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27, set
postado por KSBR Team

Gente, confiram essa super crítica que a Veja fez sobre o filme da nossa diva:

‘The Runaways – Garotas do Rock’ peca por superficialidade e romantização!!

Estrelado por Kristen Stewart e Dakota Fanning, o filme parece focado em atrair o mesmo público da saga Crepúsculo, em que as duas atrizes trabalham

Em 1975, quatro garotas californianas se uniram num trailer sujo sob o olhar de um produtor musical com pouco mais na cabeça do que a tônica do movimento punk surgido um ano antes nos Estados Unidos, com o grupo Ramones: faça você mesmo. Liderada pela guitarrista Joan Jett e a vocalista Cherrie Currie, The Runaways pavimentou com uma carreira meteórica o caminho de importantes grupos liderados por mulheres na mesma década, como Blondie e The Pretenders.

Pouco mais de um ano separaram os ensaios no trailer do primeiro disco e a primeira turnê internacional do grupo. E menos tempo ainda, o uso desenfreado de drogas e as disputas de ego dentro da banda ou os conflitos envolvendo Kim Fowley, o tal produtor que anos depois dirigiu trabalhos das bandas Kiss e Slade. Jovens demais, com pouca estrutura familiar, expostas ao sucesso imediato e às cobranças de gravadoras e fãs, as Runways sucumbiram.

É uma história instigante que no filme The Runaways – As Garotas do Rock, exibido na sexta-feira no Festival de Cinema do Rio, se torna trôpega e superficial a ponto de, por causa do um roteiro atabalhoado onde fatos apenas se amontoam sem muita explicação, se tornar difícil inclusive situar no tempo o apogeu e a queda da banda, assim como compreender o que a causou.

Dirigido pela italiana Floria Sigismondi, consagrada diretora de clipes de bandas de rock como White Stripes e Marilyn Manson, e tendo como protagonistas as atrizes Kristen Stewart (Joan Joett) e Dakota Fanning (Cherrie Currie), The Runaways peca pelo excesso de romantização ao retratar tanto o sucesso quanto o fracasso com cenas de recorte publicitário (câmera lenta e fotografia embaçada pontuada por trilha sonora), atuações inseguras e caricaturais sem exceção.

Por ignorar ou tratar en passant os motivos pelos quais as relações se esgarçaram, como o uso excessivo de cocaína e barbitúricos, a difícil relação de Currie com o pai alcóolatra, a mãe ausente, o relacionamento amoroso com a possessiva Jett, as cansativas turnês, além da exploração de Fowley, um aproveitador de marca maior como de praxe entre produtores de rock da época, Sigismondi criou um filme onde a tensão que sempre cercou a banda não se estabelece muito menos o sentimento de inadequação social que as levaram ao rock. Preferiu torná-la palatável ao público que acompanha a carreira das duas atrizes na pele de pálidas e insossas vampirinhas na série Crepúsculo.

Quando a banda começa a ruir na turnê do Japão, em 1977 (Cherrie na época declarou aos jornais ter se assustado com a devoção dos fãs e passado por algo próximo da beatlemania), o filme de tão linear nas emoções que transmite sequer imprime um ar melancólico na história de quatro meninas entre 15 e 17 anos de idade com uma guitarra na mão, quase nada na cabeça e, não fossem os excessos e a falta de maturidade, certamente com um longo caminho pela frente.

Nem a potente trilha sonora, ancorada em canções da própria banda e alguns grandes nomes da época como David Bowie e The Stooges, dá vida à cinebiografia que certamente atrairá milhares de adolescentes farejando as musas dos filmes da moda, mas passa longe de, como diz Fowley a certa altura tentando tirar de suas garotas o máximo de atitude possível, provar que “o rock’n roll é um esporte sangrento”. Em The Runaways, o sangue é uma mistura de groselha e chocolate em pó. Pura cenografia. Em resumo, um filme muito aquém da história da banda que se arrisca a contar.

– The Runaways acabou oficialmente em 1979;

– Joan Jett lançou-se em carreira solo e até hoje faz turnê acompanhada do grupo The Blackhearts (assista o vídeo abaixo):