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A revista Rolling Stone publicou novos trechos da entrevista de Kristen Stewart para a capa da edição de março. Neles, a atriz fala sobre Greta Gerwig e o filme Barbie, sobre ter medos de múmias, seu gatinho Cozy e muito mais. Leia:

“Estou jogando muito mal”, diz Kristen Stewart, rindo enquanto uma bola rola sozinha pela mesa de sinuca e para perto da caçapa. “Mas isso é bom”, adiciona ela, “porque começamos a nos falar agora. E não posso te receber aqui e então acabar com você na sinuca, sabe?”

As regras da casa, de acordo com Stewart, são que se você encaçapar a bola branca, você pode colocá-la de volta na mesa e dar duas rodadas para o outro jogador — uma brecha que nós duas tiramos vantagem graças às distrações de uma conversa demorada e provocativa para a nossa capa de março. De múmias até minivans, Barbie e a família real, aqui estão algumas partes que foram cortadas do artigo.

Ela gosta das cenas de sexo de ‘Love Lies Bleeding’.
“Os homens com quem conversei disseram: ‘Ah, isso é muito nojento’”, diz ela sobre uma cena específica (se você já assistiu ao filme, sabe qual). “E eu ficava tipo: ‘Sério? Achei muito sensual e divertida.’ Filmes sobre corpos femininos são tão raros. Não é uma oportunidade que nos é dada muitas vezes. E também não é nada gráfico’”, adiciona ela, ressaltando que, embora as personagens discutam atos sexuais, muito pouco é mostrado. “Realmente é só o diálogo que insinua a fisicalidade do ato. Você pode ver a lateral de um seio ou algo assim, mas é quase como se fosse mais intenso porque está sendo falado, porque então abre margem para imagens mentais. Muito do que as mulheres vivenciam de maneira sexual acontece sem ver nada.”

Ela acha que os melhores diretores são monstruosos, de um jeito bom.
“Meus diretores favoritos têm uma capacidade tão imensa e um vício tão claro no caminho em que estão que você pode fazer qualquer coisa, e eles não vão desviar desse caminho”, diz Stewart. “Você precisa ser psicótico e monstruoso, muito próximo do narcisismo, para dizer: ‘Eu assumo o trabalho de decidir a porra toda.’” Mas, ela adiciona, é essa obsessão com uma visão que a liberta para fazer o trabalho dela. “Você precisa de uma pessoa assim para ter essa liberdade. E, como atriz, estou muito disposta a abrir mão da minha existência para viver completamente em serviço de o que quer que seja isso. Tipo: ‘Minhas ideias esporádicas, espásticas, impulsivas e potencialmente traiçoeiras? Vou jogar todas em você, cara. Porque não estou pensando. Esse é o seu trabalho.’”

Ela tem curiosidade em saber se o Príncipe William e o Príncipe Harry assistiram Spencer.
“Me pergunto como eles consomem o conteúdo relacionado à vida deles”, diz Stewart. “Diria que eles assistem The Crown, mas talvez não. Talvez nunca tenham assistido.” Ela já pensou no que aconteceria se encontrasse os filhos da Princesa Diana, e “se haveria alguma interação ou resposta que não fosse: ‘Ah, oi.’ É muito complicado. O filme é tão poético, estamos do lado deles, mas ao mesmo tempo, é claro, acho que não tem como eles não sentirem que algo foi roubado deles.”

Ela acha que Greta Gerwig está fazendo a obra de Deus.
“É quase como se a abertura das suas pupilas começasse no tamanho normal, é o que estamos acostumados a ver, mas no final do filme, elas estão tão dilatadas que vão explodir sua cabeça”, diz ela sobre a experiência de assistir Barbie. “Estamos realmente deixando toda a luz entrar. É como Matrix.”

“E sinceramente, porra, Greta Gerwig? Literalmente estou completamente maravilhada com essa pessoa. Ela tem feito um trabalho consistente e espetacular que parece que realmente saiu dela, ela é claramente a capitã daqueles navios, mas então ela fez isso. É difícil fazer coisas que nunca vimos antes. Não sei como permitiram que ela fizesse Barbie, mas Greta conseguiu mesmo. Como tantas pessoas aprovaram esse filme? Ela está fazendo a obra de Deus, cara. Nós realmente não nos conhecemos, mas se a visse, surtaria na frente dela. A Greta é um tesouro nacional.”

Ela acredita em fantasmas… mais ou menos, talvez.
Stewart recentemente produziu e narrou a série de caçadores de fantasmas queer do Hulu, ‘Living for the Dead’, mas ela diz: “Definitivamente não acredito em fantasmas no sentido literal.” Mas então: “Não desacredito. Sei que existem camadas nessa experiência e isso é uma coisa espiritual. Quando estou sozinha, eu ando por essa casa dizendo: ‘Não! Eu não. Outra pessoa. Eu não, eu não, eu não. Só estou descendo para beber água e vou voltar para o andar de cima sem você.’ Tipo, eu verbalizo mesmo.”

Ela tem medo de múmias.
“Eu gostava muito do antigo Egito quando era pequena, mas as múmias me assustavam pra caralho, cara”, diz ela. Verdade seja dita, as pirâmides também: “Acho que tenho fobia de monólitos. Fico nervosa com grandes estruturas que nos fazem pensar: ‘Como isso chegou aqui?’ A ideia de andar sozinha em uma Esfinge de noite? Eu poderia começar a chorar agora. É misterioso e estranho pra caralho.”

Ela coleciona carros rápidos, mas dirige uma minivan.
Embora ela tenha um armazém em Van Nuys repleto de hot rods, ela dirige por Los Angeles em uma minivan preta que ela chama de Beth. “A coisa mais idiota em relação a mim, provavelmente, é que eu amo muito carros. Sou muito de Valley”, diz ela. Ela também gosta muito de ser de Valley: “[A noiva Dylan Meyer e eu] temos uma tatuagem do 7-Eleven. Somos idiotas. Somos idiotas de Los Angeles.”

Sua capa controversa da Rolling Stone era exatamente o que ela tinha em mente.
“Quero que as fotos sejam o que eu gostaria de ver quando era pequena, em vez de pensar: ‘Espero que eu saia bem na foto.’ Eu sei fazer a coisa de colocar o queixo para baixo, olhar para cima e abrir a boca, mas tipo, não é assim que você faz uma capa para a porra da Rolling Stone. É uma oportunidade de criar uma coisa, de contar uma história. É um pequeno projeto de arte.”

Ela tem um gato chamado Cozy.
“E, sinceramente, ele é um personagem principal. Ele é uma estrela, caralho. Juro, se ele fosse uma pessoa, provavelmente seria um ator arrogante. Seria o Paul Newman. Você olha para ele e pensa: ‘Como você consegue?’ É assim que ele faz você se sentir. Mas é um gato, então tudo bem.”

Ela não é aventureira.
“Algumas pessoas gostam muito de experiências físicas extremas. Eu sou controladora pra caralho. Nunca tomaria ayahuasca. Nunca vou saltar de um avião. Basicamente, para resumir essa longa história, sou chatinha.”

Às vezes, ela espera dentro do carro quando vai ao mercado.
“A Dylan fica com muita raiva de mim. Ela é obcecada pelo mercado, tipo: ‘Eu quero dar uma olhada nos biscoitos e você está me apressando e sendo estranha.’ E eu fico tipo: ‘Tá, cara, vou esperar no carro.’ Depende do meu humor. Às vezes estou disposta e posso aceitar facilmente a energia estranha e transformar em algo positivo, mas outras vezes transformo tudo no pior, e nessas horas, não devo sair de casa.”

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil