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Kristen Stewart conversou com o Collider durante sua passagem pelo Sundance Film Festival sobre Love Lies Bleeding ao lado do elenco e da diretora do filme. Confira:

Kristen e Katy, para entrar nas suas personagens, quando vocês decidiram fazer o filme, quais qualidades delas vocês estavam mais ansiosas para interpretar e quais vocês descobriram no caminho enquanto trabalhavam juntas?
KRISTEN STEWART:
Quando Rose descreveu o filme para mim, ela disse: “Todo mundo me pede para escrever sobre…” ou pelo menos estamos sempre falando sobre mulheres contando histórias de mulheres fortes, então pensei que essa introdução foi tão engraçada porque a conheci antes de ler o roteiro. Parecia algo sexy e petulante, e perguntei: “O que vai ser?” E ela respondeu: “Você sabe, mulheres muito fortes!” E então conseguimos uma mulher muito forte para estar no filme ao lado da minha mulher muito “fraca”.
Voltando para sua pergunta, eu gosto muito delas, mas elas não possuem morais e estão completamente dispostas a justificar qualquer comportamento ruim em nome do amor, e parece fácil pensar que é uma boa ideia, mas os seres humanos contam para eles mesmos as histórias que precisam ouvir para lidar com certas coisas. Acho que amei tanto a Lou porque ela é engraçada e é a “mocinha”. Ela é uma pessoa muito simpática, mas no final eu pensei: “Ah, não, todos nós podemos ser bem monstruosos porque somos humanos.” E, não sei, alguém já viu Oppenheimer? Entende? Então foi surpreendente para mim amar a Lou e querer protegê-la o tempo todo, e então assistir o final do filme e pensar: “Ah, não, vilã.” Mas não completamente! Não sejamos tão binários. Sabe, todos somos assim. Contemos multidões.
Acho que essa é a combinação perfeita: se perder no momento, mas conseguir ter a experiência do filme como um telespectador. Que legal.
STEWART:
Todo mundo tropeça e quebra a cara até a linha de chegada.

Literalmente, quem nunca? [Risos]
STEWART:
Pelo menos é meio sexy! Entende?
KATY O’BRIAN: Acho que a Jackie era uma sonhadora doce e inocente e eu amo isso nela, mas ela também tinha um pouco de ferocidade e talvez um pouco de tragédia. Quando você a coloca ao lado da Lou, o legal é que a Lou é basicamente o único apoio que a Jackie já teve e a Lou é muito pé no chão. Além disso, há uma justaposição masculina/feminina muito legal em que você tem uma fisiculturista e ela está se maquiando, arrumando o cabelo e sendo toda fofa…
STEWART: Eu cuidei de você.
O’BRIAN: Sim, você cuidou de mim. Muito obrigada. Sim, a Lou tomou conta de mim e eu pensei: “Ah, que fofa.”
GLASS: Cuidou mesmo?
STEWART: Eu adoro uma reviravolta na dinâmica de poderes. Nada mais sexy do que isso!

Eu amo fazer essa pergunta em geral, mas particularmente quando parece que dois personagens e sua conexão são a alma do filme, que é a impressão que as notas para a imprensa me passaram. Vocês podem me dizer algo que apreciaram uma na outra como parceiras de cena, talvez algo que ajudou as duas a acessarem uma característica em suas personagens que não conseguiriam sem a ajuda da outra?
O’BRIAN:
Uma das coisas para mim foi, no geral, eu não tinha muitos limites e acho que a Kristen estava disposta a fazer o que precisava ser feito. Tínhamos uma cena em que ela estava com um isqueiro e estava perto da minha pele. Estávamos no momento e pudemos sentir realmente o que estava acontecendo, o que é muito legal porque às vezes sinto que as pessoas são muito tímidas e dizem: “Ah, eu vou segurar longe, sabe…”
STEWART: Eu não ia fingir com você.
O’BRIAN: “Vamos adicionar mais tarde na pós-produção.”
GLASS: A Kristen ficou tipo [gesticula como se estivesse segurando um isqueiro].
O’BRIAN: “Temos um isqueiro maior com mais fogo? Tem alguma tocha por aqui?”
GLASS: Foi muito seguro.
STEWART: Acho que a Lou é durona e a melhor sensação é a de ser jogada por cima dos ombros de alguém [risos], e um pouco atordoante. Não sei, Katy e eu fizemos uma audição inicial. Nós duas basicamente mergulhamos de um penhasco em águas escuras, estranhas e profundas. Nunca houve um momento em que tentamos nos afogar, sabe? Foi muito difícil. No entanto, foi muito divertido e definitivamente foi por conta dessa coisa alquímica estranha que aconteceu entre nós três.

Jena, as notas para a imprensa enfatizaram que você e Kristen se conhecem há um tempo, mas nunca trabalharam juntas, né? Não diretamente, pelo menos.
JENA MALONE:
Bem, estávamos no mesmo filme. Isso é trabalhar junto, não é?
STEWART: Sou obcecada pela Jena desde que comecei a assistir filmes, então quando trabalhei com ela em Na Natureza Selvagem, fiquei tipo [faz barulhos animados].
MALONE: Nos conhecemos mais durante os eventos para a imprensa daquele filme, porque eram mundos diferentes.

Qual foi o primeiro filme da Jena que te fez obcecada por ela como atriz?
STEWART:
Bem, todos os infantis são as coisas mais fofas do mundo, mas Meninos de Deus é muito fofo! [Risos] Eu sinceramente gosto de todos.

Jena, de volta para você. O que há de especial em ter essa conexão duradoura influenciando o fato de vocês interpretarem irmãs neste filme?
MALONE:
Acho que desde a primeira vez em que nos conhecemos, ou até nos aproximamos, eu senti uma coisa estranhamente muito maternal e de irmã mais velha, tipo: “Estamos no mesmo barco, eu quero te proteger, te edificar, me certificar de que você está bem” e ela estava, então eu disse: “Ah, isso é muito incrível. Estou muito orgulhosa.” Então, sim, foi uma ponte muito fácil de construir e havia uma quantidade infinita de coisas de coisas que poderíamos extrair em relação a respeitar, brigar e aprender a odiar uma a outra, de certa forma, por conta da rivalidade entre irmãs, sabe.
STEWART: Eu ia dizer isso. Nós temos uma briga braba.
MALONE: Sim, há uma questão inicial de violência e dinâmicas familiares, e acho que é legal conseguir confiar em alguém para abordar esse ponto de maneira muito autêntica, porque pode ser bem assustador. Acho que é onde nasce a violência, né? Na família, em dinâmicas familiares. É tão louco.

Você pode falar sobre essa questão inicial? Sobre o que causou esse atrito?
MALONE:
Agora? Tá bom, vamos lá. [Risos]
STEWART: Estou tipo: “Pode ficar! Eu te amo!”

Quis dizer ideias e origens, mas se quiserem fazer isso, tô dentro!
MALONE:
Nada disso, vamos lutar.
STEWART: Não, quando ela ficava brava comigo nas cenas porque temos um relacionamento tumultuoso no filme, me destrói de verdade. Eu fico tipo: “Jena, não faz isso.”
MALONE: E eu dizia: “Tudo bem fazer isso?” Foi divertido, aliás. É muito legal brigar. Tive uma boa parceira de briga.
STEWART: Você é tão assustadora.

De irmã para pai, Ed é a sua vez. Adoro fazer essa pergunta quando se trata de um personagem que parece exalar confiança e autoridade, e essa é certamente a impressão que tive do pai da Lou pelo que li. No início do filme, qual você acha que é a maior força dele, mas também qual é a sua maior fraqueza, aquilo que o torna vulnerável durante os acontecimentos?
ED HARRIS:
Bem, em primeiro lugar, fiquei muito animado por ser convidado para interpretar o pai de Kristen, não o avô dela. Isso foi muito legal. Seus pontos fortes, bem, ele é um organizador. Ele é um empresário e tem sucesso. Parte disso é ilegal, mas ele está no controle da situação. Ele é um cara confiante e muito bom em manipular as pessoas para que façam o que ele precisa. Essa foi a força dele, eu acho. Sua maior fraqueza é o fato de ser um babaca. Quer dizer, ele não se considera assim, mas ele não tem sido o melhor pai, a filha dele o despreza…
GLASS: E mesmo assim ele a ama.
HARRIS: Então, acho que essa é a fraqueza dele. E ele gosta de besouros, o que acho que é um de seus pontos fortes.
DAVE FRANCO: Conta mais sobre os besouros.
HARRIS: É difícil descrever. Ele só gosta deles, sabe.
STEWART: Ah, legal.

Dave, como diretor, há alguma coisa que você observou Rose fazendo como líder no set e como diretora que você embolsou e planeja levar para seu próximo filme?
FRANCO:
Definitivamente. Rose coloca uma vibração tão boa no set onde, não importa o quão loucas as cenas sejam, ela é tão calma e doce, e nunca se sente cansada. Não sei, é muito reconfortante. Ela simplesmente chega e não precisa falar muito, apenas te dá essas coisinhas e você pensa: “Oh, isso é genial.”
STEWART: “Posso fazer disso um grande banquete!
FRANCO: [Risos] Sim! Mas sério, a energia dela é algo ao qual respondi muito bem.
GLASS: Obrigada, Dave.

Anna, me disseram que Daisy e Lou já tiveram um relacionamento que terminou, mas Daisy ainda gosta dela. O que atrai Daisy na Lou? E o que essa ruptura significa para o resto da jornada delas — ou pelo menos o que você pode falar sem dar spoiler?
ANNA BARYSHNIKOV:
Ah, sim. “Ainda gosta dela” é o eufemismo do ano. Eu acho que ela é meio patética e totalmente obcecada.

Recebi uma frase sobre a sua personagem e percebi isso.
BARYSHNIKOV:
Sim, imagino que elas se conheçam há muito tempo e que talvez do lado de Lou não haja muitas outras opções. Mas acho que para Daisy, você sabe, o filme lida muito com força e acho que ela é alguém que não se sente nem um pouco forte, e Lou parece ser esse tipo de presença constante e competente, e é gostosa e ela a ama. Quer dizer, acho que ela é muito apaixonada. E qual foi o resto da pergunta?

Poderia entrar em território de spoiler, então, um gostinho de algo sobre o término entre eles que poderia influenciar os eventos gerais do filme?
BARYSHNIKOV:
É, difícil. É difícil dar um gostinho.
O’BRIAN: Vocês não me contaram que estavam em um relacionamento.
BARYSHNIKOV: O que direi é que acho que muito do que adoro no filme é o estranho equilíbrio entre o romance e um comportamento completamente sinistro e desprezível, e parecia tão verdadeiro. Parecia tão verdadeiro para Lou e Jackie, mas eu realmente senti que poderia se aplicar a Daisy também…
STEWART: Até mais.
BARYSHNIKOV: Sim, quase de uma forma muito concentrada. Ela está disposta a explodir tudo por quem ela ama.
FRANCO: Eu só quero dizer bem rápido, só de ouvir vocês falarem, todo mundo está interpretando um personagem tão diferente de si neste filme de uma forma incrível. E, novamente, volto para Rose, que criou esse ambiente confortável onde todos podiam dar grandes tacadas, e todos são tão bons nisso, e tão diferentes do que vocês vêem aqui.
STEWART: Foi como fazer uma comédia extrema e o drama mais pesado do mundo, mas tudo de uma só vez, nunca uma cena após a outra. Era como se, se não fosse devastador e hilário, estamos fazendo algo errado.

Rose, queria perguntar para você sobre isso. Kristen já tocou no assunto, mas eu tenho uma citação específica de nossas anotações em que você disse que o filme está “de certa forma transmitindo a ideia de uma personagem feminina forte e questionando o que as pessoas realmente querem dizer com isso.” Agora que o filme terminou e você teve essa experiência, como você redefiniu, pessoalmente, o que significa ser uma personagem feminina forte?
STEWART:
[Faz barulhos de vômito]

Pode ser!
GLASS:
Para ser sincera, sempre foi uma resposta bastante casual e infantil da minha parte. Felizmente, acho que todo o tipo de tropo ou conceito de “uma personagem feminina forte” já parece um pouco ultrapassado, mas acho que é apenas uma ideia bastante vazia. Acho que se o filme fala sobre alguma coisa, talvez seja sobre uma espécie de força pela força, não sei, não há virtude nisso. Não sei. Sim, só é uma ideia vazia, e vamos assistir algo mais interessante e real através de uma história muito intensa, estranha e irreal.

Antes de deixar vocês irem, Kristen, tenho uma pergunta para você sobre sua estreia na direção, porque eu estava lendo um artigo lançado no início desta semana que mencionava que você estava aqui promovendo filmes, mas também tentando fazer isso acontecer. Esta é a mesa de manifestação, então o que você ganhará para o filme enquanto estiver no Sundance que lhe permitirá sair de Park City e ir fazê-lo?
STEWART:
Minha nossa. É só no que estou pensando no momento. Estou aqui pelo filme da Rose e por Love Me. É difícil falar de outra coisa agora. As pessoas me perguntam o que ando fazendo e respondo: “Estou fazendo uma coisa.” Estou tentando chegar em um ponto em que posso fazer o filme. Que chato você me fazer essa pergunta quando não posso contar nada. Mas vou fazer essa porra desse filme.

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil