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Prestes a ir para o Sundance Film Festival estrear dois filmes, Kristen Stewart aparece na capa da Variety Magazine falando sobre Love Lies Bleeding e Love Me, os dois filmes presentes no festival. Ela também fala sobre como se tornou confortável com sua própria identidade queer. Além da entrevista, Kristen também brincou com a revista em um vídeo em que tenta adivinhar de quais filmes são as falas de suas personagens. Confira:

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“Eu vou sair da porra da indústria.”

Kristen Stewart está cutucando o sofá em que estamos sentadas, falando com uma rapidez e intensidade sobre o que a deixou no limite. Ela passou cinco anos tentando sem sucesso conseguir financiamento para o que ela espera ser sua estreia como diretora, o filme The Chronology of Water, baseado nas memórias da autora bissexual Lidia Yuknavith. Ela está tão chateada com isso que está prestes a arruinar a mobília.

“Não vou fazer outro filme até dirigir esse”, declara ela. Depois, ela encosta no sofá e solta uma risada nervosa. “Mal posso esperar para os meus agentes lerem isso.”

Stewart claramente entrou na fase “foda-se” de sua carreira.

Não se preocupe: ela não vai a lugar algum ainda. Na próxima semana, Stewart colocará as botas de neve na mala para sua oitava viagem ao Sundance Film Festival, onde já estreou filmes como The Runaways e Marcados pela Guerra. Nesse ano, ela tem dois filmes no festival, o romance existencial de ficção científica Love Me e o suspense de crime queer Love Lies Bleeding.

Sentada com ela em uma tarde ensolarada de dezembro em Los Angeles, começo a entender a próxima fase de Stewart. Seu cabelo castanho adorna sua cabeça em um corte mullet bagunçado, e ela está usando uma blusa cinza simples e amarrotada e uma calça jeans rasgada. Ela parece masculina, confortável, ela mesma.

Para chegar nesse ponto, ela passou por mais de uma década de escrutínio implacável da mídia, primeiro sobre seus relacionamentos héteros, depois sobre seus relacionamentos gays, enquanto entendia a própria identidade. Ela aproveitou a fama global da franquia Crepúsculo não para se tornar uma super-heroína ou uma guru de estilo de vida, mas para abastecer uma série surpreendente de filmes independentes aclamados, incluindo Acima das Nuvens, Para Sempre Alice, Certas Mulheres, Personal Shopper e o drama sobre a princesa Diana que a concedeu uma indicação ao Oscar, Spencer.

“Sempre que escuto que ela está fazendo algo novo, fico tão curiosa para saber o que é porque vai ser um filme que nunca foi feito antes”, diz Clea DuVall, que dirigiu Stewart em um de seus poucos filmes em Hollywood durante esse período, Alguém Avisa?, a primeira comédia romântica lésbica apoiada por um grande estúdio. “Ela é tão autêntica e acho que é por isso que muitas pessoas respondem a ela dessa maneira.”

A autenticidade sempre foi crucial para Stewart. Sua habilidade de abrir caminho pela verdade de qualquer cena em que está interpretando a fez ser uma das atrizes mais originais e cativantes de sua geração, e ela lidou com sua vida pública com um charme convincente e estranho, que fez tudo parecer natural. Mas não foi. “As pessoas dizem para mim: “Ah, você se libertou.” E eu respondo: “Bom, sim, tenho 33 anos. Foi muito difícil’”

Quando entrou nos 30 anos, algo profundo mudou para Stewart. Ela é sincera sobre tudo agora, desde se assistir aos 11 anos atuando ao lado de Jodie Foster em O Quarto do Pânico até a defesa pública de Foster durante seu término com Robert Pattinson; desde por que ela se assumiu no Saturday Night Live em 2017 até subcorrentes queer nos filmes de Crepúsculo. E embora Love Me e Love Lies Bleeding não pudessem ser mais diferentes um do outro, os dois filmes alimentaram sua necessidade de explorar os limites de sua identidade.

Esses filmes são o 11º e 12º de Stewart no Sundance; ela vai ao festival desde os 13 anos. Mas dessa vez, em vez de passar só alguns dias em Park City, Utah, subindo e descendo a Main Street para uma procissão de eventos promocionais, Stewart planeja ficar para o festival inteiro.

“Posso conhecer cineastas novatos e realmente ter a experiência do Sundance como ele é conhecido, um terreno fértil para conexões, e sei lá, ficar bêbada e gritar com outras pessoas, tipo: “O que você achou daquele filme de verdade? Não tem jornalistas por perto,’” diz ela, depois faz uma pausa para me garantir: “Vou ser verdadeira com você.”

Quando Stewart subiu no palco do Saturday Night Live em fevereiro de 2017, ela havia passado dois anos tentando convencer a imprensa de que estava tudo bem escrever sobre seus relacionamentos com mulheres, em vez de recorrer à prática irritante de se referir à namorada dela como “amiga”.

“Eu não estava nem escondendo”, diz ela. “Eu estava namorando há anos naquele ponto. Tipo, eu sou uma pessoa bastante conhecida.”

Mas mesmo com essa postura, a palavra “amiga” vindo da mídia desencadeou uma história mais profunda e dolorosa de curiosidade intrusiva sobre a orientação sexual de Stewart: “Por tanto tempo eu pensei: “Por que você está tentando me restringir? Por que está tentando acabar com a minha vida? Sou uma criança, não me conheço o bastante ainda.” A ideia das pessoas falando: “Eu sabia que você era uma criança queer desde sempre” me deixava tipo: “É? Bom, você deveria ter me visto transar com o meu primeiro namorado.’”

Vale a pena insistir nesse ponto: por quase toda a história de Hollywood, atores queer temiam que o público descobrisse quem eles eram, e esse medo manteve as portas do armário fechadas com força. “Por ser gay, eu era muito isolada”, diz DuVall, que se assumiu publicamente em 2016. “Mesmo fazendo um filme pequeno como Nunca Fui Santa, as pessoas imediatamente falavam: “Ela é gay, como podemos tirá-la do armário?” Eu queria me encolher.”

Stewart, no entanto, se assumiu em grande estilo em um monólogo no SNL sobre como o presidente Donald Trump, em 2012, tweetava obsessivamente sobre seu relacionamento com Pattinson. “Donald, se você não gostava de mim naquela época, provavelmente não vai gostar de mim agora porque estou apresentando o SNL e eu sou, tipo, muito gay, cara”, disse ela com grandes aplausos do público.

“Foi legal colocar em um contexto engraçado porque podia falar tudo sem ter que me sentar para fazer entrevistas”, disse Stewart antes de repassar os tipos de perguntas que atores queer precisam considerar antes de se assumirem publicamente: “‘Então, em qual plataforma vai ser feito? E quem vai lucrar com isso? Quem vai ser a pessoa a dar a notícia?’ Fui eu, sozinha.”

Alguns dias depois, menciono o monólogo de Stewart no SNL para Foster no telefone e ela solta uma risada alta. “Nunca soube disso,” diz ela. “Que jeito moderno, engraçado, irônico e maravilhoso de ser honesta com o mundo. Isso é incrível.”

Enquanto Stewart fala sobre sua experiência no SNL, penso como nenhuma celebridade da idade e do tamanho dela se assumiu quando eu era criança nos anos 80 e 90. Então, a carreira dela não sofrer com isso parece um verdadeiro progresso.

Quando conto para ela, Stewart leva a conversa para uma direção inesperada. “Porque eu sou atriz, eu quero que as pessoas gostem de mim e quero certas partes,” diz ela. “Tenho muitas experiências diferentes que moldam quem eu sou e que estão muito, muito longe de serem binárias. Mas sou boa na qualidade heteronormativa. Eu interpreto bem esse papel. Vem de um lugar real, não é falso. Mas é uma merda que se eu fosse mais gay, esse não seria o caso.”

Tento esclarecer o que ela quer dizer: “Então sua carreira teria sido prejudicada se você não tivesse agido com uma feminilidade performática…”

“… que eu sei que me beneficia,” ela admite, concordando. “Por isso que estou tão animada com Love Lies Bleeding.”

No momento em que Stewart assistiu ao filme de estreia de Rose Glass, Santa Maud, um suspense psicológico sobre uma cuidadora cuja obsessão por salvar a alma de seu tutorado assume um fervor angustiante e alucinatório, ela quis conhecer a cineasta inglesa: “Eu não conseguia acreditar que uma jovem mulher que nunca havia feito um filme fez um como aquele”, diz Stewart. “Poder encontrar sua voz dessa maneira não é uma tarefa fácil, e foi um filme ambicioso, engraçado e assustador.”

A atriz organizou uma reunião durante uma viagem para Londres e perguntou para Glass qual seria seu próximo filme. “Ela me contou que era sobre uma garota muito forte,” diz Stewart. “E eu disse: “Tá, acho que é o que vamos fazer.” E ela respondeu: “Sim, mas é diferente.’”

Love Lies Bleeding estreia nos cinemas dos Estados Unidos em março e conta a história de Jackie (Katy O’Brian), uma aspirante a bodybuilder com um físico de matar, que chama a atenção de Lou (Stewart), uma lésbica tímida e masculina que trabalha na academia em que Jackie malha. A atração é mútua e imediata — e complicada depois que Jackie começa a trabalhar para o pai de Lou (Ed Harris), um traficante de armas assassino.

Glass ri quando pergunto como Stewart reagiu ao roteiro. “Ela me disse: “Às vezes, oferecem alguns papéis que você duvida se consegue fazer. Quando li seu roteiro, pensei: ‘Bem, quem mais ela vai encontrar para interpretar esse papel?’”

Como atriz, Stewart ocupa uma categoria: uma jovem estrela de cinema queer cuja presença evoca um grande apoio financeiro. Glass tinha grandes ambições para seu segundo filme, mas não foi até Stewart entrar para o elenco que “a A24 e a Film4 decidiram de repente confiar em mim com todo esse dinheiro.”

Stewart teve um efeito catalisador semelhante em Love Me, que está em competição no Sundance e procura distribuição. Quando os roteiristas e diretores de primeira viagem Andy e Sam Zuchero, um casal, a procuraram para falar do filme, “ela leu em um fim de semana e imediatamente retornou e disse: “Vamos nos encontrar agora,’” diz Sam.

“Estivemos apresentando esse filme sobre uma boia e um satélite que se apaixonam e a maioria das pessoas dizem: “O que? Quem?” adiciona Andy. “Mas Kristen imediatamente respondeu: “Ah, legal, tipo, é uma história de amor pós-apocalíptica que fala sobre ir além das formas e amar a si mesmo acima de tudo… tô dentro. Posso ser a boia?’”

Stewart ficou impressionada com a abordagem do filme sobre como uma pessoa define sua própria identidade enquanto luta contra a maneira como ela acha que deve se comportar. O filme começa muito depois da humanidade ter deixado a Terra e tudo o que restou foram duas IAs: uma boia, chamada Me, criada para catalogar o oceano, e um satélite, chamado Iam (interpretado por Steven Yeun), que está carregado com cada megabyte gravado na história. Eventualmente, Me e Iam adotam avatares humanos baseados em um casal de influenciadores nas redes sociais (também interpretados por Stewart e Yeun) que Me descobre dentro do mainframe de Iam.

Enquanto ela fala sobre filmar com Yeun, Stewart começa a mexer timidamente no cabelo. “Steven e eu interpretamos papéis muito binários, o que foi surpreendente em um filme sobre identidade,” diz ela com uma mistura de irritação e admiração pela facilidade em que entrou na “qualidade heterormativa” mais uma vez. “Eu sentia esse desespero de garota muitas vezes e o Steven era tão pragmático com tudo. Eu pensava: “Minha nossa, a biologia realmente existe.’”

Em um contraste nítido, o que mais interessou Stewart em Love Lies Bleeding foi apenas o quanto o filme parecia assumidamente queer, e como Lou é radicalmente diferente — masculina, briguenta e com muito tesão — dos papéis femininos que construíram a carreira dela.

“Sempre quis que a Lou tivesse esse charme melancólico, que fosse masculina e andrógina de uma maneira que muitas atrizes do perfil da Kristen não são,” diz Glass. “É estranho, mas não consigo pensar em muitos papéis assim que ela tenha feito, e mesmo assim, para ser sincera, parece que talvez seja um pouco mais próximo de quem ela é.”

É difícil não notar como Stewart brilha quando fala sobre as qualidades mais masculinas de Lou. “Havia algo especial em fazer as coisas que eu achava atraentes serem glorificadas,” diz ela. “Era muito sexy. E eu não digo de uma perspectiva externa, eu estava excitada e era legal que as pessoas presenciassem isso.”

Ela quer dizer isso literalmente. Lou e Jackie tem muitas cenas de sexo em Love Lies Bleeding, incluindo uma no banheiro de Lou que vai deixar o público do Sundance excitado e escandalizado. “Elas não tiram as roupas, mas vai chocar as pessoas.”

Stewart e Glass acreditaram que o sexo em Love Lies Bleeding precisava parecer real. “Tudo o que costuma ver é um vestido subindo e a cabeça descendo,” diz Stewart. “Acho que até o sexo hétero no cinema é tão repetitivo. Você pensa: “Ok, eu sei como isso acontece nos filmes, então é o que vamos fazer,” porque ninguém mais quer realmente se revelar.”

E é precisamente o que Stewart queria fazer em Love Lies Bleeding: revelar mais do que nunca em um filme como ela se vê.

Antes das gravações começarem, Stewart visitou a casa de Glass em Albuquerque, Novo México, com o amigo e cabeleireiro para começar a transformação para Lou. “O cabelo dela ainda estava meio grande e loiro,” adiciona Glass. “Ela disse: ‘Ai, tira isso de mim.’” Em um momento, Stewart pegou a tesoura e finalizou o cabelo de Lou, enquanto seu cabeleireiro olhava nervosamente.

“Quando eu assisti ao filme, pensei: “É bem legal me ver assim de novo,” diz Stewart. “Eu não tinha aquela aparência desde O Quarto do Pânico.”

Pela maior parte de sua vida adulta, Stewart evitou assistir ao filme que a colocou no radar do público. Ela completou 11 anos enquanto filmava o filme de David Fincher em 2002, interpretando a filha moleca de Foster, que se mobiliza para ajudá-la quando a casa em que moram em Manhattan é invadida, e ela diz: “Coisas de quando eu era criança me deixam com muita vergonha.”

No entanto, recentemente, O Quarto do Pânico estava passando na TV de sua casa enquanto ela estava com os amigos. “Todo mundo disse: “Vamos, esse filme é tão legal, cara. Você precisa se lembrar,” diz ela, contraindo-se com a memória. Ela concordou em assistir só uma cena, mas acabou ficando para o filme todo, imersa na performance física intensa de Foster e a direção precisa de Fincher. Foi forte o bastante para Stewart superar sua autoconsciência e realmente enxergar o que tantas pessoas queer sentiam nela desde o começo.

“Eu já estava dizendo: “Não fode.” Ela começa a rir. “Eu era gay.”

“Não é interessante?” diz Foster sobre a revelação de Stewart. “Você leva tantas coisas conscientes para um papel, coisas coreografadas e que você pensou. E há coisas com as quais você trabalha que são completamente inconscientes, que você não vai entender até anos depois, ou talvez nunca.”

Foster fala comigo em uma manhã de dezembro dentro do carro “porque todo mundo ainda está dormindo e todos os quartos da casa estão ocupados” e sua perspectiva de Stewart é transmitida pelas lentes da preocupação e do carinho maternal. “Ela é como uma filha pra mim,” diz. “Eu me preocupei que este emprego sugaria tudo de bom nela, porque tive essa preocupação comigo mesma. Havia uma semelhança inconsciente entre nós duas. Acho que por isso sempre fui muito protetora com ela, porque queria que ela crescesse e se tornasse a pessoa que deveria ser.”

Em 2012, depois que Stewart foi flagrada por paparazzi beijando o diretor de Branca de Neve e o Caçador, Rupert Sanders, enquanto ainda estava em um relacionamento com Pattinson, Foster escreveu um artigo para o The Daily Beast em sua defesa.

“Foi um ato muito gentil,” diz Stewart. “Eu realmente precisei que Jodie explicasse o que aconteceu para outras pessoas antes mesmo que eu pudesse entender.”

Foster ainda está frustrada com o alvoroço. “A situação toda foi muito idiota,” diz ela. “Quando você tem 20 anos, faz todo tipo de coisa estúpida. Eu senti muito por ela. Espero que ela tenha tido o espaço e a privacidade para poder se explorar e se tornar um ser humano completo.”

Stewart não deixou aquele escândalo, por mais intenso que fosse no momento, sufocá-la. Em vez disso, ela abraçou completamente sua queerness em sua vida pública — como levar a namorada, a roteirista Dylan Meyer, ao Oscar em 2022. “Não é que não estava com medo,” diz Stewart. “Era que não havia outra maneira de viver.”

Ela até passou a reconhecer que o filme mais ostensivamente heterossexual que ela já fez, Crepúsculo, tem uma faísca queer. “Eu só consigo enxergar agora,” diz ela. “Acho que não começou necessariamente desse jeito, mas também acho que o fato de eu estar no filme já torna uma coisa infiltrada. É um filme muito gay. Digo, Jesus Cristo, o Taylor [Lautner], o Rob e eu, está tão escondido e nada certo. Uma mulher mórmon escreveu esse livro. Ele fala sobre opressão, sobre querer o que vai te destruir. É uma tendência gótica e gay que eu adoro.”

Pergunto para Stewart se ela compreende o quanto sua decisão de se assumir também a transformou em um exemplo para a comunidade LGBTQ. Ela ri. “Você não faz ideia,” diz. “Toda mulher que já conheci na minha vida e que já beijou alguma menina na faculdade diz: “Sim, eu também.” Eu brinco constantemente com a minha namorada. Ficamos sentadas sussurrando: “Ela também é gay. Todo mundo é.”

Pode ser fácil esquecer o quanto isso ainda é raro, uma estrela de cinema gigante vivendo uma vida tão abertamente queer. “Parece uma coisa de geração, onde estou assistindo alguém completar as voltas que achei que não seriam possíveis para mim,” diz Foster.

Depois de proteger sua privacidade por décadas, Foster se assumiu publicamente no Golden Globes de 2013, e só agora interpretou a primeira personagem gay no filme Nyad de 2023. Falar sobre Stewart deixou Foster com uma aura reflexiva. Quando nossa ligação está chegando ao fim, ela apresenta um pensamento espontâneo. “Me perguntam muito sobre quem eu era e o que eu representava na indústria e eu… não sei.” Ela suspira. “Será que eu fui útil em termos de representação? Tenho certeza de que havia uma pessoa de 12, 13 ou 14 anos quando eu era jovem que dizia que eu tinha algo a oferecer para eles na vida como uma pessoa queer. Eu tive que fazer do meu jeito. Tive pioneiros para ajudar no caminho, aos quais sou grata. E agora as pessoas podem ser gratas a Kristen por ser uma pioneira. Eu só… Eu sou grata a ela.”

Esse sentimento de união da comunidade LGBTQ é o motivo pelo qual Stewart se dedicou para abraçar quem ela é como uma mulher queer masculina em seu trabalho como atriz e, aconteça o que acontecer, como diretora.

“Eu gostaria de estar nesse time porque precisamos um do outro,” diz Stewart. “Eu não queria mais ser isolada. Era um mundo que eu não sabia que podia explorar.”

Ela dá aquele suspiro típico de Kristen Stewart e sorri, pronta para embarcar no próximo capítulo de sua vida… começando no Sundance.

“Quero fazer amigos,” disse ela. “Quero ser uma jovem cineasta, preciso encontrar minha galera.”

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

Kristen Stewart compareceu ao último desfile da Chanel do ano, o Metiers d’Art, na noite de quinta-feira (07). O local escolhido foi a cidade de Manchester, na Inglaterra, e Kristen esteve com a noiva, Dylan Meyer, na primeira fila. Confira as fotos e uma rápida entrevista com o WWD em que Kristen menciona seus próximos filmes, Love Lies Bleeding e Love Me:

EVENTOS > EVENTOS E PREMIAÇÕES > EVENTOS E PREMIAÇÕES EM 2023 > (07/12) DESFILE METIÉRS D’ART DA CHANEL EM MANCHESTER

“Foi aqui que Oasis, Ian Curtis e The Smiths nasceram. É a minha praia em relação ao que me anima”, disse Stewart.

“Provavelmente este é o meu desfile favorito da Chanel que já vi ao vivo. Todos os looks são incrivelmente intimidadores — de uma maneira muito sexy. Há uma alfaiataria rigorosa e perfeita neles que é essencialmente britânica”, comentou Stewart, que usava um vestido trapézio exagerado com mangas parcialmente desabotoado na frente.

Falando sobre o futuro, Stewart disse que tem dois filmes estreando e que ambos começam com a mesma palavra. Um se chama Love Lies Bleeding e o outro Love Me. Ela avisa que não haverá nenhum momento fashion como em Spencer, em que uma bolsa da Chanel tinha um papel principal.

“Os dois filmes são tão bizarros, mas muito diferentes, e acho que o que os conecta é o desejo. Há um tipo visceral de desejo violento que existe em ambos, mas de uma maneira muito diferente,” declarou a atriz.

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

Kristen Stewart é capa e recheio da edição de junho da revista ELLE do Japão em um editorial para celebrar a coleção Métiers d’Art da Chanel que foi reapresentada em Tóquio no início do mês. Na entrevista, Kristen fala sobre a parceria de anos com a grife e sobre The Chronology of Water. Leia:

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ATENÇÃO: A entrevista foi conduzida em inglês, traduzida para o japonês, traduzida novamente para o inglês, para então ser traduzida para o português. Algumas informações podem ter se perdido.

“Rock ‘n’ roll e um sentimento de realeza.” As palavras de Kristen Stewart sobre um de seus looks favoritos são uma prova da sensibilidade da musa da Chanel. Ostentando uma beleza atemporal, ela flerta com a jovialidade e com a ousadia como se odiasse o que é seguro. Ela me lembra da própria Gabrielle Chanel. Em um mundo em que cinturas apertadas e acessórios extravagantes eram a norma, Chanel propôs uma simples jaqueta fácil de se movimentar, inspirada na moda masculina, e definiu a próxima geração do estilo chique. Não há dúvidas de que a sensibilidade para criar uma nova era acreditando nessa individualidade é compartilhada. Kristen é a única que usa Chanel com cabelo e maquiagem punk, o que todos admiram, e faz sua própria moda.

“Quando uso as roupas, o mais importante é sentir se posso ou não fazer algo usando elas. Adoro tentar reverter o pensamento convencional e abrir novos caminhos. Porque nem todos recebem a oportunidade de se expressar, quero aproveitar quando se trata de mim. E ir fundo. Tenho essa mentalidade, uso como se fosse minha pele.”

Kristen, que usa palavras simples, porém originais, também se expressa vividamente sobre Virginie Viard, que está liderando a Maison atualmente. Ela elogia o charme de Virginie, dizendo: “Se não fosse pelo punk rock, ela não saberia o que é.”

“Virginie é natural. Ela não hesita, não força nada. Sua sensibilidade e seus olhos estão sempre procurando por algo. E ela sabe fazer uma mulher se sentir bem. Ela é simples e tranquila. É como se você nem se questionasse, e você alcança isso quando trabalha com ela. Ela tem um processo maravilhoso que trouxe as pessoas para perto. Tenho sorte de ser uma delas. Antes de trabalhar com o Karl [Lagerfeld] e com a Virginie, eu tinha a impressão de que a grife estava “fora de alcance”. Mas as ambições da Chanel são superficiais e não é nada menos do que o amor pelo mundo e pelas pessoas ao redor que contribuem com o trabalho deles por meio de histórias ricas. A narrativa, o impulso e a dinâmica da Chanel são novos à medida que evoluem. Cultive sua curiosidade, sempre esteja ciente de onde você veio, aprenda com isso e seja melhor. Se você entende de onde veio, deve definir para onde vai. Confio no meu caminho com eles, confio na verdade que eles contam.”

“Confiança” é provavelmente uma palavra-chave quando se trata da carreira dela como atriz. De blockbusters de Hollywood para trabalhos com diretores independentes, sua seleção de obras, independentemente do orçamento ou escala de lançamento, já é um sinônimo de Kristen. E em sua primeira tentativa de dirigir um filme, a presença de outras pessoas parece essencial. “Quando The Chronology of Water surgiu, parecia que algo muito vivo estava se destilando por dentro do meu corpo e saindo para o mundo. Sim, a arte. É a minha maneira favorita de alcançar o amor próprio e a auto exploração. Acho que é o melhor jeito de preencher as lacunas e me aproximar das pessoas que eu amo. Tenho tendência em usar minha intuição para escolher meus projetos. Parece bem forte. Consigo ver uma faísca de uma forma bem clara. Também há um momento em que você está junto da equipe e colocando esforços para um mesmo fim. O caminho para chegar até aqui é diferente e todos somos diferentes, mas o sentimento de chegar a um mesmo lugar como colaboradores, de compartilhar a mesma consciência, é meio que um milagre.”

Fonte | Tradução: Equipe Kristen Stewart Brasil

Galeria: Kristen Stewart no Met Gala 2023
04, maio
postado por KSBR Staff

Kristen Stewart compareceu ao Met Gala na última segunda-feira (01) para homenagear Karl Lagerfeld, estilista alemão que ficou à frente da Chanel durante décadas. Karl escolheu Kristen para ser embaixadora da grife em 2013, parceria que dura até atualmente. Confira as fotos na galeria:

EVENTOS > EVENTOS E PREMIAÇÕES > EVENTOS E PREMIAÇÕES EM 2023 > (01/05) MET GALA CELEBRANDO KARL LAGERFELD: A LINE OF BEAUTY

EVENTOS > EVENTOS E PREMIAÇÕES > EVENTOS E PREMIAÇÕES EM 2023 > (01/05) MET GALA CELEBRANDO KARL LAGERFELD: A LINE OF BEAUTY [DENTRO]

Kristen Stewart ficou por trás das câmeras para a boygenius, formada por Phoebe Bridgers, Julien Baker e Lucy Dacus, e dirigiu três videoclipes da banda: $20, Emily I’m Sorry e True Blue. Os três vídeos foram lançados em forma de um curta de 14 minutos que recebeu o título de the film. Kristen compareceu à estreia do curta em Los Angeles e fez uma pequena introdução antes da banda assumir para responder perguntas da plateia sobre o novo álbum. Confira os clipes e fotos da estreia abaixo:

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