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Clouds of Sils Maria foi finalmente exibido no Festival de Cannes e aplaudido de pé, concorrendo amanhã à Palma de Ouro, prêmio máximo do festival. Confira abaixo partes das críticas de alguns sites sobre o filme e a atuação de Kristen como Valentine:

Yahoo News:
Interpretando uma assistente de uma atriz famosa. Kristen Stewart deu ao Cannes Film Festival uma performance auto-referencial e imediatamente aclamada no último dia do festival. “Clouds of Sils Maria”, de Olivier Assayas, estreou nesta sexta-feira em Cannes, revelando uma nova dimensão de Stewart, atuando em uma produção europeia ao lado de Juliette Binoche. Como a assistente acorrentada-ao-celular de uma veterana atriz internacional reverenciada chamada Maria Enders (interpretada por Binoche), a personagem de Kristen é cheia de ironias.

Telegraph:
Kristen Stewart brilha em seu melhor papel até o momento, no destemidamente drama inteligente Clouds of Sils Maria, de Olivier Assayas, exibido em Cannes 2014, diz Robbie Collin.

(…)

Mas é Stewart quem realmente brilha aqui. Valentine é provavelmente seu melhor papel até o momento: ela é afiada e sutil, conhecível e depois de repente distante, e uma última, surpreendente reviravolta é tratada com uma leveza de toque brilhante.

Irish Times:
O filme é duradouro digno pela performance de K-Stew e J-Bo. Elas são as únicas coisas autênticas num mar de artifícios e má fé.

Little White Lies:
(…) Para ajudá-la através deste metafisicamente tempo ensaiando, está a assistente Valentine, interpretada por Kristen Stewart, que entrega uma performance de imensa estabilidade e textura, preservando bom humor na face de um cargo 24 horas, que envolve estar presa na mentalidade profissional de outra mulher. Sua personagem repleta de tatuagens no antebraço, camisetas vintage de bandas e óculos de armação preta e grossa, é alguém que inicialmente parece com uma satírica arquétipo da despreocupada “boneca das Relações Públicas”, e ainda Stewart transmite um ar de pensativa solenidade, raramente explodindo grandiosamente, tentando bastante teatralidades.

Assayas usa as mulheres como um condutor através do qual discutiremos os paradoxos de interpretar papéis que (emocionalmente) podem representar uma situação real na vida do ator, e sua comunicação é complexa, vivida e também frustrada com a suave correnteza de encanto romântico. O diretor também está usando essa mulheres como um tipo de justaposição de gerações; literalmente em seus interesses culturais, gostos e conexões humanas, mas também através de seus estilos de atuação, com Binoche o fazendo de coração, de forma expressiva e apaixonada(aquela risada!) e Stewart mais segura, estudada e relutante em se abrir para a personagem de Binoche, sua chefe piegas. Juntamente com um sub-trama envolvendo a tumultuosa vida de uma jovem entusiasmada estrela de Hollywood e queridinha dos paparazzi(Chloë Grace Moretz), Assayas está fazendo também uma astuta conexão a personalidade de Stewart fora das telas de cinema assim como os papéis em Crepúsculo que a arremessaram pela estratosfera.

The Film Stage:
(…)

Stewart tem sido uma estranha propriedade durante seu tempo em Hollywood, seus talentos como atriz em sua maioria não testados (ou, melhor colocando, ignorados) na franquia Twilight, apesar de mostrar sinais de promessa em filmes como Adventureland e The Runaways. Val é um papel complexo na qual a atriz nunca perde sua personalidade da vida real, ao invés de abraçá-la para desenvolver uma dinâmica com a performance mais classicamente comovente de Binoche. As duas começam em um trem para Zurique para honrar o incrível colaborador de Maria, um dramaturgo alemão que escreveu o papel que a tornou famosa, quando descobrem que o homem morreu. Mais do que isso, um jovem diretor espera re-encenar a peça com Maria mais uma vez, não no cobiçado papel da juventude forte, mas como a suicida, sem vontade mulher mais velha.

Variety:
Val, a hiper-confiável mulher jovem que serve como a inspetora, mãe, terapeuta e companheira de ensaio de Maria. É Val que fala com sua chefe nervosa, sobre trabalhar na nova versão de “Maloja Snake”, arrastando Maria para um estúdio de produção de um filme de super-heróis apenas para ver Jo-Ann Ellis, a irritável jovem atriz (Moretz) escolhida para interpretar o outro papel.

Ensaiando as falas para o filme, Maria e Val podem estar também descrevendo suas próprias cargas sexuais codependentes, já que tão perversamente o diálogo se encaixa na própria dinâmica cada vez menos saudável do par. Ás vezes, Val desculpa a si mesma para visitar um namorado fotógrafo (contudo, uma estranha montagem de viagem pela montanha sugere que ela deve simplesmente precisar espairecer quando a conexão se torna muito intensa), até finalmente, Val parecer que desapareceu totalmente… apenas um dos muitos mistérios entrelaçados neste rico e sedutoramente sem fim, estudo psicológico.

(…)

Mas Stewart é aquela que na verdade incorpora o que a personagem de Binoche mais teme, enfrentando a técnica mais avançada da atriz mais velha com a mesma espontaneidade, energia agitada que a torna uma das atrizes mais convincentes e assistíveis de sua geração.

Via | Via | Tradução: Fernanda e Karina – Equipe Kristen Stewart Brasil