sinto que sou uma atriz ruim ou que não sou tão diligente porque não tenho um processo definido.
MD: Acho que é a psicose estranha desse trabalho, que existe sempre a chance de começar de novo e fazer melhor no próximo, mas também o medo de que você nunca vai ter outra chance.
KS: Também o desejo de nunca fazer isso de novo, mas o sentimento de que você quer fazer isso pelo resto da sua vida.
MD: Sim, eu quero fazer isso pelo resto da minha vida, mas eu também posso por favor ter uma fazenda? Eu adoraria ser dona de casa e relaxar.
KS: Você faz uma Delicata squash muito boa, você seria uma ótima dona de casa.
MD: Acho que em termos de processo, eu aprendo muito o que fazer e o que não fazer com as pessoas com quem trabalho. Com você, eu vi que você é muito boa em defender suas escolhas e si mesma. Digo isso do jeito mais lisonjeiro porque tenho essa coisa canadense misturada com a minha personalidade natural de dizer, ’Eu não faria assim’ e então ’Oh, você não gosta disso? Então vou me calar e não vou te perturbar mais com a minha opinião porque prefiro que a gente siga em frente e tenha um bom dia.’ Não estou dizendo que você faz o oposto disso e cria um problema, mas realmente aprendi observando você e vou usar no futuro.
KS: Então, você tem algum outro projeto em breve?
MD: Sim, Station Eleven. Se passa em vinte anos no futuro depois de uma pandemia apocalíptica que acabou com 99,9% da população. É uma série sobre uma pandemia que foi adiada por causa de uma pandemia. Tive dez meses para preparar uma piada melhor para isso, mas é o que consegui.
KS: Você vai aprimorar isso, você vai ter tempo.
MD: É tão estranho não trabalhar por tanto tempo porque você realmente sente que perdeu o jeito entre cada projeto e eu sempre sinto que é o primeira dia na escola e não aprendi nada no ano anterior.
KS: Qual o tom da série?
MD: É muito sobre o trauma que forma os artistas e sobre a busca de criar arte mesmo em um estado de caos e devastação. Mesmo depois de não ter restado nada, ainda terão pessoas que irão contar histórias e criar arte como um modo de sobreviver. Segue uma trupe shakespeariana que leva Shakespeare para todas essas cidades depois do fim do mundo.
KS: Não acredito em um mundo onde não somos inclinados a imaginar e criar. Todas essas hipóteses são o que nos fazem pensar e o que nos move. Estou realmente animada para Station Eleven – se eu fosse fazer um filme de tópico, minha cabeça estaria nisso.
MD: O fato de que eles estão performando Shakespeare é muito interessante. Eu li algumas ficções históricas sobre a escrita de Hamlet e fiquei chocada com a onipresença da praga e do desastre naquela era [1500]. Algumas vezes me sinto muito mal com a raça humana porque sua adaptação é através da ignorância, ignorar a realidade para seguir em frente e criar uma imitação de uma vida normal. Fazem isso com a mudança climática, fazem isso com a pandemia.
KS: Somos apenas monstros, realmente.
MD: Ler essa ficção histórica me fez me sentir um pouco melhor. Perceber que a relutância em mudar por um bem maior não é um problema do século 21, não é da revolução industrial. Somos apenas lixos, é a condição humana.

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

Clea DuVall, diretora de Happiest Season, conversou com a Variety na última segunda feira pós estreia do filme para falar sobre o sucesso do longa no streaming e sobre os debates envolvendo a dinâmica entre o casal principal, interpretado por Kristen Stewart e Mackenzie Davis, que tomaram conta das redes sociais no último fim de semana. Happiest Season foi a maior estreia do Hulu e o filme mais comentado nas redes sociais durante o feriado de Ação de Graças. Confira a entrevista:

Happiest Season, da Tri-Star Pictures da Sony e eOne, sempre esteve pronto para fazer história como a primeira comédia romântica natalina sobre um casal homossexual de um grande estúdio de Hollywood. Então, a pandemia chegou, deixando a Sony sem escolha a não ser vender o filme para o Hulu. Isso parece ter saído maravilhosamente bem: A Variety ficou sabendo com exclusividade do Hulu que Happiest Season quebrou os recordes de estreia do serviço de streaming. Durante o longo fim de semana de Ação de Graças, o filme teve melhores visualizações do que qualquer produção original do serviço no seu fim de semana de estreia e atraiu mais novos assinantes do que qualquer outro título anterior.

Dirigido por Clea DuVall e co-escrito por ela e Mary Hollando, que também estrela no filme, Happiest Season é uma história de revelação focada em Abby (Kristen Stewart) e Harper (Mackenzie Davis). Quando Harper convida Abby para ir para casa de seus pais no Natal, de alguma forma esquecendo que não se assumiu para a família, ela pede para que Abby finja ser hétero até o fim das festas – onde ela jura que vai se assumir para seus pais, Ted e Tipper (Victor Garber e Mary Steenburgen). Nos eventos de Natal cheios de pressão da família, o caos acontece, e Harper machuca bastante os sentimentos de Abby, ameaçando o relacionamento.

É claro, sendo o primeiro de seu gênero, e servindo o público LGBTQ pouco representado, significa que Happiest Season inspirou várias opiniões profundamente sentimentais, que foram manifestadas tanto em artigos quanto em redes sociais – algumas foram amorosas, apesar de desejarem que Abby tivesse escolhido um caminho diferente, e outras foram completamente como o Grinch. Mas a não ser que você more embaixo de uma pedra (nesse caso, há espaço para mais alguém?), seus feeds nas redes sociais foram preenchidos por pensamentos – ou melhor, pontos fortemente discutidos – sobre Happiest Season. Naturalmente, de acordo com o Hulu, foi o filme original da empresa mais comentado no Twitter, e o filme mais tweetado em um fim de semana de feriado, ficando nos trending topics três vezes.

”Obviamente, nós queríamos uma estreia no cinema para esse filme, e a Sony era uma ótima parceira,” DuVall contou para a Variety na noite de segunda. ”Mas a Hulu pegou a bola e fez um ótimo trabalho, e foram muito apaixonados. Me alegra muito que muitas pessoas queriam essa história no mundo.”

DuVall – uma atriz prolífica que virou escritora e diretora – também falou sobre o amor ardentes da internet pela Riley de Aubrey Plaza, tendo compaixão pela jornada de Harper, e a possibilidade de uma sequência. (ALERTA DE SPOILER sobre o filme inteiro, obviamente!)

Como foi sua experiência com o filme estreando na quarta-feira e com sua recepção?
Foi memorável. Em todos os anos que estive fazendo isso, eu nunca tive uma estreia onde tantas pessoas falavam comigo. Foi muito legal. E ver as pessoas falando sobre o filme no Twitter foi muito emocionante. Não estou acostumada a fazer algo que tantas pessoas notem. Sou alguém que passa despercebida.

Enquanto eu assistia a conversa se desenvolver online durante o fim de semana, uma coisa que estive pensando é que Happiest Season não dá pra ser só um filme, porque também é um símbolo – mas eu penso que também se torna difícil quando a história é pessoal para você. Você pode falar sobre ser a primeira nesse tipo de situação? É um peso?
Acho que é um privilégio. E sim, sei que ser a primeira vem com muitas expectativas. Mas eu também senti que é tão ultrapassado para um filme assim ser feito nessa escala, entende? Tudo o que eu esperava era que desse aos estúdios ou streamers a impressão de que filmes como esse possuem um público, e que as pessoas querem assisti-los. Eu só queria fazer um trabalho bom o bastante para fazer mais em uma escala maior. As histórias LGBTQ seriam – sabe, existiriam mais delas!

Falando sobre algumas das coisas que as pessoas comentaram – obviamente, você escreveu o filme para que Abby terminasse com a Harper, mas muitas pessoas queriam que a Abby ficasse com a Riley! Você –
Querem que a Abby fique com a Riley ou querem que elus fiquem com a Riley? Digo, pode ser os dois.

Acho que os dois? Mas definitivamente querem que a Abby fique com a Riley.
Sim. Digo, escuta: Aubrey é incrível. Ela é incrível em geral e foi fantástica nesse filme. Fiquei muito animada quando ela concordou em fazê-lo. E fiquei muito animada quando ela estava no set; fiquei muito animada na sala de edição. Poder fazer um filme e colocar alguém que amo e admiro nele tanto quanto amo e admiro a Aubrey – e então várias pessoas se apaixonarem por ela – é uma grande recompensa. Não os culpo por a amarem tanto quanto amam.

E eu também acho muito legal ter um filme em que as pessoas estão tendo essas conversas e esses debate, que elas estejam engajadas.

Você pode falar sobre a Riley em geral? O que você queria da personagem dela?
Acho que existe algo muito específico quando você é a única pessoa queer em uma situação e outra pessoa queer aparece. É um grande alívio. Existe uma estenografia, um conforto – é uma experiência muito específica. Por muito tempo eu fui a única pessoa queer em um set, entende? E quando há outra pessoa queer por lá, ou especificamente uma mulher queer, eu imediatamente sou atraída para essa pessoa. E nós ficamos atraídas uma pela outra e uma estenografia se desenvolve.

Então, a personagem da Riley era isso; eu queria dar isso para a Abby. Queria dar conforto para ela em uma situação difícil. Eu sou amiga de tantas mulheres queer. E temos essa conexão especial, um relacionamento muito especial. Mas isso não significa que quando estou passando por um momento difícil no meu relacionamento amoroso, vou fugir com elas. Mesmo se for a Aubrey Plaza!

Talvez você não tenha visto, mas existem posts inteiros sobre como claramente a Abby deveria fugir com a Riley. Isso é uma surpresa?
Acho que tem menos a ver com o filme e mais com a sua filosofia de crescimento e perdão. Escrever esse filme da perspectiva de uma mulher de 43 anos que nem sempre foi o melhor de si mesma – foi uma estrada longa, com buracos e tempestades para chegar na pessoa que sou hoje. Tenho muito orgulho da pessoa que sou agora, mas nem sempre fui essa pessoa. É compreensível que algumas vezes você precisa ir muito fundo para descobrir como voltar para o topo. E eu entendo o impulso de parar e fugir e ser tipo, vá para o inferno com isso. Mas eu também acredito que as pessoas podem melhorar, podem crescer e mudar. Elas podem reconhecer que talvez seu comportamento não tenha sido tão bom quanto achavam e podem fazer um esforço consciente de mudar isso.

Eu também acredito que não se assumir é muito doloroso. Não é um lugar fácil de estar. E acho que ter compaixão por alguém nessa situação é muito importante. A personagem da Harper é alguém que acho que sente muita vergonha nisso – ela se sente mal. Nada disso é fácil para ela, sabe?

Eu passei quatro anos com a Harper – sinto que a entendo e amo muito. E acho que ela vale a pena. Eu quero o melhor para todos os personagens desse filme. E acho que a mensagem que você pode estragar as coisas e que você pode trabalhar nisso e ser melhor é muito importante. E seja gentil com si mesmo, tenha compaixão. Porque eu acho que compaixão está em falta.

Sim.
E é uma característica humana muito importante, e uma que eu não tive por um longo tempo. Uma que desenvolvi conforme fui ficando mais velha. Foi algo que tive que trabalhar para desenvolver. E agora tenho tanta compaixão que choro com comerciais o tempo todo. Choro com aquele vídeo do Dodo das pessoas que deixaram seus cães em casa quando se mudaram. Não consigo entender como alguém faria essa escolha! Eu só choro e choro. Minha parceira olha para mim tipo, ”O que você está fazendo?”

Naquele final, eu vi muito ódio pela Harper não somente por colocar a Abby nessa situação primeiramente, mas que sua primeira reação foi dizer que não era gay depois de sua irmã Sloane (Alison Brie) ter a tirado do armário. Você pode falar sobre como você e Mary escreveram essa cena?
Foi realmente o momento da última regressão. Assim que elas chegam na casa, ela começa a regredir de pouquinho em pouquinho e voltar para a dinâmica antiga da família. E no momento que isso acontece, ela está no auge do medo. Ser tirada do armário daquele jeito foi muito intense. Sloane também está regredindo. No momento que ela faz isso, ela percebe, ”Meu Deus, o que eu fiz?”

Harper tem a reação e então a repercussão bate imediatamente. É o fundo do poço para ela, sabe? Ela está no fundo do poço naquele momento. Todos os comportamentos antigos, todas as coisas de origem da família voltam não só borbulhando para a superfície, mas como um gêiser voando. É um momento muito doloroso que acaba sendo o catalisador para sua libertação daquele comportamento e para fazer a escolha que ela nunca teve forças para fazer antes. É extremo.

Quando nos falamos pela primeira vez, você disse que a luta de Harper em voltar para casa e se colocar no armário novamente fez a personagem ser “a parte mais difícil do filme.”
É sobre humanizar essa experiência que acho que muitas pessoas não viram a não ser as que passaram por isso. Você está a conhecendo nos piores quatro dias de sua vida quando ela nem é ela mesma. Foi desafiador escrevê-la, mas mesmo quando estávamos trabalhando com o figurino – porque ela não vai para casa com suas roupas normais porque a mãe dela vai escolher para ela. Ela está tentando imitar essa pessoa que seus pais querem que ela seja. É um desafio obter todas essas nuances e fazê-la ser autêntica e pé no chão.

Ela está usando um grande casaco na primeira cena, mas seu guarda-roupa é mais vintage, menos arrumado. É mais a Harper verdadeira. E então imaginá-la se arrumando, fazendo as malas, e pensando, ”Qual desses minha mãe não vai implicar?” Tipper até compra um vestido para a Harper que é idêntico ao que ela usa no filme. Seus pais estão constantemente tentando sutilmente, e não tão sutilmente, torná-la a pessoa que eles querem que ela seja, então ela está vendo tudo por essas lentes. Acho que isso é uma coisa muito real. Seja você queer ou não, pais que estão zelando por seus filhos o tempo inteiro é realmente sufocante.

Existe um número razoável de homens gays que eu conheci que se descobriram surpreendentemente atraídos pela performance de Aubrey Plaza com Riley – o que me leva até esta pergunta, na verdade. Você tinha um sentimento de que as pessoas seriam atraídas pela personagem dela desse jeito? Digo, isso tudo é muito novo para ela.
Porque ela é tão magnética?

Sim.
Acho que você nunca pensa que as pessoas vão se apaixonar por algo. Não penso nisso. Eu sabia que as pessoas a amariam no filme, sabia que ela era incrível. E sim, ela é uma gata!

Quando entrevistei Kristen Stewart, ela falou sobre como o casal precisa estar ameaçado, mas duh, é uma comédia romântica, é claro que elas vão ficar juntas. Mas existiu algum momento durante o processo de escrita dessa história em que Abby terminou sozinha?
Não. No entanto, isso é muito interessante. Tipo, hmm – de repente estou me levando em uma jornada com esse final alternativo.

Acho que seria uma comédia romântica estranha.
Não acho que seja tão estranho. É como O Casamento do meu Melhor Amigo.

Você iria querer uma sequência? Todas essas comédias românticas natalinas da Netflix conseguem sequências – por que essa não?
Eu adoraria fazer uma sequência.

Você tem alguma ideia?
Tenho algumas. Nós nos divertimos tanto fazendo esse filme que falamos sobre isso na época. Mas também, quem saberia que iam ligar ou não para o filme? Então estou mais do que aberta a isso.

As pessoas vão ficar felizes sobre isso, especialmente se tiver uma sequência com um spin-off para a Riley! Clea, esse é o primeiro filme focado em lésbicas que se tornou um viral desse jeito. Como você se sente?
Eu não entendo realmente o que significa viral. Na verdade, faço piadas com isso em casa. Tipo, eu tenho duas novas mensagens e fico, ”Me tornei um viral.” Realmente só estou muito animada que as pessoas estão assistindo ao filme e sendo afetadas e tendo conversas sobre ele. Há tanta falta de visibilidade que para algo assim estrear e ser tão visível e tantas pessoas querendo assistir – fico muito grata. É realmente louco.

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

Kristen Stewart e Mackenzie Davis brincaram de ‘O quanto você conhece sua colega de elenco?’ para a revista Marie Claire em novo vídeo divulgando Happiest Season. Confira: