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Confira a entrevista que Kristen deu para a revista Les Inrockuptibles e os scans da edição de setembro:


Scans > 2014 > Les Inrockuptibles (França) – Setembro

Kristen Stewart, com apenas vinte e quatro anos, mas há mais de dez no ramo, fez seus primeiros passos no cinema europeu através de Sils Maria de Olivier Assayas. Uma entrevista com uma atriz muito confortável com seu status.

Muitas assistentes, duas publicistas, um segurança, uma maquiadora, um câmera filmando cada movimento dela: é cercada por essa esquadra, andando rapidamente, que Kristen Stewart se junta a nós. Bem distante da imagem de uma jovem, hesitante mulher popularizada por Twilight, ‘K-Stew’ parece extremamente confiante, quase intimidante.

Em Sils Maria, Olivier Assayas brinca com seu status e dá para ela o papel de uma assistente pessoal de outra estrela, Juliette Binoche. Brilhante e pragmática, ela viaja admiravelmente entre o entrelaçamento teórico do filme, oferecendo-se uma boa viagem, na primeira classe, no cinema europeu, 12 anos depois de sua primeira aparição em O Quarto do Pânico por David Fincher. Entre dois jatos particulares, ela nos contou sobre essa experiência, tão exótica quanto estimulante.

Você sente que isso muda algo para você, como atriz, ao interpretar em Sils Maria?
Hmmm, não. Na verdade, exceto os cinco filmes de Twilight, eu fiz apenas filmes diferentes um do outro e todos eles mudaram algo. Eu estou muito feliz de ter feito Sils Maria, mas não é uma exceção.

Sendo selecionada para Cannes pela segunda fez, isso tem um sabor particular?
Oh, se você fala disso, sim, claro, é ótimo. Nos Estados Unidos, nós temos o Sundance e outros bons festivais, mas em termos de amor forte e puro aos filmes, Cannes é o lugar. Desde que eu tinha dez anos, eu trabalho muito, eu sou totalmente investida no meu trabalho como atriz e eu vi essa seleção não como um resultado, mas como um grande reconhecimento.

Você vai muito ao cinema?
Isso depende. Quando eu não estou filmando, eu posso me trancar em casa e assistir cinco filmes por dia. Agora eu estou filmando, então eu não tenho tempo. Mas eu não tenho um conhecimento enciclopédico de filmes de qualquer maneira.

O que você está filmando agora?
Estou trabalhando em um filme em Louisiana chamado American Ultra, com Jesse Eisenberg. É uma mistura de ação e comédia, um filme estranho, quase surreal, o que, eu espero que seja engraçado.

Essa é a segunda vez que você trabalha com Jesse Eisenberg, depois de Adventureland. É um filme interessante, mesmo que não tenha sido muito bem distribuído…
Obrigada! Eu estou orgulhosa desse filme, Greg [Mottola] é um diretor sensível. E sim, é um imenso prazer trabalhar com Jesse novamente.

Você conhecia bem os filmes de Olivier Assayas antes de conhecê-lo?
Eu vi ‘Carlos’… e seu filme anterior com Juliette Binoche, o qual eu não sei pronunciar o título [L’Heure d’été], quando eles foram lançados nos Estados Unidos, mas isso é tudo. Eu fiquei impressionada com a sua integridade artística, o que eu consegui ver ao trabalhar com ele. É raro achar um diretor ilustre. Especialmente nos Estados Unidos. Olivier tem seu desejo em mente. Ele não vê as coisas em um termo de marketing e não pensa em quanto esse filme vai gerar. Ele é focado em seu filme, nos seus atores e nada mais.

Como Olivier era no set?
Ele é super durão! Ele controla tudo e, ao mesmo tempo, ele é super legal. Sua mão… veja (ela faz um gesto com a própria mão), é como se ele tivesse segurando tudo bem apertado, não deixando nada escapar por entre seus dedos, mas sua mão é relaxada, nunca tensa… Eu nunca vi isso antes. No set, nós não tínhamos que nos falar por horas. Ele nos deixava relativamente ‘livres’ com Juliette, nós podíamos trazer tudo o que quiséssemos, mas no fim, ele sempre conseguia nos levar para a sua visão das coisas. Aqui está como eu iria caracterizar seu método: ele coloca tudo metodicamente e então deixa ir. É quase como teatro: tomadas muito longas que parecem nunca acabar. Isso é raro, e muito legal.

Você é conhecida por amar improvisação. Assayas te incentivou a ir nessa direção?
Sim, completamente. Eu aprendo as minhas falas, mas eu não sou o tipo de pessoa que decora palavra por palavra, ou ensaia a cena cem vezes antes de interpretar. Foi totalmente aceito por Olivier e Juliette, que me incentivaram a ir nesse caminho (ela pausa). Para ser honesta, acho que eles estavam desestabilizados no começo, assimcomo eu. Demorou uma boa semana para me acostumar com o estilo de Olivier, que dá apenas algumas orientações. Em Hollywood, nós alguma vezes somos dirigidos aos milimetros: “Diga isso, vá até lá, marque essa pause, vire doze graus,” mas eu acho que isso mata a espontaniedade. Eu amo quando a emoção é jorrada no momento.

E Juliette Binoche, como ela era com você?
Comigo? Adorável. Ela tem uma energia louca, é um poço de energia. Juliette é muito excêntrica e ao mesmo tempo, ela não é o tipo de pessoa que entra em uma confusão por nada, você sabe o que eu quero dizer. Ela não se limita a pontificar, como muitos atores fazem… falando por horas sobre seu ofício, sua carreira, sua técnica e, uma vez que o diretor diz “ação”, dá o desempenho mais banal que você já viu… Não, Juliette aplica sua filosofia. No fundo, ela é parecida com Olivier: o que ela propõe nunca se parece com um produto. É um termo tão clchê mas eu acho que é o que a descreve: ela é real.

Com ‘Twilight’, você se encontrou nessa posição de grande produto de marketing. Como você se sentiu?
Não muito bem. Agora eu começo a andar para trás e perceber que essa fama e toda essa histeria ao meu redor eram excessivas. Até agora, eu pago o preço. Eu sou constantemente seguida por paparazzi, minha vida é dissecada nos tablóides… Acredite, não é muito prazeroso, mas eu tenho que lidar com isso.

Sils Maria é justamente uma reflexão sobre a profissão de ator e celebridade. Você encontrou coisas em que você lembrou da sua vida diária?
Sim, mesmo que tenha sido uma composição. Vamos dizer que o filme veio em bom tempo, me permitiu me afastar de tudo aquilo. É um jeito para eu dizer que não estou enganada.

Você conhece esse “circo”, como você diz, desde que você tinha dez anos. Você acha que mudou muito?
Hmmm, não muito. Claro, foi intensificado no meu caso. A internet e as redes sociais – que eu não possuo muito – mudou bastante a relação que temos com o público e com a mídia, mas globalmente, ainda são as mesmas regras.

Quando você tinha dez anos, quem eram seus modelos, as pessoas que te inspiraram a fazer esse trabalho?
Primeiramente, Jodie Foster, com quem eu trabalhei em O Quarto do Pânico. Ela foi muito importante para mim. Eu ainda a vejo algumas vezes e ela ainda é um modelo para mim. Além dela, Catherine Keener me inspira. Recentemente, Amy Adams é uma das melhores, eu acho… E Cate Blanchette, claro!

Com quem você sonha em trabalhar agora?
Vou te dar uma resposta bem típica: Scorsese.