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Kristen e Juliette Binoche conversaram em outubro do ano passado com o Metro US sobre Clouds of Sils Maria e você pode conferir a entrevista traduzida abaixo:

Quando nós falamos em outubro do ano passado durante o New York Film Festival, Kristen Stewart ainda não tinha se tornado a primeira atriz americana a ganhar um César – o prêmio da França equivalente ao Oscar – por Clouds of Sils Maria de Olivier Assayas. Mas ela ainda estava entusiasmada com ele. No filme, ela interpreta Valentine, a assistente pessoal atormentada mas legal de Maria Enders, uma super estrela à la Juliette Binoche interpretada por Juliette Binoche. Isso a permitiu zombar da indústria do cinema e da máquina de fofocas de uma distância segura. As duas atrizes se juntaram para falar sobre seu relacionamento, e, no caso de Binoche, dar uma boa risada.

Juliette, sua estréia em 1985 com Rendez-vousv foi escrita por Assayas e você se reuniu com ele novamente para seu filme Summer Hours em 2008. Você instigou esse projeto. Qual foi seu conceito original?

Juliette Binoche: Eu queria vê-lo lidar com o feminino. Eu não sabia ao certo o que seria, mas eu imaginei essas personagens trocando os papéis. Eu falei sobre Bergman. Eu disse “Vamos lá, você ama Bergman! Você fez um livro de entrevistas [de 2008]!” E eu estava um pouco frustrada com ‘Summer Hours’, como atriz. Eu achei que ele estava tímido e se escondendo. Eu disse, “eu estava sentindo a sua falta!”

Kristen Stewart: É como, ‘eu quero conhecer você!’

JB: “Eu quero conhecer você”, sim! E ele disse para mim, “me dê duas semanas e eu te digo se gosto ou não.” Então ele me ligou e disse, “eu tenho o assunto.” Um ano e meio depois, ele me deu o roteiro.

É muito honesto sobre o que acontece na vida de uma atriz de meia idade. Qual foi a sua reação com isso?

JB: Eu estava chocada! Eu não esperava ser daquele jeito. Eu estava provocando ele [grande risada] e levei um tapa de volta!

Kristen, você deveria ser Jo-Ann, uma atriz mais nova que acabou sendo interpretada por Chloe Grace Moretz, mas você insistiu em ficar com Valentine ao invés do outro. Qual o motivo disso?

KS: O papel era fantástico, mas apenas não era para mim. Era apenas algo que eu conhecia tão bem, que não era interessante para mim. Eu conheço Valentine muito bem, mas eu nunca tinha feito antes. Seria mais interessante dizer que o que me puxou para o projeto foram as declarações que fazia e os comentários. Mas foi a parte emocional que eu realmente amei. E há mais ironia e mais camadas mergulhadas em seus diálogo se estiver saindo da minha boca. É apenas o jeito que é. Eu estive lá. É óbvio que eu estive lá. Me dirigir diretamente à mídia e falar sobre essas merdas precárias – que podem consumir as pessoas de vez em quando – foi divertido. Eu tive que apagar a alegria do meu rosto enquanto disse aquelas falas. [Risos] Eu tive que tentar não parecer tão animada sobre isso.

Há alguns elementos das antigas aqui, incluindo pedaços de ‘Persona’ e ‘L’Avventura’. Mas ainda é interpretado de forma realista.

JB: Eu amo filme em quais não sei o que é real e o que não é. Quando você sonha, você imagina se é a realidade ou não. É o mesmo com a vida. Você nunca sabe se você está vivendo isso ou se é ficção. [Risos] Filmes também representam isso. E também para mostrar o que os papéis fazem com as atrizes, foi muito significativo para mim. Não há muito filmes sobre atores que têm que passar pelas emoções. Quem quer acordar cedo e pensar sobre a morte ou qualquer coisa – sobre seu amor, seus filhos ou parentes. Você tem que passar pelas emoções sem se identificar com ela, porque as emoções não são suas, mas ainda assim você tem que passar por elas. Minha personagem, no começo, não quer passar por isso. É o inferno. Ela não quer passar pelo inferno. Sua vida já é difícil e complexa.

KS: É inteligente como reconhece que você nunca pode sair de si mesma. É ilusório pensar que os atores estão interpretando outras pessoas. É sempre você. São versões suas, mas isso leva ajustes. Isso te completa de algum outro modo, mas no final do dia isso é [risos] cobrado.

A relação de suas personagens é bem confortável. Como vocês desenvolveram isso?

JB: Levou alguns encontros para ajudar a desenvolver a nossa relação. [Risos] Quando você gosta de alguém, você gosta de alguém. Nós ficamos próximas de um jeito natural.

KS: Se nós não tivéssemos, o filme não teria sido bom, porque eu não sou uma mentirosa. Se isso [aponta para ela e Binoche] não fosse sólido e não fosse estimulador… Essa mulher me faz pensar mais do que a maioria das pessoas que já trabalhei. Eu estou constantemente sentada entre tudo e ficando [faz cara de pensativa]. Ela me deixa um pouco perplexa, o que é a dinâmica absolutamente certa. Nós não tivemos que fingir.

Kristen, você está procurando papéis europeus?

KS: Não. Eu sempre fiquei ao redor de cineastas americanos que têm um pouco mais de fluidez e bolas para explorar e viver em algo, e não precisa controlar muito isso, de um jeito que não é exclusivamente projetada para o consumidor. Eu sou sortuda porque não são muitas atrizes americanas jovens que possuem essa oportunidade. Os papéis não existem.

Está melhorando, ou você tem que ir até a Europa para conseguir papéis bons? Ou isso é apenas um clichê?

KS: Se fosse para você chegar em um consenso, então, sim, absolutamente. Há tantas convenções nos papéis femininos nos Estados Unidos que quase se torna – digo, é tão clichê, como você disse – quase se torna sufocante. E é tão cotagioso. De repente você pensa que não vai ser comercial e facilmente consumido, as pessoas não vão fazer. Ou vai ser o menor filme de todos os tempo, ou nunca vai acontecer. Eu leio roteiros muito bons o tempo todo que são diferentes e vão contra essa convenção e diz algo bom. E eles nunca podem encontrar suas pernas. Eles nunca são feitos. É um clichê porque é verdade.

Fonte | Tradução: Mari – Equipe Kristen Stewart Brasil