Arquivo de 'Café Society'



Kristen conversou com o Yahoo Movies durante a divulgação de Café Society em Nova York e a atriz falou sobre como foi trabalhar com Woody Allen, sobre sua personagem no filme e muito mais. Confira:

Desde que encerrou a Saga Crepúsculo em 2012, Kristen Stewart se distanciou dos filmes de estúdio, para se tornar uma peça regular em filmes independentes e estrangeiros como Still Alice e Clouds of Sils Maria. Agora, a atriz de 26 anos está retornando para Hollywood no filme mais recente de Woody Allen, Café Society. No filme, que se passa em Tinseltown durante a época glamurosa e cheia de glitter de 1930, Stewart interpreta Vonnie, uma secretária em uma agência de talentos gerenciada pelo poderoso Phil Stern (Steve Carell), que também é seu amante.

Quando essa relação tumultuosa termina, Vonnie encontra o amor de novo na forma do sobrinho jovem e ambicioso de Phil (Jesse Eisenberg)… ao menos até Phil decidir que cometeu um erro horrível ao deixá-la ir. Com suas percepções apontadas para a superficialidade de La La Land – sem mencionar sua visão preconceituosa do amor e sobre a dor dos caminhos errados – Café Society é definitivamente uma versão típica de Woody Allen para uma história de amor atípica. Yahoo Movie conversou com Stewart sobre sua primeira experiência ao trabalhar com o icônico diretor de Nova York e se ela se vê retornando a Hollywood dos dias atuais.

Quase todo ator que trabalhou com Woody Allen possui uma história memorável sobre seu primeiro dia no set. Qual a sua?
Eu sinceramente tenho a mesma história que todo mundo. Eu pensei, “Ele me odeia! Ele está absolutamente se arrependendo da sua decisão.” [Risos] Mas então, eu fiquei, “Eu vou provar para esse cara pequeno que eu posso absolutamente fazer isso! Talvez eu não tenha a atitude que minha personagem tem, mas eu terei quando você falar ‘ação’.” Esse primeiro dia, ele vinha até mim e dizia, “Você está terrível. Você deveria ser bonita.” Mas não é pessoal, e ele não está tentando ofender. Se qualquer coisa, ele sabe que é engraçado. Ele não é o tipo de pessoa que gosta dos atores que se acham e possuem egos enormes. Eu sinto como se fosse quase uma ferramenta para ele ficar, “Se eles podem aguentar, então legal. Se não podem, então foda-se.”

Ajudou ter Jesse Eisenberg como seu co-star? Ele trabalhou com Allen antes, e vocês já atuaram juntos em Adventureland e American Ultra.
Jesse é uma presença que me acalma, porque eu posso ficar preocupada e analítica demais. E nesse primeiro dia, ele definitivamente me disse, “É meio normal. É o jeito dele.” Eu tive tanta sorte que ele estava nesse filme comigo, porque eu nunca fico com vergonha perto dele. E já que eu estava interpretando alguém que não se aproxima da minha personalidade, eu podia estragar tudo na frente dele e não ia ficar com vergonha.

Vonnie tem que escolher entre dois homens muito diferentes no filme, e os dois estão dispostos a casar com ela. Foi a simples realidade da época que ela tinha que escolher um dos dois, ao invés de seguir seu próprio caminho?
Eu nunca pensei que a Vonnie tinha que fazer algo. Do jeito que eu vi, senti e interpretei – apesar de odiar essa palavra, porque você “interpreta” nada, você só faz – e que ela honestamente se apaixonou por duas pessoas. Durante aquele período de tempo, se você não fosse casada até uma certa idade, você não era considerada um sucesso – você era um fracasso. Mas eu acho que a Vonnie não é super-motivada por esses detalhes. Talvez seja difícil para você ver por que ela gosta do Bobby, mas ela gosta. E Phil traz um lado diferente nela do que o Bobby. Isso é a vida. Tudo bem ter amores diferentes na sua vida. E essa é uma noção moderna; é uma coisa nova para as mulheres serem permitidas dizer.

O filme se passa quando Hollywood estava na sua época mais glamurosa, mas também tenta cutucar um pouco esse glamour. Na verdade, Vonnie funciona como a voz do espectador moderno em algumas vezes, mostrando como todas as armadilhas luxuosas são passageiras.
Eu acho que houve uma enorme mudança em como o público vê as pessoas famosas. Elas costumavam a existir em uma fantasia intocável e elevada. Eu acho que as pessoas daquele tempo sabiam disso, mas tudo bem porque era divertido e parecida bom. Mas se essa era a posição mais cobiçada para se estar, as pessoas vão fazer qualquer coisa para chegar lá e é totalmente escuro e o oposto do que a fantasia deve ser. Algumas coisas sórdidas se passaram naquela época. Agora, é diferente porque não há aparência superficial. As pessoas sabem que seres humanos são seres humanos.

Café Society e Personal Shopper, o suspense de Olivier Assayas, que você também estrela, estrearam no Festival de Cannes desse ano, e o último fez manchetes por ser vaiado pelo público. Foi uma experiência estranha?
Sim, totalmente. Nós vamos para Cannes em uma bolha de felicidade sabemos que fizemos o filme que queríamos fazer, e é definitivamente uma experiência mais divertida quando outras pessoas concordam com você. [Risos] Mas Personal Shopper é um filme que você não pode ter uma reação imediata. Se nós fizemos o nosso trabalho do jeito certo, é um desses filme onde, após terminar, você senta no seu carro com seu amigo e não fala sobre de imediato. As pessoas sempre querem ser aquelas que expressam a primeira opinião, e quando todo mundo vaiou, talvez estavam realmente dizendo, “Eu não sei como me sentir sobre isso!” Ou, quem sabe, talvez eles realmente odiaram. Mas ao decorrer daquela semana, a reação mudou. Foi um desses filmes onde as pessoas precisam pensar um pouco.

Você trabalhou com três diretores diferentes recentemente: Woody Allen, Olivier Assayas e Drake Doremus, que dirigiu o filme de sci-fi, Equals. Seus filmes não são nada parecidos, mas você notou alguma similaridade nos seus estilos de direção?
Uma coisa que todos compartilham é que se eles percebem você caminhando em direção a algo, não importa para eles como você chegou lá. Eles querem ver o seu processo, e quando você chega, você meio que olha por cima do ombro e fica, “Oh meu Deus, você me colocou aqui!” E eles ficam tipo, “Não, você caminhou até aí por si mesma.” E isso é um ótimo sentimento.

Mas quanto ao estilo, eles são muito diferentes. Woody não discute muito; todo o trabalho está no roteiro, então ele te dá e quer que você o possua. Drake é completamente sobre o processo e não liga para o diálogo. Ele é muito meditativo. Com ele, não é sobre estruturar as cenas, é sobre cair em alguma coisa, sacudir a poeira e perceber o que foi aquilo. Olivier faz os dois ao mesmo tempo. Ele é louco. Quando eu li Personal Shopper, fiquei tipo, “Você escreveu aquilo? É um filme louco.”

Você fez uma decisão muito consciente de procurar filmes menores desde o encerramento da franquia Twilight. Você se vê retornando para o reino dos grandes orçamentos?
Eu adoraria ficar inspirada o bastante por um filme de alto orçamento a ponto de assinar. Estou esperando! Minha abordagem é investir tempo em coisas que são realmente desvinculadas com o tamanho. É o que está dentro que conta. Twilight começou pequeno e então se tornou maior, mas o que esteve dentro sempre foi o mesmo.

Se fizerem um reboot de Twilight, você consideraria voltar de algum jeito?
Para ser honesta, nós meio que contamos essa história. Nós fizemos cinco filmes, então, talvez não! [Risos]

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

Na semana de divulgação de Café Society em Nova York, Kristen participou do programa The Tonight Show do apresentador Jimmy Fallon. Além da entrevista, na qual Kristen fala sobre seu cabelo, sua tatuagem e Jodie Foster, os dois brincaram de Jell-O Shot Twister. Confira:

[LEGENDADO] Kristen Stewart no programa c from KStewartBR on Vimeo.

[LEGENDADO] Kristen e Jimmy brincam de Twister no Tonight Show from KStewartBR on Vimeo.

Durante a divulgação de Café Society em Nova York, Kristen falou sobre o filme e o diretor, Woody Allen, com o site Metro US, e também sobre outros assuntos. Confira:

Kristen Stewart possui dois filmes estreando esse final de semana. Um deles é Equals, um indie sci-fi; o outro é Café Society, o novo de Woody Allen. Ela acha estranho. “Eu acho que você tem que gostar muito, muito de mim para ver dois filmes em um final de semana,” ela brinca.

Nós estamos falando sobre Café Society, no qual a atriz de 26 anos interpreta uma jovem mulher em Hollywood em 1930 que se apaixona por um jovem rapaz (Jesse Eisenberg), apesar de estar dormindo com o tio dele (Steve Carell). Ela escolhe o tio, e os dois seguem caminhos separados, somente para se encontrarem depois, quando suas vidas mudaram drasticamente.

Pergunta aleatória primeiro: Qual o seu espírito animal? E desculpe por te colocar em uma situação com resposta engraçada.
Sim. Eu realmente penso demais nessas coisas, também. “O que isso realmente significa?” Você tem um?

Eu decidi que o meu é uma morsa, por nenhuma razão.
Você já viu “O Lagosta”?

Sim. Nós podemos falar de “O Lagosta,” se você quiser.
Eu amo tanto esse filme. Eu vou me encontrar com o diretor [Yorgos Lanthimos]. O que eu achei que foi estranho – e eu não sei como eu me encaixaria nisso como atriz – foi que toda fala nesse filme era uma metáfora. Ninguém estava realmente sentindo aquilo. Ele cria um ambiente que é uma realidade tão suspensa. Eu nunca vi ninguém fazer isso. E então eu me pergunto como deve ter sido para os atores, porque você está realmente construindo algo. Eu nunca trabalhei assim.

Woody Allen também possui seu próximo estilo, mas não é tão extremo quanto em “O Lagosta.” Você assistiu todos os filmes dele?
Não assisti todos os filmes dele, nem mesmo cheguei perto. Os que eu mais gosto são, obviamente, “Annie Hall.” Meu favorito é “Vicky Cristina Barcelona.” Eu amo tanto esse filme, é louco.

Eles podem ser muito obscuros e honestos, mas de um jeito que não fica depressivo. É apenas tipo, “É a vida!”
Eu acho que ele tem uma abordagem casual à suas ansiedades. As pessoas que são tão sobrecarregadas com ansiedade, na verdade, não são tão movidas por isso. Porque essas pessoas são as que ficam, “Eu lido com isso desde que nasci. Sempre tive esses pensamentos existenciais na boca do estômago que você pode superar.” Isso é interessante para mim. Sem estar triste ou sentir muita dor, você nunca vai ser feliz. Contrariamente, se você nunca está feliz, você nunca vai sentir muita dor.

Os personagens possuem altos e baixos assim. Eles passam por uma mágoa, e então seguem em frente, mas ainda pensam afetuosamente no passado.
O que eu gosto sobre esse filme é que é muito otimista. As pessoas pensam que é triste, mas minha personagem não é triste e o personagem do Jesse também não. Você tem dois personagens que olham para trás e pensam, ‘Eu não preciso ter ou me apegar a isso para dar valor.’ Todo mundo me pergunta, “Ela fez a escolha certa?” E eu fico tipo, [dando de ombros] “Eu não sei.” Não é sobre isso.

Geralmente o amor é tão apocalíptico nos filmes. Se um relacionamento termina, a vida dos personagens acaba. Mas algumas vezes o amor acaba e você segue em frente. Desculpe, estou balbuciando um pouco.
Eu faço o mesmo constantemente. Mas você está fazendo sentido e eu estou sentindo o que você quer dizer. [Risos]

Estou pensando sobre algo brilhante e não articulando de nenhuma maneira.
Isso sempre vai estar aqui [aponta para si mesma], também.

Mas é terrível porque eu vou transcrever você e então reformular minhas perguntas para que eu soe mais inteligente.
Isso é um bom ponto, na verdade. Não é justo.

Jornalistas são tão babacas.
Sim, eu odeio todos vocês.

Eu deveria te perguntar sobre suas experiências ao trabalhar com Woody, porque ele possui um jeito muito incomum com os atores. Ele não gosta de falar com eles ou dar muita direção. Alguns atores amam isso e outros ficam assustados. Como foi para você?
Não demorei muito para me acostumar com sua natureza brusca. A maioria dos diretores estão sempre protegendo seus pequenos atores e seus egos. Eles querem enchê-los com confiança, porque um ator mais confiante é melhor. Ele faz o contrário. Outros atores vinham até mim e diziam, “Eu acho que ele me odeia.” Eu ficava tipo, “Confia em mim, eu também pensei que ele me odiava. Acho que ele ainda me odeia.” Se eu tivesse alguma pergunta, eu sabia que não podia perguntar a ele, porque ele realmente quer que você pense por si mesmo. Isso é legal. Há uma confiança que você pode tirar disso. Mas também, ele andaria até mim e falaria, “Você parece terrível.”

Sério?
Oh, sim. Porque ele não gostou do vestido. “Nós temos que mudar isso.” Ele não tem…

Habilidades sociais?
Tipo, nenhuma. Eu ficava, “Estou estragando tudo?” E Jesse falava, “É só o jeito dele.”

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

A Imagem Filmes liberou o poster brasileiro de Café Society, que foi feito exclusivamente para o Brasil e aprovado por Woody Allen. Também foi liberado o trailer nacional do filme. Café Society chega aos cinemas brasileiros no dia 25 de agosto.

  

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