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Kristen Stewart é capa e recheio da revista Harper’s Bazaar do Reino Unido. Em photoshoot e entrevista feitos em Paris, a atriz reflete sobre sua vida, sexualidade e sua carreira. Confira:

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Em um grande salão de festas no hotel Shangri-La em Paris, eu consigo ouvir Kristen Stewart antes de vê-la, se trocando atrás de uma tela estampada em um canto distante. Sua voz é tão distinta – esse sotaque californiano baixo e fácil, onde todas as palavras saem juntas, e ela soa como se nada pudesse surpreendê-la.

Quando ela finalmente aparece para tirar sua foto em uma varanda com a Torre Eiffel no fundo, ela está em contraste perfeito com o ambiente delicado e dourado. Seu cabelo preto e loiro cai em sua testa, e ela está usando um vestido longo e preto, com uma gravata borboleta em sua garganta, condizente com seu status de embaixadora da Chanel. Ela passa por mim, um andar ousado e com ginga, e sorri. ”Sim,” ela diz, vendo meu rosto. ”É intenso. É um look e tanto.”

Logo, ela está de volta, e com outra roupa. Jeans rasgado, blusa branca e descalça: seu estado mais natural. Nós conversamos em um terraço quente, de pernas cruzadas no sofá. Eu não sei por que esperava que ela fosse relutante ou tímida, mas provavelmente porque é sempre assim que supõem que ela é, ou como ela se apresenta em fotografias, quando sua expressão algumas vezes parece impassível, relutante em contar qualquer coisa. Ou talvez seja como todos nós lembramos dela da época de Crepúsculo como a permanentemente torturada e doente de amor, Bella Swan. ”Eu tento evitar a palavra ‘estranha’,” Stewart diz, lembrando daquela época. ”Eu quero recuperar essa palavra, porque foi usada de modo tão violento contra mim.”

Hoje, Stewart é tudo menos estranha. Ela está relaxada, aberta, falante e expressiva, seus braços gesticulando enquanto ela fala, sua voz clara e confiante. Tome, por exemplo, como ela descreve encontrar Elizabeth Banks pela primeira vez (Banks dirigiu As Panteras, que estreia em novembro, com Stewart sendo uma das principais). As duas estavam na mesma festa no Festival de Veneza anos atrás. Stewart estava dançando, mas um pouco constrangida. ”Não me sentia tão sólida quanto agora,” ela diz. Banks, em contraste, estava se divertindo muito. Ela foi até Stewart, disse para ela que era uma fã e perguntou se ela estava se divertindo. ”E então ela disse a coisa mais irritante do mundo se fosse dita por outra pessoa,” disse Stewart, ”que foi, ‘Você tem que se divertir com isso.’” Stewart ri da memória. ”Eu fiquei tipo, ‘Não brinca! Estou tentando.’”

É assim que Stewart fala – franca, espontânea e com muitos palavrões. Ela parece totalmente certa e sem medo de dizer o que pensa. É como se algo tivesse ido embora: cuidado, certamente, mas também sua antiga antipatia com o todo o jogo publicitário que a assombrou em uma escala global desde o sucesso extraordinário de Crepúsculo. ”A cada dia que fico mais velha, a vida fica mais fácil,” ela diz, sorrindo amplamente.

Stewart tinha apenas 18 anos quando o primeiro Crepúsculo estreou. Como filha de uma supervisora de roteiros e de um assistente de palco, ela passou um tempo em sets quando era criança, e atua em filmes desde que tinha 10 anos de idade (seu primeiro foi Encontros do Destino, rapidamente seguido por O Quarto do Pânico com Jodie Foster). Mas foi a franquia Crepúsculo que a fez ser amada internacionalmente. Ela e seu parceiro de cena e namorado na época, Robert Pattinson, sentavam em conferências de imprensa com uma expressão traumatizada de horror em seus rostos. Eles se recusavam a discutir seu relacionamento, e em entrevistas geralmente havia um senso de que as paredes estavam de pé e se fechando. Na maioria das vezes, Stewart parecia que queria sair correndo.

”Quando eu e Rob estávamos juntos, não tínhamos um exemplo a seguir,” ela lembra. ”Tanta coisa foi tirada de nós que, ao tentar controlar um aspecto, ficamos tipo, ‘Não, não vamos falar sobre isso. Nunca. Porque é nosso.’”

Após o lançamento do último filme de Crepúsculo, a saída de Stewart do mainstream foi pronunciada. Ela atuou com Juliette Binoche em Acima das Nuvens, um papel pelo qual ela foi a primeira americana a ganhar um prêmio César. Suas escolhas foram variadas e inesperadas: ela interpretou uma médium em Personal Shopper e fez um filme sobre se apaixonar em uma sociedade sem emoções (Equals). Sua carreira se tornou, como ela descreve, ”o jogo mais aleatório de amarelinha.” Ela escolheu trabalhar com amigos ao invés de grandes nomes e não se importou em fazer o que ela chama de ”erros estranhos e arriscados.”

Mas agora, em outra reviravolta, existe As Panteras, seu filme mais mainstream em anos. A internet perdeu coletivamente suas cabeças quando o trailer estreou – Kristen Stewart, a garota mais legal do mundo, fazendo cenas de ação e comédia. ”Eu fiz As Panteras porque eu sou uma grande fã da Liz Banks e eu sempre senti que ela me dava segurança,” ela explica. ”Eu sempre senti que, tipo, ela não pensa que eu sou uma doida.” Ainda foi um ato de amizade, mas um que permitiu que Stewart mostrasse seu lado pateta pouco conhecido e suas habilidades excepcionais de luta. Quando seus amigos assistiram ao trailer, eles disseram para ela: ”Cara, é você. Finalmente!”

A ideia de Stewart como uma pateta parece improvável, e então tranquilizada: ela ainda consegue ser intensa. Olhando para esses anos passados, e a estranha sensação de ser um objeto de fascinação em sua adolescência, a faz refletir. Há vários aspectos de sua fama que ela acha assustador, mas o que a confundiu foi o senso de que seu público sentia que a conhecia e que eram donos dela, e então foram decepcionados quando ela não era o que eles achavam.

Foi como se ela se tornasse uma personagem, eu sugiro. ”Totalmente,” diz Stewart. ”Eu tentei dizer isso antes, e eu acho que nunca articulei direito… mas as pessoas ficam com raiva de você porque você está em uma posição tão alta, então se você não consegue segurar, você não merece. Eu nunca dei valor para a fama tanto quanto para as experiências que eu tive enquanto trabalhava, e isso me deixava tão perplexa… Algumas pessoas ficavam tipo, ‘Sua babaca ingrata!’ e eu ficava, ‘Sim, completamente, eu não quero ser famosa, quero fazer meu trabalho!’”

Hoje em dia, Stewart está mais tranquila. Ela sabe que sempre haverá expectativas, mas ela também não precisa alcançá-las. Quando ela olha para atores mais jovens e como eles lidam com sua posição – o ativismo no Instagram, o zelo pelo protesto, a habilidade de comunicar diretamente e honestamente com seus fãs – ela fica impressionada. ”Eles possuem essa influência insana,” ela diz. ”E a confiança! É desnorteante! Eu fico tipo, ‘como você é tão confiante? Você é tão jovem!” Algumas vezes, ela é cética: a sinalização da virtude pode ser um pouco forçada, um pouco no ponto demais. Ela não cita nomes, obviamente, mas descreve, de forma tentadora, ”algumas pessoas que são ativistas de verdade, realmente o rosto do progresso, e eu fico tipo, ‘Você é uma fraude deplorável! E tudo o que você se importa é com as pessoas olhando para você.’” Como eu disse, ela não tem medo.

Mas ela é grata, também. E é parcialmente graças a próxima geração, sua abertura e coragem, que ela encontrou sua voz, e não parece mais se importar com as consequências de usá-la. ”Eu costumava sentar em entrevistas e ficar, ‘Deus, o que será que eles vão me perguntar?’ Mas agora, literalmente, você pode me perguntar qualquer coisa!” Então eu acredito nela, e pergunto como é constantemente discutir sua sexualidade, agora que parece ter virado um assunto aberto para debate.

”Bom,” ela diz. ”Eu só queria aproveitar a minha vida. E isso se tornou uma prioridade maior do que proteger a minha vida, porque ao protegê-la, eu estava a arruinando.” De que jeito, eu pergunto. ”Tipo, você não pode sair com quem você está namorando? Você não pode falar disso em uma entrevista? Eu fui informada por uma mentalidade antiquada, que foi – você quer proteger sua carreira, seu sucesso e sua produtividade, e existem pessoas no mundo que não gostam de você, e eles não gostam que você namora garotas, e eles não gostam que você não se identifica como “lésbica”, mas que você também não se identifica como “heterosexual”. E as pessoas gostam de saber dessas coisas, então que porra você é?’”

A percepção de Stewart, que ela dá créditos para a geração mais jovem que deu confiança para ela, foi que ela não precisa responder essa pergunta. Ela não tem resposta. Ela não se identifica como bissexual, ela não se identifica como lésbica, ela não gosta de rótulos. Ela é uma pessoa diferente todo dia que acorda e gosta disso. ”Eu acho que estamos todos chegando em um lugar onde – eu não sei, evolução é uma coisa doida – estamos todos se tornando incrivelmente ambíguos,” ela explica. ”E isso é uma coisa linda.”

Ela aceita que ela que se tornou uma representante para essa ambiguidade. Mas ela não se importa. Se ela pode tornar a conversa sobre sexualidade mais fácil para qualquer pessoa, ela está feliz. Ela também não poderia ligar menos sobre o impacto que isso tem em sua carreira. No passado, ela diz, ”Já me disseram, ‘Se você fizer um favor para si mesma, e não sair segurando a mão da sua namorada, você pode conseguir um filme da Marvel.’” Ela parece quase entretida com a memória. ”Eu não quero trabalhar com gente assim.” Agora, em contraste, as pessoas se aproximam dela, atraídos por essa sexualidade indefinida, querendo fazer filmes sobre isso. Stewart balança sua cabeça em falso desespero. ”Literalmente, a vida é uma grande competição de popularidade.”

Pelos próximos anos – quem quer que ela esteja namorando – Stewart estará mais ocupada do que nunca. Voltando para quando ela era criança, no set com seus pais, ela disse para sua mãe que seria a pessoa mais jovem do mundo a dirigir um filme, e ela faria isso antes dos 18 anos. ”Ainda bem que não fiz isso,” ela diz agora. Mas irá finalmente acontecer ano que vem, quando ela se aproxima do seu 30º aniversário. Somente lendo 40 páginas da autobiografia, The Chronology of Water, sobre uma jovem nadadora lidando com vício, ela enviou um email para a autora Lidia Yuknavitch. ”Eu fiquei tipo, ‘Eu vou ler o seu livro até morrer,’” lembra Stewart. Ela comprou os direitos e passou anos escrevendo o roteiro, o qual ela leu em voz alta para Yuknavitch. ””Foi um banquete muito, muito gratificante, de uma experiência intimidadora,” diz Stewart. ”Eu gosto de ficar intimidada, então tudo bem.”

O roteiro não está finalizado – ela quer mantê-lo fluido, aberto para interpretação. Ela tem uma noção de como quer fazer isso, mas também entende a responsabilidade que é ficar responsável por um elenco e equipe. ”Eu sei como é precioso, eu já fiz isso antes,” ela diz. ”Eu mal posso esperar para ter certeza de que não vou estragar a chance de alguém de ser incrível.”

Ela não consegue acreditar em sua sorte: ela pode passar horas, anos, pensando e falando sobre seu livro favorito para tornar isso em algo novo. E esse é só o começo, ela espera. Existe uma dúzia de outros projetos que ela está interessada em fazer. Enquanto isso, ela não vai parar de atuar. De qualquer forma, dirigir é apenas uma extensão natural do processo – uma que ela espera que a tornará uma atriz melhor. Mas também existe uma atração, inevitável, para alguém que foi assunto de um olhar coletivo por tanto tempo, ao trocar de posição e ir para trás das câmeras. Em seu novo estado, se sentindo livre e compulsivamente honesta, talvez seja um lugar mais natural de estar.

E como ela coloca, antes de voltar para o salão descalça: ”A coisa que está realmente me incendiando é a ideia de colocar a bola para rolar – e não ser a bola.”

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

Kristen esteve em Seul, na Coréia do Sul, recentemente para assistir a reapresentação do desfile da Chanel na cidade e também fotografou para a capa da Vogue Coréia. As fotos vocês conferem na nossa galeria e a entrevista abaixo:

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PS: Notem que a entrevista foi feita originalmente em inglês, traduzida para coreano, e então traduzida novamente para inglês e português. Algumas frases podem ter se perdido no processo, mas serão corrigidas assim que uma tradução mais precisa em inglês for feita.

Eu assisti ao desfile da Chanel para a coleção Paris-New York em Seongsu-dong. O que te impressionou?
Foi uma grande honra ver o último show de Karl Lagerfeld. Eu me apaixonei mesmo tendo visto online antes. Eu até experimentei algumas roupas, mas eu pude sentir como o tempo era relativo no desfile. Foi um pouco confortante. Se você sente saudade de alguém, você tenta recapturar seu legado e seu passado através das pessoas. Você deve saber que o tempo é sempre relativo e continua passando quando alguém vai embora. Tudo parecia estar se movendo ao mesmo tempo. Foi divertido descobrir o antigo Egito novamente nos tempos modernos, virar de ponta cabeça e reescrever hieróglifos. Houve significado porque foi a última coleção do Karl. Foi muito legal. Foi o melhor momento com a Chanel.

Chanel é a grife mais liberal para mulheres desde o século 20. Você é embaixadora da Chanel desde 2013, e eu amo seu espírito com a marca.
Nem todo mundo me vê como um museu para grifes de luxo. Eu nunca sonhei com essa situação quando era pequena. Francamente, antes de começar a trabalhar com o mundo da moda, achava a moda superficial. Mas nunca senti o peso ao trabalhar com Karl e Virginie ou ter que fingir que estou vendendo algo ou sendo uma outra pessoa. Quando eu trabalho com um artista da Chanel ou quando interajo com a Chanel, fico muito feliz e chocada ao descobrir algo novo em mim assim como quando gravo um filme. Projetos de improvisação autênticos e legais para mim são sagrados. Para mim, arte é uma religião e eu acho que a arte pode nos salvar. Eu amo ir mais além, e acho incrível e uma benção trabalhar com pessoas tão boas. Outra razão pela qual Chanel mantém as coisas preciosas através do seu método de trabalho.

Na segunda metade do ano estreia As Panteras. Em 2000, Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu estrelaram a versão original do filme. As Panteras era um filme representando as mulheres como personagens principais naquela época. É também um trabalho precioso que destacava mulheres independentes e capazes. Você tem alguma memória dos filmes?
Eu nunca vi a série de televisão, mas eu realmente gostava dos filmes originais. Os dois saíram quando eu era criança. A razão pela qual os filmes são tão emocionantes é que você pode ver mulheres trabalhando juntas. Eu me sinto melhor vendo isso. Parece difícil expressar em palavras o grande trabalho que podemos fazer juntas. Mulheres não são fisicamente fortes, mas tudo bem. Isso é porque existem muitos outros tipos de força. Mulheres podem fazer qualquer coisa juntas. Eu não quero generalizar muito porque existem homens legais, mas eu acho que uma força suave é mais atraente do que força física. Eu só tenho irmãos, mas eles me apoiam. É claro, meus irmãos irão lutar para me proteger, mas eu acho que eu tomo conta deles também. A mensagem do filme é muito legal. As personagens principais não são super heroínas e nem tentam parecer com homens. Se você você assiste muitos filmes de ação, você pode mudar o personagem do Bob para a Sue, e mostramos o poder que só as mulheres possuem. Outra razão pela qual As Panteras é um filme legal é que as três principais não são as únicas mulheres fortes. Mulheres de todo o mundo estão conectadas em uma rede para ajudar uma a outra a lutar contra o mal. É um filme muito divertido e caloroso. Enquanto eu estava filmando, eu achava as outras meninas legais, mas fiquei muito mais orgulhosa do filme completo. Você não quer ser amiga das três quando assiste? Quando eu terminei o filme, eu queria ser amiga das outras duas personagens. Se você assistir o filme, vai sentir que nós três somos muito próximas. As meninas irão pensar que podem fazer tudo juntas! É o sentimento que eu tenho quando estou com a minha melhor amiga. Eu precisava dessa mensagem antigamente, mas eu acho que veio em uma boa época.

Seus personagens refletem seus valores nos seus filmes recentes. Eu lembro de personagens com força interna. Qual seu preferido?
É sempre uma pergunta difícil. Eu estou em cada personagem. Eu não consigo me afastar de corpo e alma. Atores superiores agem com empatia mesmo quando interpretam um personagem muito diferente deles mesmo. Mesmo que você não entenda os motivos do personagem. Fazendo isso, os atores e os personagens se aproximam. Mesmo que seja um personagem completamente incompreensível, estamos todos conectados e fundamentalmente não existe uma pessoa ruim. Todos querem ter uma vida boa. Os personagens que me atraem sempre estão procurando por respostas. Na verdade, eu posso ter demonstrado um lado mais forte porque eu queria proteger o personagem que eu escolhi. Os personagens que eu interpretei possuem muitos problemas. Eram fracos e assustados, mas passaram por alguma situação que os fizeram parecer fortes. Eu tenho que gostar do trabalho. Todo mundo quer fazer um filme. Eles copiam um ao outro, mas às vezes são ridículos. Alguns roteiros são como comerciais. Então, algumas vezes eu leio um roteiro que eu preciso tornar em filme. Mesmo que eu não tenha um personagem para interpretar, existe um roteiro que eu acho que precisa ser filmado custe o que custar. Encontrar um trabalho não é difícil, mas nem sempre funciona porque você consegue ver o que é real e o que não é.

Em que posição você está como atriz?
Eu não me controlo quando estou atuando. Talvez eu esteja muito imersa em me encontrar. O que eu aprendi com a atuação é que eu realmente quero dirigir. Se eu não quisesse controlar a situação quando estou atuando, não saberia que iria querer me tornar diretora. Eu não quero ser uma treinadora porque não sou narcisista. Eu acredito que eu gostaria de liderar os atores e equipe em uma jornada juntos. Será uma meditação dos motivos pelos quais estamos na Terra. A diferença entre atuar e dirigir é o controle. É claro que eu gosto dos dois. É bom trocar forças e ficar completamente imerso. Eu não sei o quão longe cheguei como atriz, mas acho que posso ir para trás das câmeras e virar uma diretora. É claro, eu tive boas experiências enquanto atuava. É estranho fingir ser outra pessoa, mas também existe um ditado que para você entender outras pessoas, você deve se colocar no lugar delas. A atuação esteve em mim por bastante tempo. O que eu aprendi atuando é que tudo bem ficar com alguma coisa. Se eu leio um livro e foi bom, eu quero ler de novo, emprestar pro meu amigo, e falar sobre o livro. Então eu quero usar suas roupas e falar como se eu fosse a personagem principal do livro. Um filme é a sequência mais generosa que pode combinar literatura e ideias de qualquer assunto. Fazer filmes é como ir para a escola. Eu não sei o que eu estaria fazendo se não fosse isso. Eu tenho muita sorte.

Você dirigiu o curta Come Swim e irá dirigir o filme The Chronology of Water. Como diretora, como você é diferente da atriz?
Os resultados não são diferentes, mas o caminho sim. Atores e diretores não são diferentes. Os melhores diretores já fizeram esse caminho e passaram para mim. Não há uma grande diferença. Eu posso fazer novas descobertas, eu quero ser atriz e diretora porque eu quero novas descobertas. Eu não quero empacotar nenhuma lição ou ideia. O que eu sei mais do que os outros? A vida de um ator é um processo e coleção de dados. Você pode viver sem a introspecção, sem pensar muito, mas eu quero trabalhar pensar. As Panteras é um filme divertido de entretenimento, não tem um conteúdo profundo, mas possui forte afeição e fé. Eu quero ajudar outras pessoas a terem a mesma experiência que eu tive. O trabalho pode te levar a inércia e estagnação. Se eu me tornar diretora, eu serei uma atriz melhor. Se eu continuar a fazer a mesma coisa, eu vou bater em uma parede, sacudir a poeira e começar de um novo ângulo. Em outras palavras, diretores e atores ajudam um ao outro.

Como você decidiu dirigir The Chronology of Water?
Quando eu gosto de um livro, parece que é a minha história. Não posso ter a mesma experiência como criadora da arte, mas quando projetada, se torna minha. A autobiografia de Lydia Yuknavich, The Chronoly of Water, é um livro que contém tudo o que eu quero dizer. Os sentimentos que eu sentia foram preenchidos com palavras que eu podia expressar e pareceram aprender uma nova linguagem. Levamos dois anos para adaptar do jeito que escrevemos. Pessoas diferentes possuem jeitos diferentes de experienciar algo. Não há nenhuma resposta ou não há um nível em qual os livros são adaptados. Eu amei tanto essa obra que eu queria desenhar do jeito que era. Enquanto li o livro e o roteiro com Lydia, ela falava constantemente sobre os motivos que isso deveria ir aqui e alí. Nós fazemos isso pelo resultado multiplicado do trabalho. Na vida, as coisas acontecem de repente em uma cadeia de encontros. Graças a um projeto, outro projeto nasce. É muito emocionante. Eu vejo desse jeito. Se você passa isso para um ator, o ator irá atuar com seus próprios olhos. O diretor do filme interpreta com seus próprios olhos. Essa multiplicação de visões estreita a distância entre nós e nos salva um pouco da solidão.

Ainda estão falando de quando você tirou os saltos no tapete vermelho de Cannes ano passado. Você também marchou em silêncio para deixar as pessoas cientes que o número de produtoras e diretoras era significantemente baixo. Quais problemas você não se importa de se expressar? Como você quer usar sua influência como atriz?
Eu quero trabalhar muito. Eu respeito e apoio completamente meus colegas e mentores que geralmente são amigos da mesma idade e mentores respeitados. Eu acho que eu posso falar através do meu trabalho. Até agora, eu tenho tido sorte o bastante para falar o que eu quiser através do meu trabalho. Então eu vou continuar a trabalhar muito. Minhas crenças continuarão a serem vistas em meu trabalho.

Toda vez que você se expressa, parece que não é só sobre você, então eu me senti encorajada. O que você acha que é a coisa mais importante para manter sua fé?
Eu agora vivo uma vida livre que nem todo mundo pode gostar. Tenho pessoas ao meu redor com pensamentos similares, pessoas desafiadoras e boas. Essa liberdade foi conquistada por nada, mas sob quaisquer circunstâncias eu fiz o melhor que pude e nunca pensei que tivesse me traído. É claro que já errei. Erros pessoais, relacionados ao trabalho e ao fazer escolhas erradas. Na verdade, não há diferença entre público e privado. Para mim, o trabalho é algo muito pessoal. Eu costumo acreditar no meu coração e sou muito grata por ter liberdade de escolha.

Você pode compartilhar sua inspiração mais recente?
Eu troquei mensagens de texto com meu melhor amigo um tempo atrás. Ele me mandou algo que ouviu na noite passada. Eu não quero dar significados demais, mas é uma frase simples que me conforta. ”Tudo é nada.” A vida depende de mim e eu posso escrever minha história. Meu corpo é uma história e é minha, então eu posso fazê-la. O importante é que se você segurar uma caneta quando me encontrar, você pode escrever qualquer coisa sobre mim que irá se tornar um espelho que irá me refletir.

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

O mês de setembro é conhecido por ser o mais movimentado para as revistas de moda e a Harper’s Bazaar UK escolheu a Kristen para a capa e recheio de sua edição mais importante do ano. Confira abaixo algumas fotos, uma prévia da entrevista e uma prévia do vídeo especial de um tour com a Kristen pelo apartamento de Coco Chanel:

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Sobre se apaixonar:

“Eu estive completamente apaixonada com todos que namorei. Você acha que eu estava fingindo? Eu sempre abracei a dualidade. E realmente, de verdade, acreditei nisso e nunca me senti confusa ou passando por dificuldades. Eu só não gostava de ser zoada.”

Sobre namorar homens novamente:

“Sim, totalmente. Definitivamente… Algumas pessoas não são assim. Algumas pessoas sabem que gostam de queijo quente e que irão comer isso todos os dias pelo o resto de suas vidas. Eu quero provar de tudo. Se eu comer queijo quente uma vez, eu fico, ‘Isso foi legal, qual o próximo?’

Sobre a fama:

“A fama é validade de um jeito um pouco ridículo. Há essa ideia de que você é obrigado a fazer as coisas de um jeito, e eu fico chateada com isso. E parece que eu sou ingrata ou algo assim mas, na verdade, eu só acho estranho falar com o público geral como um todo. Tipo, você pode se relacionar com uma pessoa, com um indivíduo, mas dirigir-se para o mundo é algo que me deixa perplexa.”

Se ela sofre de ‘Resting Bitch Face’:

“Completamente. Eu realmente não sou introvertida, apenas não estou atuando o tempo todo, o que seria a forma que as pessoas esperam que famosos se comportem.”

“Homens não podem mais dizer ‘vadia’, desculpe. Diga algo diferente. Diga, ‘Você é rude’, diga, ‘Você é uma babaca’, tanto faz. Não diga, ‘Oh, essa vadia.’ Você não pode dizer isso porque não há nada que eu possa dizer para você, não há uma resposta que seria igual a isso, logo é humilhante e literalmente a par com… algo homofóbico ou algo racista.”

Sobre a vida de uma mulher nos Estados Unidos pós-Trump:

“Obviamente é terrível o que está acontecendo mas ao mesmo tempo, é bom fazer parte de uma comunidade feminina maior que está finalmente falando por si mesma. Eu nunca tive esse sentimento forte de comunidade. Então isso nos juntou. O catalisador para isso é lastimável, obviamente, é uma merda. Mas ao mesmo tempo eu acho que você precisa de algo para misturar as coisas para poder juntar as pessoas e definir suas opiniões e forçá-las a serem ouvidas.”

Sobre seu estilo tomboy:

Ela costumava se vestir como um menino e foi apenas na escola que ela percebeu que “não era a coisa mais normal. Nem todas as meninas pequenas são daquele jeito. Isso realmente me magoou bastante. Eu lembro de quando estava na sexta série [com 11 anos] e as pessoas diziam ‘Kristen parece com um homem. Você é um menino’, ou algo assim, e eu ficava muito ofendida, horrorizada e com vergonha. Agora eu olho pra trás e penso, ‘Garota, se orgulhe disso!’

Tudo mudou quando Stewart chegou na puberdade e deixou seu cabelo crescer. De repente, ela foi aceita como uma das meninas bonitas “e eu fiquei tipo, ‘Foda-se todos vocês!’

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

Com a divulgação de Personal Shopper se aproximando, Kristen foi escolhida como capa da edição 106 da revista V Magazine. O tema da edição é ‘Espírito Livre‘, e ninguém melhor do que ela para representá-lo. Confira as fotos e a prévia da entrevista, que deverá ser divulgada no dia 09:

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Sobre a representação da tecnologia em Personal Shopper: “Quando você fala com alguém no telefone, é uma troca decifrável e entendível. Mas com mensagem e redes sociais, é basicamente um diálogo com você mesma e sua interpretação de uma sombra. Não é inválido, é uma nova linguagem.”

Sobre a mídia: “Eu estava em frente a 500 câmeras promovendo meus filmes, mas não a que eu queria. Não a câmera íntima. Não era a que eu realmente me importava.”

Sobre seu relacionamento com a moda e Karl Lagerfeld: “Karl sempre, desde o começo, me fez sentir como se ser eu mesma fosse o jeito certo de fazer isso. E no mundo da moda, isso é uma raridade. Ele é um artista compulsivo e obsessivo e isso é contagiante. E ele é gentil. Ele é quem ele é por uma razão. Tenho muita sorte de fazer parte do seu espaço tão frequentemente.”

Sobre o impacto da mídia social e tecnologia em nossas vidas: “Mas você também se torna viciada em si mesma e com você mesma, a cada sete minutos mais ou menos. E você acaba perdendo tanto tempo validando algo superficial em si mesmo. Isso definitivamente nos mudou.”

Sobre as exigências de Hollywood e como ela lida com isso: “Eu sei que parece só algumas semanas de vez em quando ou algo assim, mas entre Cannes e o New York Film Festival, parece que eu tenho que me forçar a ser tipo, “Ok não, pare de ser externa. Chega de saídas.” Algumas vezes, você precisa – isso vai soar muito clichê – meditar sobre o reabastecimento.”

A nova edição da Vogue Paris conta com Karl Lagerfeld como editor chefe e sua musa não poderia ficar de fora! Kristen foi fotografada por ele no clássico Hotel Ritz, em Paris, e podemos ver o resultado em um lindo e colorido editorial. A entrevista conta com a atriz ao lado do diretor de Personal Shopper, Olivier Assayas, falando sobre fantasmas, suas famílias e claro, Karl Lagerfeld. Confira:

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Anne Berest: Em Personal Shopper, a personagem de Kristen está em Paris, uma vez que aguarda um “sinal” de seu irmão, que morreu naquela cidade. E você, você acredita em sinais?

Kristen Stewart: Sim, eu acredito em sinais… Por exemplo, quando eu tenho que fazer uma escolha, eu geralmente confio no jogo de detectar um sinal ao meu redor, um sinal que me dará algum tipo de resposta, ou pelo menos uma indicação do que fazer. Quando eu ando na rua ou estou dirigindo, eu sou atenciosa com o que está ao meu redor, onde estão os meus olhos, para poder ler um sinal. Isso é um jogo que eu faço frequentemente, mas cuidado, é apenas um jogo. Eu não sou completamente supersticiosa! E certamente esses sinais são, evidentemente, uma manifestação dos meus desejos inconscientes.

Olivier Assayas: Sim, eu me reconheço nessa contradição. Eu acredito em sinais, eu sou extremamente supersticioso. Ao mesmo tempo, bastante concomitante, eu acho que nós escolhemos, entre todos os sinais possíveis, aquele que corresponde a resposta que você espera.

KS: Definitivamente. No final, a interpretação do sinal é o eco, a tradução da sua própria interpretação. Eu acredito em fantasmas e espíritos. E além disso, não se trata de crença, e sim de observação… Eu noto que eles existem ao nosso redor. Você não?

OA: Eu acredito em fantasmas, mas eu não acho que é o mesmo que você! Eu acredito na medida em que estamos constantemente tendo conversas com ausentes: quem amamos e perdemos. Agora, essas conversas que temos, os tornam muito presentes – elas apagam sua ausência. E então nós podemos falar sobre fantasmas nesse diálogo como fruto da nossa imaginação. Nesse sentido, sim, eu acredito que estamos cercados, acompanhados por presenças.

KS: Eu diria que sou sensível a “energias” – o que quer que se entenda por essa palavra. Mas eu não acredito em fantasmas em sua definição clássica. No entanto, eu diria que sinto coisas que não são concretas, de ordem espiritual. Basicamente, o que é importante não é se fantasmas existem ou não, mas o que você faz com a memória de pessoas ausentes. O que Olivier disse, é a sua mente que os faz “realmente” existir.

AB: Basicamente, você diz como Gabrielle Chanel que “os mortos não estão mortos enquanto você pensa neles.”

OA: Absolutamente, eu tenho conversas diárias com meus amigos falecidos, eu penso neles quase todos os dias, assim como meus pais, que muitas vezes sinto comigo, ao meu lado. Eu me lembro, logo após a morte de minha mãe, eu tive um sonho muito perturbador…

AB: Ah, veja só! Fantasmas falam conosco em nossos sonhos, você sabe!

OA: (Risos) Digamos que sim, essa é a minha crença em fantasmas… Quando eu estava escrevendo, eu me inspirei em uma amiga que vive em São Francisco e é uma médium. Seu trabalho é se comunicar com espíritos.

KS: Oh! Você nunca me contou isso!

OA: Por exemplo, ela visita casas para dizer aos compradores se elas estão “habitadas” ou não. Ela checa se as casas não são assombradas.

AB: Se vocês fossem morrer amanhã, quem vocês gostariam de assombrar?

KS: Minha mãe… Meu amigos? Meus amigos mais próximos! Mas eu não ia querer assustá-los. Na verdade, eu não tenho certeza se iria querer assombrar alguém (risos).

OA: Provavelmente minha filha. Mas ao mesmo tempo, eu seria cuidadoso para não assustá-la com a minha presença. Eu ficaria nas pontas dos pés.

KS: Sim! Se for para assustar as pessoas que amamos quando formos embora, não vale a pena! (Risos)

AB: Olivier, por que escolheu Kristen para incorporar uma personagem relacionada a fenômenos sobrenaturais?

OA: Eu não posso falar por outros cineastas, mas para mim, Kristen é uma pessoa tão centrada, tão “concreta”, que ela consegue fazer coisas irreais se tornarem reais. Com ela, o estranho e o invisível se torna algo simples e natural. Isso me impressiona muito. É um verdadeiro dom. Quando estávamos filmando ‘Sils Maria’, eu já tinha feito essa reflexão. Eu escrevi diálogos bastante abstratos sobre os paradoxos do ator, e eu me perguntei como ela iria se libertar. Mas assim que estava em sua boca, milagrosamente, as palavras se tornaram muito claras. Ela me permite me aventurar em territórios sobrenaturais, porque ela sempre os trará de volta para a realidade, para o concreto, o espectador a segue, ele quer “acreditar” nisso. Novamente, é um dom.

AB: Kristen, como você trabalha nas cenas que tem a ver com o invisível?

KS: Eu conversei muito com Olivier, tivemos longas conversas, particularmente sobre medo. Em algumas cenas eu tive que lidar com emoções que iam além do medo. A pergunta que fizemos era: o que cria o medo? O que podemos imaginar que pode verdadeiramente nos assustar? Nós refletimos em nossos piores pensamentos, nas maiores atrocidades, nas imagens mais medonhas e horríveis que era possível! De repente, Olivier disse para mim: “Pássaros.” Eu não tinha certeza se tinha ouvido corretamente, então perguntei: “Você disse a palavra pássaros?” E então ele me respondeu: “Sim, pássaros é o que mais me assusta em todo o mundo.” (Risos) Perdão Olivier, espero não ter sido indiscreta!

OA: (Risos) Não, não, é verdade, é um fato!

AB: Se vocês tivessem a oportunidade de conhecer um fantasma, por exemplo, um membro da família que vocês não conheceram, quem vocês escolheriam?

OA: Talvez meu avô… Um pintor bem conhecido da Hungria, do estilo pós impressionista. Ele era pai da minha mãe e morreu muito antes de eu nascer.

KS: Minha mãe foi adotada por pessoas extraordinárias que eu considero meus avós. Eu os amo e agradeço por tudo o que eles fizeram por nós. Mas… Eu tenho curiosidade em conhecer meus avós biológicos. Seria interessante, porque minha mãe é uma artista. Eu posso te garantir que, como ser humano, ela realmente me fascina e não só porque é minha mãe! Então eu tenho curiosidade de saber da onde isso vem.

AB: Olivier, sua mãe também era artista em seu próprio jeito, eu acho…

OA: Minha mãe era estilista. Principalmente na Hermès, ela criava as coleções ‘ready-to-wear’. E ela inventou a fivela H nos cintos. E muitas outras coisas, bolsas, vestidos, jóias…

KS: Eu descubro coisas sobre você que não sabia!

OA: Quando eu era criança, ela tinha sua própria grife, as saias de Catherine de Karolyi… Ela tinha seu estúdio nos fundos do nosso apartamento, onde as costureiras trabalhavam, cortando, costurando… Havia sempre agulhas caindo entre as ripas do piso. Ela me dava um ímã para pegar de volta. Eu amava fazer isso. Minha mãe estava sempre desenhando, meus irmão e eu tínhamos que chamá-la o tempo todo. Isso certamente me marcou.

AB: Como Karl Lagerfeld… Kristen, o que você sabe sobre ele que as pessoas não sabem?

KS: Ele é alguém que pode parecer distante para o público, porque ele está sempre usando óculos escuros e tem uma postura retida. Mas na verdade, ele é um homem extremamente atento às pessoas ao seu redor. Ele se preocupa se todos em seu trabalho estão sendo produtivos e felizes. Ele é um homem muito exigente com si mesmo, com os outros, ele quer que todos aprendam, que sejamos alimentados com tudo, que sejamos curiosos e inspirados pelo o que está acontecendo no mundo. Ele tem uma energia ótima, muito mais energia do que a maioria das pessoas da minha idade! Ele é realmente muito legal e eu garanto que todas as pessoas que trabalham para ele o amam imensamente.

AB: E com isso concluímos a entrevista, porque Kristen se juntou a ele para uma sessão de fotos. A jovem atriz é embaixadora da Chanel, além da casa também ter acompanhado o filme, continuando a longa tradição de apoiar os artistas.