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Pipoca Moderna comenta sobre o filme Amanhecer – Parte I, dizendo que não havia necessidade de o livro ser dividido em duas partes. Confira.

Já foi difícil nos convencerem de que o último volume de “Harry Potter” seria melhor adaptado para os cinemas em dois filmes diferentes – e, nesse caso, estamos falando de um livro apinhado de informações relevantes, que originou duas ótimas obras cinematográficas. A sensação é ainda mais amplificada durante a projeção de “Amanhecer – Parte 1″, o começo do fim da “Saga Crepúsculo”.

Antes de “Crepúsculo”, a Summit Entertainment era uma subsidiária sem muita importância no cenário hollywoodiano, mas a popularidade dos livros de Stephenie Meyer entre as garotas pré-adolescentes (e algumas outras mais grandinhas) garantiu o espantoso sucesso das adaptações para o cinema e colocou o estúdio entre os pesos-pesados da indústria. Não é à toa que queira esticar ao máximo a permanência da franquia em cartaz.

O problema é que a resolução do triângulo amoroso entre uma adolescente humana, um vampiro centenário e um lobisomem musculoso não rende material suficiente para ser dividido e desdobrado em dois longas-metragens diferentes. Trata-se de uma solução que só pode ser mesmo favorável ao cofre do estúdio – e, quem sabe, para as fãs mais ferrenhas, que não se incomodam de pagar dois ingressos desde que a sua história favorita continue no ar como uma novela interminável de grande audiência. Mas, verdade seja dita: “Amanhecer – Parte 1″ é pura encheção de linguiça.

O primeiro terço é focado no casamento de Bella Swan, a mocinha interpretada por Kristen Stewart, e Edward Cullen, o vampiro vivido por Robert Pattinson. O lobisomem Jacob Black (Taylor Lautner), ainda apaixonado por Bella, observa a cerimônia à distância, num misto de revolta e aceitação. Está decidido que, após as festividades, Bella será convertida em vampira – mas não antes de passar uma lua de mel ensolarada em uma ilha fictícia na costa do Rio de Janeiro (o maridão pode tomar sol à vontade, já que no mundo de “Crepúsculo” os vampiros não queimam à luz solar, apenas brilham como diamantes).

Bella e Edward se casam virgens, respeitando os desejos do rapaz no filme anterior – e da autora dos livros, uma mórmon praticante que insiste em defender os seus princípios de pureza por meio dos personagens. E que pureza! Quando o casal finalmente consuma a relação (em uma cena que alterna investidas cômicas e romantismo com desconcerto constrangedor), a força vampírica de Edward causa a Bella machucados e hematomas, com os quais a garota, que já está sacrificando a convivência com a família e os amigos para seguir o amado por toda a eternidade, não parece se importar.

E não para por aí: já na primeira relação sexual, Bella engravida, mesmo sendo sabido, por todos que já leram um romance gótico autêntico, que vampiros não são capazes de procriar. Como se não tivesse sido punida o suficiente por abrir mão da castidade, Bella se torna então refém da própria cria.

Ninguém, nem mesmo o clã vampiro que acolheu Edward, conhece a natureza do feto. Só o que se sabe é que ele se desenvolve com rapidez alarmante, e que está sugando as energias de Bella no processo. A garota espera ser transformada em vampira após o parto, mas o seu estado de saúde se deteriora em ritmo acelerado (um belo trabalho de maquiagem realmente deixa a atriz frágil e debilitada).

A partir desse ponto, Jacob se volta contra a própria matilha, que encara a gravidez de Bella como uma ameaça em potencial, e faz plantão na mansão dos Cullen para protegê-la. É uma injeção de ânimo na trama.

Tal como no livro, a ênfase da narrativa passa a ser o lobisomem. Não é muita coisa, mas rende momentos um tanto mais inspirados do que a visão açucarada de Bella Swan. Com exceção de uma sequência vergonhosa em que os lobos se comunicam por telepatia, o terço final de “Amanhecer – Parte 1″ tem ousadia surpreendente. Nada muito pesado para não chocar o público-alvo, mas forte o suficiente para parecer um episódio de “True Blood” editado para a Sessão da Tarde.

Esse é o ponto em que “Amanhecer – Parte 1″ progrediu em relação aos filmes anteriores. Em todos os demais aspectos, permanece no mesmo nível mediano, pendendo para o fraco.

O trio principal continua inexpressivo, com uma pontinha de melhora da parte de Kristen. O roteiro parece baseado em séries teen pouco sofisticadas, utilizando canções suaves como muletas narrativas.

Bill Condon, de “Dreamgirls”, assume a direção, mas não se nota qualquer mudança ou evolução em relação ao tom firmado pelos cineastas anteriores. O que pouco deve importar às fãs cativas. Afinal, o filme dá espaço suficiente para que todas delirem e berrem em plenos pulmões com o grude do casal principal. E, graças à esperteza da Summit, a experiência ainda vai se repetir pelo menos mais uma vez, no próximo ano.