Kristen Stewart foi interpretar uma guarda da prisão de Guantanamo Bay, que forma uma amizade improvável com um dos detidos, em Camp X-Ray porque ela estava principalmente intrigada pela moral de dilemas da personagem.
“Eu gosto muito da ideia de interpretar uma garota que todos nós podemos ter conhecido no ensino médio, que é formada por uma infância um pouco estranha, mas incrivelmente normal que ela pode ter tido, e é alguém que quer intensificar um pouquinho seus esforços e queter descobrir qual é a coisa certa a fazer,” Stewart contou ao The Hollywood Reporter no premiere do filme em New York City no Crosby Street Hotel na noite de segunda-feira. “[Ela] quer se sentir digna e honrável, e então descobri que a resposta fácil, na verdade, não satisfaz nada disso.”
Enquanto Gitmo tem sido uma prisão militar altamente controversa desde 2002, o elenco do filme e o diretor-roteirista Peter Sattler, que faz sua estreia no cinema com o título, não quer focar nessas questões.
“Este filme não é sobre políticas – ele é sobre relacionamentos, ele é sobre humanidade,” disse Payman Maadi, que interpreta o detido Ali. “Eu definitivamente tenho a minha opinião. Eu penso que este filme é um filme que faz as pessoas pensarem sobre questões sérias que estão acontecendo agora, não somente questões políticas, mas humanas. Não pense que nós somos diferentes e não podemos criar uma conexão um com o outro. Vamos tentar ouvir um ao outro.”
Stewart, vestindo J. Mendel, concordou sobre a opinião do filme. “Ver alguém confortado por um relacionamento humano, é legal, é aliviante, é uma sensação boa,” ela disse. “Você vê alguém que adoraria apenas ser bom, que simplesmente faria qualquer coisa somente para ser bom, e então descobre que não é tão simples, e por isso busca refúgio, consolo e compartilhamentos humanos, isso é o que todos nós fazemos todo dia.”
As atividades cotidianas da Gitmo fascinaram Sattler, que notou que o manual de operação de acesso a prisão da Wikileaks era uma fonte inestimável. Enquanto Sattler destacou o caráter político e objetivo do filme, ele espera que possa dar uma luz na situação.
“Quando começamos a fazer o filme, as pessoas diziam, ‘Oh, Gitmo ainda está aberta?’ eu fiquei como, ‘Sim, ainda está lá. Doze anos e pouco. Ainda está aberta’,” Sattler disse. “Ele [o filme] não é suposto para te dar as respostas de Guantanamo Bay, mas levanta a questão. Nós queríamos fazer isso de forma observatória para dizer, ‘Olhe, quando eu olho para Gitmo, parece dessa forma para mim, e eu quero te mostrar alguns ladinhos estranhos disso que eu não acho que alguém tenha visto antes,’ e deixar a audiência fazer sua própria conclusão.”
“O filme um lembrete, absolutamente,” Stewart adicionou. “Eu acho que Guantanamo é um objeto imutável. Ninguém realmente sabe o que fazer com isso… O que mostra uma visão muito objetiva do que aprendemos sobre este lugar. Não está oferecendo nenhuma resposta. Está definitivamente fazendo perguntas. Mas eu acho que é importante fazer filmes sobre coisas relevantes, tópicos. Não estamos mudando nada. Não estamos descobrindo como lidar com os problemas do mundo, mas estamos lembrando as pessoas que este em especial ainda existe.”
Fonte | Tradução: Ingrid – Equipe Kristen Stewart Brasil