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27, out
postado por KSBR Team

O site O Globo fez um artigo falando sobre Floria Sigismondi – diretora de The Runaways – e sobre o filme, confiram:

RIO – Nascida no subúrbio de Wynnewood, na Filadélfia, e criada na Los Angeles do fim dos anos 60, Joan Marie Larkin entendeu cedo que não poderia viver sem música. Filha de cantores de ópera, a diretora italiana Floria Sigismondi também não precisou atingir a maturidade para captar seu destino. Se a primeira fez explodir notas musicais de sua inseparável guitarra, a outra, nascida sete anos mais tarde, em 1965, fez de tudo para captar a energia que ressoa dos amplificadores através de uma câmera. Diretora de videoclipes de David Bowie, The Cure, Björk e Marilyn Manson, entre outros, Floria realizou no início do ano não apenas a sua passagem para o cinema. Com o lançamento do filme musical “The Runaways”, atualmente em cartaz no Rio, a diretora se aproxima de dois ícones que marcaram a sua adolescência, Joan Jett e Cherie Currie, líderes da primeira banda formada exclusivamente por mulheres a obter reconhecimento no masculino universo do rock’n’roll.

– Elas ouviram muita música dos anos 70 para entrar no clima e gravar as canções do filme – conta a diretora. – Eu estava obcecada em fazer o filme musicalmente autêntico. A última coisa que eu queria era a impressão de que as atrizes estavam fingindo. Acho que ter trabalhado com músicos e ser casada com um (o líder da banda The Living Things, Lillian Berlin) me ensinaram o quanto isso é importante. Elas passaram horas ensaiando e acho que realmente se transformaram numa banda.

– Como Joan, eu sempre soube que a música era a minha vida. Trabalhar com vídeos abriu essa possibilidade – conta a diretora. – Na minha vida e nos vídeos, eu me deixo levar pelos sentimentos, pela intuição. E, aos poucos, a urgência de fazer um filme me tomou. Logo pensei em contar a história da banda. Sempre fui apaixonada por essas garotas. Me via muito nelas, no quanto eram vulneráveis e duronas ao mesmo tempo.

Baseado no livro “Neon angel: a memoir of a runaway”, escrito por Cherie Currie, o longa espelha a atração da diretora por duas personagens que se completam ao serem o extremo oposto uma da outra. Entre Joan Jett e Cherie Currie, interpretadas pelas atrizes Kristen Stewart e Dakota Fanning, respectivamente, diferenças claras na personalidade e no potencial artístico se desvelam no longa. Filhas de famílias desestruturadas, Joan surge na tela já solitária, com sua guitarra como companheira e com um instinto musical que se confunde com o de sobrevivência, enquanto Cherie, aos poucos, aprende a lidar com a fragmentação familiar – a inveja da irmã gêmea, o alcoolismo do pai e a ausência da mãe – e uma carreira profissional.

Tanto na história real como no longa, é Joan quem aborda o produtor Kim Fowley e o surpreende com a ideia de montar uma banda só de garotas. É dela que saem as mais inspiradas composições. É Joan quem defende a união da banda quando Cherie, por ser a vocalista principal, se deixa levar pelo cortejo dos fãs. E é também a guitarrista que se mantém de pé ao fim da banda e explode mundialmente com o single “I love rock’n’roll”, à frente do The Blackhearts.

Já Cherie aparece no filme como uma jovem que sonha se transformar numa estrela. Quando adolescente, não aprende a tocar instrumentos, se satisfaz como vencedora de um show de dublagem vestindo a persona de David Bowie – assim como, mais tarde, vestiria a fantasia de rockstar. E é por isso que num dos momentos-chave da história, quando Cherie definha pelo uso e abuso de álcool e cocaína, pela desterritorialização de uma turnê mundial e pela cobrança midiática em torno da sua transformação numa figura mítica e potente, ela joga tudo para o alto e deixa a máscara cair do rosto num brado infantil:

– Quero a minha vida de volta – diz Cherie, entre a sala de estúdio onde o grupo tenta gravar um disco e a porta da rua.

E Joan Jett, encostada na parede e vendo a amiga ir embora, responde:

– Esta é a minha vida.

Joan é a essência do rock; sua rebeldia não lhe deixa opção. Cherie é a menina que sonha com um mundo estrelado e se frustra com a dura realidade.

– Apesar de as duas terem vivido um momento mágico, elas tinham históricos e aspirações diferentes – analisa Floria. – Joan nasceu para tocar rock, enquanto Cherie foi trazida para a banda pelo visual.

Sem os direitos para tratar de todas as integrantes da banda, Floria propõe um filme cujo foco é no relacionamento entre Joan e Cherie, sem um estrito comprometimento biográfico.

– Quis fazer o retrato de uma era a partir da relação entre as duas. Kristen e Dakota puderam passar um bom tempo com Joan e Cherie, o que nos ajudou muito a entender a personalidade de cada uma – ela diz.

Músicos atuam, atores tocam

Acostumada a fazer com que músicos atuem em seus vídeos, Floria teve de conseguir que as atrizes se tornassem críveis como integrantes de uma banda de rock. O resultado na tela espelha uma diretora que se esforça para extrair crueza e visceralidade de suas protagonistas, elementos fundamentais dos bons e velhos hits do The Runaways.

FonteVia