Costumava ser mais fácil viver uma vida secreta.
Poder deixar a sua casa, desaparecer do radar, ter diferentes círculos de amizades, e gastar tempo escondida a descobrindo quem é. Agora, cada movimento, cada erro, acada mudança de personalidade é Twitter, Facebook, MySpace, relatada e monitorados através de uma elaborada rede de celulares e sites.

É assim que eu vejo Kristen Stewart. Ela se viu dentro do caos eletronico quando ela assinou o seu contrato para interpretar Bella, e ser par de Edward, em Crepúsculo.

A atriz, de 18 anos, começa a explorar o que a vida poderia ter sido como que uma geração atrás, em Adventureland, que estreia sexta-feira. A comédia sobre uma menina que se apaixona enquanto trabalha durante o Verão num parque em 1987 – três anos antes de Stewart nascer.

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A personagem adolescente bebe, fuma, mente a todos (especialmente aos membros do sexo oposto) e tentar dar o seu melhor para evitar a abstinência (normalmente uma razão para mentir).

“Filmes como Adventureland lembram-me das vezes em que os meus pais falavam de quando eles eram mais jovens, quando parece que eles eram muito mais independentes”, diz Stewart, sentada num restaurante de praia, de costas para o oceano. “O meu pai estava vivendo à sua custa própria quando tinha 18 anos. A minha mãe saiu (de casa), antes de ela ter sequer acabado a escola secundária.

Os seus colegas foram todos para o negócio do cinema, trabalhando nos bastidores. A sua mãe, Jules Mann-Stewart, é uma supervisora de guiões, e o seu pai, John, é um produtor e manager. Ela também tem um irmão mais velho, Cameron.

Os pais de hoje, diz ela, “são incrivelmente hands-on”. Então ela é rápida a esclarecer: “Não é que os meus pais sejam arrogantes ou isso. … Agora é um pouco diferente, porque estou ficando mais velha, mas há alguns anos atrás, se os meus pais não sabiam onde eu estava num determinado momento , isso era inaceitável. E é muito fácil de acompanhar-te, considerando-se. ”

Não é apenas pais sempre presentes que te faz crescer ainda mais. Trata-se dos teus amigos – e de ti próprio, diz ela. Todos são cúmplices na sua própria vigilância, especialmente os jovens, que vivem obsessivamente a vida, talvez à procura de validação, que ainda não é fácil de encontrar.

«Toda gente sabe quem é você”

“Está tão ligada às pessoas e todos elas sabem como chegar a você, e todos sabem quem é você, de forma explícita. Eles pensam que te conhecem. É como, ‘Acha que me conhece realmente? Eu não me conheço! Como é que sabe que eu não sou diferente com outra pessoa? ” “A sua voz fica um pouco alta, e ela volta a descair na cadeira.

“Quase torna os segredos mais importantes, as poucas coisas que você realmente opta por manter para ti mesmo”, diz ela calmamente.

Agora, Stewart pode ser a única verdadeira adolescente de Hollywood a interpretar meninas mal-humoradas, imprudentes, cautelosamente sexuais, mas ainda desajeitadas, e mais auto-confiante do que muitos pais gostariam de reconhecer.

Outras estrelas da sua idade tendem diminuir, quer no domínio da fantasia de Hannah Montana / Jonas Brothers variedades, ou a reproduzir adolescentes que se parecem mais com famosos, do que com as extrovertidas Gossip Girl.

Stewart ganhou tanto elogios como críticas por ser uma espécie de menina mal-humorada no ecrã – o tipo que pode ver dormindo até ao meio-dia, arranjando discussões com os pais e a fugir, só para tentar escapar de volta em apenas alguns momentos.

Jogos desonestos, amigos desajustados

Em Adventureland, ela um pouco rebelde ao interpretar EM, uma calma mas forte menina que trabalha num dos jogos desonestos no parque temático. Jesse Eisenberg (A Lula e a Baleia) aparece como James, um colega de alma perdida e escravo de salário-mínimo que tenta ter coragem para conquistar Em,enquanto ambos tentam lidar com fraturadas famílias, amigos desajustados e visitantes hostis.

À medida que James consegue chegar mais perto dela, ele descobre que existem tantas Sem diferentes como existem pandas gigantes recheados nos jogos no seu estabelecimento. “Para a EM, nenhuma parte das suas vidas estão ligadas”, diz Stewart. “Ela é uma pessoa diferente em cada uma das circunstâncias.”

Adventureland foi escrito e dirigido por Greg Motolla (Superbad, The Daytrippers), e é baseado na sua própria experiência de trabalho num parque temático com o mesmo nome, em Long Island em Nova York.

Ele diz que a menina da história “precisava de ser complicada e precisava de ser verdadeiramente conflituosa. Precisávamos de uma atriz que pudesse transmitir uma sensação de força realmente credível”, diz ele. “Eu sabia que com Kristen a personagem não seria apenas uma pirralha. Com Kristen, não se pode demiti-la tão facilmente. Ela não é influenciável”.

Em talvez não seja muito mais do que um papel de modelo, mas a atriz diz que há algo de verdadeiro sobre ela, e bonito, de uma forma que a personagem nem sequer imagina. “Eles desconhecem a forma como eles são fixes, eles não se consideram dignos”, diz ela dos principais personagens. “Eu sinto que é uma coisa muito comum.”

Stewart poderia ser um caso de estudo. Sentindo-se merecedora da atenção da comunicação social parece ser uma luta. No início da entrevista, ela diz que é má nisto – falar sobre os seus filmes, e sobre ela mesma.

“Realmente, sou incrivelmente desconexa e nada sincera”, diz ela. “Em geral, os meus pensamento tendem a sair em pouco surtos que necessariamente não se ligam. Se ficar por muito tempo, pode encontrar, assim, a trajectória linear. Mas vai levar um segundo. É por isso que estas entrevistas nunca saem muito bem para mim. ”

É por isso que ela tem sido golpeada por alguns jornalistas e a razão porque muitos consideram que a entrevista com David Letterman para Crepúsculo foi um desastre.

Ela tem uma reputação de ser excêntrica, ou um pouco distante. Mas ao longo de cerca de duas horas, ela revela uma espécie de insegurança. Ela tenta dizer alguma coisa, acha que sai errado, pára e começa de novo, e então finalmente fica frustrada – e cala-se.

Outra coisa que a faz parar a meio de uma frase: meninas adolescentes. Um grupo entra no restaurante, e Stewart cala-se abruptamente até que elas passem. Ela pede desculpa, um pouco envergonhada, e sussurra: “Se esse tipo de menina me virem falando de Crepúsculo, não compreende. Se eu disser ” Jacob ” alto, elas seriam assim -” Elas abrem os olhos e atira as mãos para fora como garras.

“Mais de três meninas dessa certa idade – foge”, diz ela, rindo enquanto a ameaça se senta numa parte distante do pátio. “As meninas são assustadoras. Grandes grupos de meninas me assustam.”

Ela diz que com Pattinson ainda é bem pior. “Eles cobiçam. Acho que metade delas são tão ciumentas que me odeiam”, brinca ela.

Não ajuda que muitos Twilighters queiram que ela e Pattinson sejam um casal na vida real. Ela realmente namora com Michael Angarano, de 21 anos, com quem co-estrelou em 2004 no drama Speak.

“Não torna o meu relacionamento mais forte. Não é como, ‘Talvez eu deva ficar com (Pattinson), para torná-los felizes e isso vai-me fazer mais popular! “ri Stewart, acrescentando que o o seu namorado real” não é de maneira nenhuma uma pessoa ameaçada. Mas, tipo, isso é uma merda. ”

Porquê a adoração?

Mas Stewart está principalmente grata pelo Crepúsculo – embora ela não ache que não fez nada de especial.

“Eu estou realmente orgulhosa de Crepúsculo. Acho que é um bom filme. Foi difícil de fazer, e acho que ficou muito bem. Mas eu não tomo muito crédito por isso. Portanto, quando se aparece nesses locais , e há literalmente milhares de meninas e elas estão todas a gritando o teu nome, fica tipo, porquê? Não sente que mereces isto. ”

Uma pessoa que pensa que Stewart contribuiu muito para a Bella em Twilight é autora Stephenie Meyer. A personagem é considerada por alguns como passiva, deixando que o seu amante vampiro assuma o controle, mas Meyer afirma que Stewart, atualmente filmando a sequência da série Lua Nova, dá à personagem um interior mais forte.

“Kristen faz uma versão da Bella muito forte. E pode-se ver que o que ela está fazendo é demonstra muita maturidade”, diz Meyer.
Fontes: Twilight Portugal e Portal Twilight