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Kristen Stewart e Rose Glass conversaram recentemente com o jornal canadense The Globe and Mail sobre Love Lies Bleeding. Leia mais:

ATENÇÃO: Contém spoilers!

Há uma sensação maravilhosa de sujeira neste filme que parece extremamente ligado a um certo período da cultura americana dos anos 80. Então me surpreendeu um pouco que tenha havido discussões iniciais para ambientá-lo em Glasgow.
Rose Glass:
Foi apenas no começo, quando eu estava fazendo um brainstorming com minha co-roteirista, Weronika Tofilska. Eu estava pensando onde poderia ambientá-lo no Reino Unido, porque fiquei bastante intimidada com a ideia de fazer um filme americano. Poderia imaginar a versão escocesa desses personagens, mas logo depois que começamos a desenvolver a história, com todas as armas e músculos, os Estados Unidos parecia o único lugar.

Sempre seria nos anos 80?
Glass:
Mudamos isso um pouco, mas tudo se resumia a como queríamos que fosse definido antes que todos estivessem nas redes sociais. Esses personagens estão isolados em suas pequenas cidades, e não poder se conectar com as pessoas nas redes sociais aumenta esse tipo de isolamento. E colocar algo no passado dá a você uma leve sensação de afastamento da realidade, as coisas assumem uma sensação mais mitológica e de fábula.

Kristen, o quanto disso foi a vontade de trabalhar com Rose e o quanto foi a oportunidade de brincar nesse ambiente completamente nojento?
Kristen Stewart:
Rose foi o ponto de partida, obviamente. Mas também interpretar alguém que é tão impotente e internalizada, e que se apaixona, o que é sempre uma experiência maluca para qualquer um. Se trata de acreditar em algo que não existe, como fantasmas — essa ideia efêmera que leva você ao limite, onde talvez você mate e morra por essa coisa. O filme também não tenta deixar você confortável. Somos parte de uma indústria em que a principal pergunta para nós sempre é: “O que vocês querem que as pessoas aprendam com o filme?” [Risos] Sei lá!
Glass: Sim, qual é a moral dessa história? [Risos]
Stewart: Esse filme sempre seria difícil de fazer, é grande, caro e não é fácil de descrever. Mas é uma evidência das curiosidades, do gosto e do comprometimento da Rose. E o fato de que a A24 a apoiou e permitiu que ela brincasse com algumas armas grandes. Eu só disse: “Posso brincar também?”

Existem algumas armas grandes no filme, tanto de forma metafórica quanto literal. É um filme violento, mas com um toque obscuro de diversão. Você suja um pouco suas mãos.
Stewart:
Há algo inevitavelmente adjacente à ejaculação ao disparar uma arma, sabe? Há muito simbolismo bastante óbvio e grande no filme.

Mesmo assim, o momento mais violento do filme não envolve nenhuma arma, e sim punhos, como quando a mandíbula de um personagem é reorganizada de forma criativa.
Glass:
Isso foi feito quase por completo digitalmente, embora o ator tenha ficado deitado coberto em coisas grudentas por um tempo. Mas eu disse para a equipe de efeitos digitais para irem com tudo, e então aquilo criou vida própria. É muito divertido fazer isso em um filme!
Stewart: Eu não sabia que ele ia ficar daquele jeito! Ele ficou desmontado de uma forma que me chocou na primeira vez em que assisti o filme finalizado. Que bom que eu não sabia durante as filmagens, porque teria interpretado aquele momento de maneira diferente — provavelmente caindo de joelhos e vomitando.
Glass: Acho que sua reação ainda é uma das minhas partes favoritas. Me faz rir demais.

Vou dizer que o momento tirou um ótima reação da minha sessão, e não é fácil deixar os críticos tão animados durante uma exibição para a imprensa pela manhã.
Stewart:
Minha nossa, sim [risos].

Rose, quando conversamos sobre Saint Maud, você disse: “As pessoas realmente querem ver uma menina cutucar uma ferida na mão dela? Acho que sim.” Neste filme, você precisou se perguntar se as pessoas iriam querer assistir um homem ser espancado ao ponto de perder parte da mandíbula, entre outros atos?
Glass:
Essa sou eu fazendo o que acho que é, na verdade, um filme incrivelmente comercial e bem sucedido! Com armas, mulheres, violência e sexo.
Stewart: É o que as pessoas querem, né?
Glass: Então todo mundo diz: “Isso é tão estranho!” E eu penso, como assim?
Stewart: É só um filme americano!
Glass: É como uma história em quadrinhos para adultos. Precisa parecer exagerado, melodramático e estranho.

Uma história em quadrinhos escrita por David Cronenberg, talvez.
Glass:
Bem, esse é um grande elogio!

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil