Jeremiah Terminator Leroy foi o filme escolhido para fechar o Toronto International Film Festival, mas a imprensa já teve acesso ao filme e postaram suas críticas. Confira algumas traduzidas abaixo:
Baseado na biografia de Savannah Knoop, o ás do filme é Kristen Stewart como sua protagonista, habitando a personagem genderqueer com uma timidez crível e curiosidade que encaixa nos pontos fortes da atriz; ela é complementada com uma enérgica Laura Dern como aliada. Enquanto a dramatização fiel de Justin Kelly não oferece novos detalhes, e apaga no final, o filme continua sendo um retrato envolvente de duas mulheres lutando com suas personalidades privadas e públicas até ela colidirem.
Kelly o encaixe natural para esse material. Sua estreia subestimada I Am Michael focada em na história real de um gay ativista que virou pastor Michael Glatze, e Jeremiah Terminator LeRoy foca em um caso similar de pessoas desconfortáveis em sua própria pele. Quando Knoop aparece na vida de Laura Albert, ela já está bem fundo na sua vida de escritora como JT Leroy, com seu marido músico Geoff (um bom e discreto Jim Strugess) sendo parte do esquema a contragosto. Albert reconhece que ela limita o potencial de JT ao manter o personagem como uma voz no telefone e convence Knoop a se juntar ao esquema com facilidade.
Suas primeiras tentativas de trazer JT para o mundo real são convincentes, pois esses atores são excelentes em habitar seus papéis em diversos níveis de uma só vez. “Eu sou muito boa em fingir ser uma criança feroz de rua de 19 anos,” Knoop diz para Albert, que interpreta a exuberante agente britânica de JT quando as duas vão para uma sessão de fotos. “Isso não é estranho, não é?”
É claro, tudo sobre a situação é exatamente isso – desde a animação de Albert sobre a expensão de um plano arriscado para a estranha peruca que Knoop usa quando está em personagem. Knoop vai de estar em custódia da criação de Albert a desenvolver seu próprio senso de propriedade. Por um tempo, Kelly gera um notável grau de intriga com a trilha sonora de Tim Kvavnosky que entra no cenário com um toque de mistério. O filme, que abre com a frase de Oscar Wilde dizendo “a verdade nunca é pura e raramente simples,” explora essa noção enquanto as duas mulheres percebem que criaram um personagem real preso entre dois recipientes. Stewart permanece uma presença convincente e enigmática, mas ela está bem acompanhada de sua co-star veterana. Enquanto, tecnicamente, uma atriz coadjuvante, Dern frequentemente rouba a cena, aproveitando a oportunidade de mudar entre um trio de personalidades para efeito cômico. É apropriado para um filme sobre os perigos de buscar atenção.
O drama se torna menos envolvente à medida que a história fica mais movimentada, com Diane Kruger aparecendo como Eva, uma interpretação não tão sutil de Asia Argento. A atriz/diretora está focada em convencer JT a lhe dar os direitos de adaptação de The Heart is Deceitful Above All Things, o que Argento conseguiu pouco antes de um artigo da New York Magazine desmascarar Albert e o plano acabar. (O timing de Jeremiah Terminator tem a infeliz chegada após as notícias de que a estrela de “Heart”, Jimmy Bennett, supostamente dormiu com Argento enquanto era menor de idade; Argento negou as acusações.)
Ao apostar nesse cenário e reduzir a exposição jornalistica para os minutos finais, Jeremiah Terminator LeRoy reduz o traumático impacto da atenção da mídia para ambas Albert e Knoop para uma conclusão. Como resultado, a história tem uma qualidade desigual, perdendo-se em cenas redundantes de Knoop interpretando JT – enquanto Albert fica com inveja – e diminuindo a queda dramática para todos os envolvidos.
No entanto, Stewart é cativante em um papel desafiador que exige que ela faça malabarismo com diversas identidades de uma vez. Enquanto desenvolve um romance com um homem que ela conheceu no seu trabalho (a revelação de It Comes at Night, Kelvin Harrison Jr.), Knoop também se apaixona por Eva, inadvertidamente construindo um triângulo amoroso que coloca sua sexualidade fluida em um teste complicado. As qualidades de assistir Stewart enfrentar isso enquanto ela se afasta mais ainda dos papéis héteros que definiram sua carreira antes de se assumir ficam bem em um filme sobre esse processo controverso. (As qualidades do filmes se estendem para a escalação de Courtney Love, que foi enganada pela própria Albert, em um papel coadjuvante.) O roteiro de Kelly é especialmente hábil em investir nos desejos novos de Knoop descobre no meio de seu disfarce, e por que ela tem dificuldades de se soltar. Discutindo com seu namorado sobre por que ela deveria continuar com o jogo, ele diz, “Você parece uma viciada.” Na melhor das hipóteses, Jeremiah Terminator LeRoy amplia o impulso por trás dessa tendência obsessiva de abraçar uma personalidade além da sua.
O filme culmina com uma viagem para o Festival de Cannes de 2004, onde aconteceu a premiere de Heart meses antes da exposição de Albert e Knoop. Kelly traz para a história uma conclusão arrumada, mas ainda consegue deixar em aberto se Albert – agora uma celebridade por si própria – conseguiu o que queria apesar de tudo. Mas ao dar o holofote para Knoop, o final misterioso é pouco relevante. “Author” continua sendo a crônica superior sobre a história de JT LeRoy, mas Jeremiah Terminator LeRoy contém a sugestão tentadora de que não era a história de Albert desde o começo.
The Wrap “Jeremiah Terminator LeRoy”, o filme de Justin Kelly que irá fechar o 2018 Toronto International Film Festival, ocupa uma posição complicada no festival. Os filmes que tipicamente fecham o festival não são para o comércio ou sucesso de crítica.
Mas há boas e más notícias para “Jeremiah Terminator LeRoy”, que estrela Laura Dern e Kristen Stewart e teve seu primeiro screening nesta segunda antes da noite de fechamento no sábado.
A boa notícia é que eventos atuais podem conspirar e talvez trazer mais atenção para o filme, mais do que qualquer filme que já fechou o TIFF. A má notícia é que a atenção provavelmente não é o tipo que os cineastas queriam.
O filme conta a história de Laura Albert (Dern), que publicou uma série de livros com o nome JT LeRoy e fez sua cunhada de 25 anos, Savannah Knoop (Stewart) para posar como andrógino LeRoy em aparições públicas. Quando tudo foi descoberto, Albert foi processada por fraude.
Stewart é, sem dúvidas a escolha certa para Knoop – uma jovem mulher que parece distante e rabugenta, mas intrigada com a bagunça em que se encontra. O papel apenas requer uma certa presença, e Stewart tem isso, mas o personagem contribui para uma figura central frustrantemente inativa, apesar de poucos momentos emocionais quando Eva e seu interesse sexual por ela diminui quando os direitos do filme são garantidos.
Kelly, seus filmes anteriores sendo “I Am Michael”, 2015 e “King Cobra” de 2016, é conhecido por explorar sexualidade de uma forma controversa. Mas “Jeremiah Terminator LeRoy” é uma examinação morna do que poderia ter sido um tópico quente – e isso significa que se arrisca a ser ofuscado pela novela da vida real em torno dele.
The Hollywood Reporter O merecidamente esquecido filme de 2004 The Heart is Deceitful Above All Things tem estado nas notícias recentemente como resultado das acusações de abuso sexual contra a diretora e estrela Asia Argento, anos depois do fim das filmagens, com seu parceiro de cena ainda menor de idade Jimmy Bennett. O desenvolvimento e produção desse projeto, junto com uma representação inflada da premiere em Cannes, são o centro de Jeremiah Terminator LeRoy, com Diane Kruger como a deliciosamente oportunista atriz e diretora, aqui chamada de Eva. Essa conexão lasciva com as manchetes recentes devem dar à versão de Justin Kelly sobre a farsa literária por trás disso um falatório extra. Mas essa mentira é sem coração, no mínimo.
Na verdade, muito mais do que o coração falta no roteiro lento e psicologicamente anêmico que Kelly co-escreveu com Savannah Knoop, baseado na biografia sobre ser atraída pelo escândalo que enganou críticos e leitores no começo dos anos 2000. Para um filme sobre o que está acontecendo sob a superfície elaboradamente encenada, é praticamente só a superfície, até suas observações superficiais sobre fluidez de gênero, identidade queer e liberdade criativa da persona alternativa. Após a premiere como o filme de encerramento em Toronto, esse parece estar indo rapidamente para o exílio do streaming.
A fraqueza do filme não é culpa de Kristen Stewart, que é sempre assistível, e se torna em sua mística andrógina Savannah, mesmo antes de começar a usar a peruca platinada, os óculos escuros e o osso de pênis de guaxinim amarrado em um cordão no pescoço do fictício autor JT Leroy. O filme apresenta um caso ligeiramente convincente de que Knoop foi arrastada para a viagem em um momento vulnerável onde ela estava descobrindo quem queria ser, estando muito fundo antes de ter tempo para contemplar os efeitos colaterais. Mas isso não faz de Savannah a protagonista legítima dessa história, essa seria Laura Albert (Laura Dern), a esposa do irmão músico de Savannah, Geoff (Jim Sturgess).
Laura Albert, como escrita aqui, é seriamente manipuladora, insensível às necessidades de qualquer pessoa e propensa a ressentir-se quando Savannah entra no papel de JT e o mundo começa a clamar por mais dela/dele. Ambas Laura e Speedie, outra personalidade que ela inventa para interpretar a agente britânica e amiga de JT, são insuportáveis. O que é mais problemático, apesar de tudo, é que Laura é posta de lado na maior parte do filme que deveria ser sobre sua história.
Ao invés disso, temos um relato hesitante das contrariedades emocionais de Savannah enquanto ela se envolve romanticamente com Sean (Kelvin Harrison Jr.) em São Francisco e com Eva em Paris durante uma viagem de divulgação organizada pelo editor francês de JT. Mas a dura Eva está mais interessada em conseguir os direitos do livro Sarah de JT do que estabelecer uma conexão duradoura.
Quando Geoff e Savannah deixam claro que a enganação do público foi longe demais, e que JT precisa voltar para as sombras, Laura finge concordar. Mas a notoriedade é difícil para ela desistir, mesmo que venha com o ciúme de ser uma espectadora, e sua exposição é inevitável.
O turbilhão da mídia com a constante ameaça de ser desmascarada deveria trazer algum tipo de tensão para o drama. Mas o filme de Kelly curiosamente falta estrutura, e um pouco repetitivo, já que Savannah tenta colocar limites e então continua a entendê-los novamente. Uma presença tão sedutora como de Stewart, ela não pode respirar muita dimensão na personagem passiva, não convincente e empacotada ou trazer comoção para a busca de Savannah por seu eu completo. O roteiro também falha em cavar mais fundo na apetite do público – assim como Hollywood e o mundo literário – por histórias de reinvenção. Courtney Love, que esteve envolvida no círculo de JT LeRoy, aparece brevemente em um papel inconsequente, mas não há nada interessante sobre o culto à celebridades.
Kelly e Knoop parecem querer fazer o caso que nenhuma das duas mulheres mergulharam na farsa elaborada puramente por fama ou ganho financeiro, mas um jeito de escapar das caixas da identidade feminina. Pode ser, mas há pouco nesse filme sem graça que acompanhe esse ponto de vista feminista. Basicamente, parece apenas um trote que saiu do controle, o que não faz uma história muito envolvente.
The Guardian Dos atores anunciados para estrelar em Jeremiah Terminator LeRoy quando Justin Kelly fez os motores da produção girarem em 2016, somente Kristen Stewart ficou até as filmagens. Ela interpreta Savannah Knoop, uma jovem mulher que posou como a personalidade literária inventada JT LeRoy no começo dos anos 2000, e graças aos deuses do cinema que ela ficou. Uma sinergia fascinante corre entre Stewart e a estranha história da fama de LeRoy no mundo editorial. A vida intensivamente documentada da atriz adiciona mais uma camada em um filme que já possui muito o que falar sobre celebridades, identidade construída, gênero e autenticidade.
Ambos Stewart e LeRoy, um garoto de rua de 19 anos criado pela cunhada de Knoop, Laura Albert (Laura Dern), como um avatar para seus livros, pareceram desconfortáveis com sua fama. Cada um resistiu a atenção amontoada neles, o que só fez o público ficar mais faminto pro detalhes. Eles brincaram com o andrógino, usando cortes de cabelo curtos e soltos, roupas largas. E cada um, de seu próprio jeito, fizeram uma carreira fingindo. Stewart se descreveu como uma péssima mentirosa em entrevistas, sugerindo que honestidade abre o caminho para uma performance mais verdadeira. Laura e Savannah estão unidas na crença de que uma mentira feita com coração pode ser mais real que a realidade empurrada a elas pelo destino. A diferença principal é que Laura e Savannah foram mais livres e rápidas com suas éticas.
Dern interpreta Laura como uma grande manipuladora, que pode convencer qualquer um a fazer qualquer coisa com uma mistura de novos clichês. (“Eu sinto o JT deixar o meu corpo e entrar no seu!” ela diz, convincente o bastante para a satisfação de Savannah.) Quando seu marido/colega de banda Geoff (Jim Sturgess) a apresenta para sua irmã, Laura imediatamente reconhece a colaboradora ideal em Savannah, um pedaço de barro que ela pode moldar em uma imagem incompatível com a sua.
Ela ganha a confiança da menina ao compartilhar momentos de seu passado – o trabalho em uma linha de sexo que a ensinou como ser outra pessoa e o período onde ela tinha 45kg a mais – e assume sua posição como mestre de fantoche. Começa muito inocente, com Savannah colocando uma peruca e óculos escuros para uma foto do autor para acompanhar o artigo, mas o assunto sai de controle. Laura manteve o olhar em seu alter ego posando como a agente britânica de LeRoy, Speeding, alimentando as respostas de Savannah para o inquérito. Mas na época que Asia Argento disfarçada como Ava (Diane Kruger) lançou uma adaptação multi milionária do livro de LeRoy, Laura e Savannah já estavam além de suas mentes.
Enquanto estava no modo LeRoy, Savannah se comporta não muito diferente de como Stewart era durante as turnês de divulgação de Crepúsculo quando um enxame de jornalistas tentavam entrar em sua vida pessoal. Somente quando ela começa a cortar as cordas de marionete, fazendo declarações que não eram pré aprovadas por Albert e começando um romance com Ava, que o frágil sucesso começa a desmoronar. Seus argumentos e a exposição que segue dão lugar aos fragmentos mais intelectuais do filme – debates sobre os limites que qualquer um pode remodelar seu senso de identidade. A história de vida da Laura tem menos valor dependendo de quem conta? Um bem incidental, expressado por um menino anônimo que diz que seu trabalho salvou sua vida, valida uma mentira contada para ganho pessoa? A piada estava realmente naqueles que tropeçaram em si mesmos para elogiar uma imagem? O diretor Justin Kelly não entra em nenhum desses assuntos, reconhecendo que há poucas respostas claras.
As histórias de Savannah e Laura tiveram finais felizes. Cada uma transformou sua notoriedade em carreira, a ironia sendo que elas tiveram que forjar uma história de vida para fazer as suas próprias histórias interessantes para a literatura. Todas elas falam sobre o assunto no coração do emaranhado teórico de Kelly: nossa falta de vontade, incapacidade, ou simplesmente falta de interesse em ver o artista independente da arte. JT LeRoy pode ter sido uma fraude elaborada, mas Kelly consegue achar um pouco de sabedoria na teia de mentiras.
Screendaily: Não há nada sobre essa dramatização assistível, porém trabalhosa, da fraude literária por trás do autor JT LeRoy que seja tão extrema quanto a história real em que foi baseada. Mas as escolhas discretas de Justin Kelly permitem as duas ótimas performances centrais ficarem no meio do palco. Kristen Stewart (interpretando Savannah Knoop/JT LeRoy) é tipicamente sutil; Laura Dern (interpretando Laura Albert/Speedie/a voz e palavras de JT) é um furacão de entusiasmo, maneirismo e carências agonizantes e nuas. Temas intrigantes sobre identidade, fantasia e propriedade criativa são exploradas em um filme onde, de certos modos, forma um triângulo amoroso, embora uma das partes seja fictícia.
A curiosa história do garoto que cresceu em uma parada de caminhões e virou um autor de grande sucesso já foi explorada no documentário Author: The JT LeRoy Story, de Jeff Feuerzeig. Você deve pensar que LeRoy, o alter ego ou avatar literário de Laura Albert, já ficou mais tempo do que devia na área pública, mas o elenco sagaz de Kristen Stewart em um papel gender fluid que é feito sob medida para suas habilidades. Stewart será a chave para a venda do filme, assim como o tem brincalhão e flashes de humor que devem gerar um falatório positivo.
Stewart incorpora Savannah, saída do ônibus e nova na cidade, com uma fragilidade e maleabilidade. Ela mal cresceu, uma criança abandonada, com admiração por seu irmão mais velho Geoffrey (Jim Sturgess) e sua namorada Laura. Ela elogia tudo – o apartamento, a banda de rock Twist and Scream média e medíore de Greoffrey e Laura. E Laura, claramente fã de afirmação de qualquer forma, abraça Savannah como uma irmã perdida, bombardeando-a com amor, atenção e segredos não solicitados em troca da apreciação de Savannah.
Quando Savannah está visivelmente emocionada com o novo livro publicado por JT LeRoy, secretamente escrito por Laura, uma ideia surge. A andrógina Savannah veste uma peruca loira e posa como JT, seu desconforto com a mentira trabalhando a seu favor. Laura, enquanto isso, veste uma peruca vermelha e um sotaque britânico não convincente para interpretar outro de seus alter egos, a amiga de JT, agente e porta-voz, Speedie.
Mas é a atriz e diretora Eva (Diane Kruger), baseada em Asia Argento, que se torna o ponto de conflito. Savannah como JT tem um encontro sexual com Eva; Laura, que fala com a atriz diariamente no telefone, a voz disfarçada com um sotaque sulista, tem o cuidado de apontar que são as palavras de JT, não o corpo de Savannah, que Eva deseja. A relação entre Laura e Savannah se torna uma briga pela posse de JT e de Eva.
Kristen conversou com a revista Entertainment Weekly sobre seu novo filme Lizzie, e falou sobre o romance entre as duas personagens principais e mais sobre o enredo do filme. Confira:
Lizzie, de Craig William Macneill perfura até o osso da história especulativa com sua versão feminista do misterioso assassinato da família Borden, que sugere que a famosa assassina suspeita (Chloë Sevigny) se rebelou contra os abusos de seu pai com sua empregada/namorada irlandesa, interpretada por Kristen Stewart, que explica para o EW por que os opressores patriarcais deveriam prestar atenção no aviso sangrento do filme – e como o projeto evita vestir suas principais amantes no mesmo clichê do cinema do mesmo sexo.
ENTERTAINMENT WEEKLY: Então, sexo em um pombal e assassinatos sangrentos: esse é o romance do ano.
KRISTEN STEWART: [Risos] Sim!A história de Lizzie, na verdade, se tornou uma lenda polpuda e quase cartoonística ao longos dos anos, o que a desumaniza. Você acha que esse filme reintroduzir o elemento humano que faltava?
Eu acho que esse crime lascivo, verdadeiro e frenético foi transformado em folclore. Todos sabem a manchete, mas é legal olhar mais afundo e ler o artigo e considerar que temos muitos detalhes adicionais. Ela estava com muita raiva. Alguma coisa deve ter irritado ela. Ela não é apenas louca. Não estou dizendo que deveríamos ter empatia com assassinos. Eu nunca acho que ser super violento é necessariamente a resposta para tudo. Mas é legal pegar uma história que todos estão familiarizados em preto e branco e dar vida a ela.Existe uma rebeldia nisso tudo, dada a todas as liberdades distorcidas do filme?
Definitivamente. Eu fui para Savannah [para filmar] dois dias depois da eleição do Trump. Essas conversas bem altas que estão acontecendo agora não estava necessariamente no feed da tela dos celulares de todo mundo. Não era algo que estava tão na mídia como agora. Então, sim, eu acho que quando fizemos esse filme ficamos tipo, Deus, imagine duas mulheres com esses vazios, e elas reconhecem isso uma na outra. Seus instintos são tão opostos, mas elas completam a voz uma da outra desse jeito que fortalece a outra o bastante para que, na verdade, elas não sejam controladas e aproveitadas sem nenhuma opção pelo resto da vida. Elas são basicamente prisioneiras em sua própria casa.É interessante e também é uma história de amor trágica. Todo mundo gosta de crimes reais, todos querem saber como alguém seria capaz de fazer algo tão abominável. Mas, nesse filme, não temos empatia, estamos apenas dizendo que era muito mais difícil viver como uma mulher naquela época, e ainda estamos lutando e reconhecendo as coisas pela primeira vez, então é meio louco imaginar: Como era o ‘gay’ naquela época? Como era para duas jovens mulheres terem sentimentos calorosos e transcendentes com feromônios voando entre elas, e um apoio que elas nunca imaginaram de uma outra pessoa? Ainda assim, elas estão usando corsets e Bridget está varrendo o chão e sendo abusada por seu patrão. Imagine todas as diferentes histórias que foram contadas, mas completamente parciais.
Chloë me disse que ela queria acabar com o patriarcado com esse filme. Você canalizou alguma raiva contra o patriarcado na sua performance?
Bridget está em conflito sobre seus sentimentos naturais e ela não é tão extrovertida como a Lizzie porque ela, em sua mente, não tem esse direito. Ela vem da pobreza extrema, ela está totalmente deslocada na América. Ela está completamente sozinha. Quando ela conhece a Lizzie, há um espírito persuadido por causa de seu reconhecimento mútuo. Eu nunca consegui ter essa raiva porque eu estava interpretando alguém completamente calada. Teoricamente falando, sim, eu absolutamente queria fazer parte desse filme porque você vê essas duas garotas que são inteiramente oprimidas e que não podem respirar e estão sendo estranguladas. Escolha não é uma palavra que existia no vocabulário delas. Mesmo que não termine super bem para as duas, apenas conseguir assistir duas pessoas que não podem existir e se sentirem bem ou felizes por um segundo, apenas compartilhar alguns momentos e respirarem um pouco juntas como uma só é, para mim, triunfante.Bridget lida com problemas que estão em destaque agora: Ela é abusada sexualmente por Andrew e é relutante em denunciar por medo de perder seu trabalho. Eu sei que você não está tentando ter empatia por assassinos, mas no ambiente distorcido desse filme, os assassinatos são justificados já que o pai de Lizzie é um abusador?
Eu não quero medir as palavras e dizer que é óbvio que esse é o motivo pelo qual Lizzie precisou matá-lo. Eu nunca iria justificar violência, mas nós somos animais. Se você encurrala um animal após trancá-lo numa jaula e faz coisas bizarras, o que você achar que vai acontecer? Ele vai morder de volta. É satisfatório ver essa reviravolta. Teoricamente, é justificado. Lizzie não era um monstro louco e malvado, ela era vítima de abuso.A famosa cena do assassinato é feita sem roupas. Como você se sentiu com isso?
Eu amo esse detalhe. O fato de que a vemos seguir esse assassinato completamente nua, ela fica feroz. Ela se torna esse animal. Ela está visualmente, impressionantemente feminina no momento, e também muito forte. A imagem do rosto da Chloë, desligada, carregando esse assassinato com sangue respingado enquanto você vê seus seios – é melhor tomar cuidado, cara!É interessante para mim porque a cena de sexo é com roupas, e não é até o assassinato que vemos seus corpos.
Nós nunca fomos inseridas em cenários bonitos. Nunca foi tipo, “Okay, então o seu corset vai abrir!” É claro que não vai abrir! Demora, tipo, uns 10 minutos para tirar, então se vamos transar, vai ter que ser de roupa! Aquele nível de intimidade, essa troca em silêncio que elas fazem, encaixa. Foi presente e honesta. O mesmo com a cena do assassinato, elas não podiam usar roupas porque o sangue ficaria nelas, então elas precisavam tirar. Mas ver Chloë nua com um machado é muito representativo sobre o que é esse filme. Por outro lado, nós em nossas roupas enquanto estamos sendo íntimas estamos tentando ficar por baixo dessas amarradas, tentando muito nos aproximar por apenas mais um centímetro. Nós percebemos que o que é sexy é o imediatismo de não tirar as roupas.Como vocês abordaram a apresentação do relacionamento do mesmo sexo intimamente, mas não explorado sexualmente?
Naturalmente, de uma visão de dentro. É uma história queer em um filme que não o define inteiramente. É muito legal fazer filmes com nuances, camadas e reais, ao invés de pegar algo importante para mim e fazer ser clichê e amplo. Isso me irrita. Eu odeio que apresentem desse jeito. Para elas, a palavra ‘gay’ não é um fato. É um instinto que não possui nome.Chloë e Bryce disseram que eles tiveram encontros espirituais com alguns fantasmas presentes antes e durante as filmagens. Você foi poupada disso?
Não, eu nunca visitei. [Risos] Eu totalmente acredito que a Chloë teve essa experiência louca. Ela teve uma noite conturbada e não conseguia dormir, e ela estava certa de que era o Andrew. Eu, por outro lado, não tive nenhuma experiência específica. Quando você faz um filme sobre uma pessoa real, especialmente se ela já não está mais viva, é aquela coisa onde você imagina se eles podem ver você cutucar o nariz ou algo assim. Você se pergunta se eles estão olhando você. Qualquer ventinho, a Chloë estava tão dominada que ela ficava, “Oh, isso tem que ser a Lizzie!”Bom, se os espíritos visitarem você no futuro, espero que seja para falar que você fez um bom trabalho no filme.
Deus, eu espero!
Kristen está na capa da quarta edição da revista Mastermind e em uma prévia postada pela People, a atriz fala com sinceridade sobre sexualidade em sua vida e em Hollywood. Confira:
Kristen Stewart está perfeitamente bem ao manter as coisas vagas quando se trata sobre sexualidade.
A atriz de 28 anos encanta na capa da revista parisiense Mastermind Magazine onde ela fala verdadeiramente sobre como é melhor manter algumas coisas sem resposta.
“Sim, ambiguidade é a minha coisa favorita, sempre. Em termos de sexualidade? Claro,” ela diz. “E também em filmes, se você responde perfeitamente a cada pergunta, você não permite as pessoas a terem sua própria experiência e a formar um pensamento. Eu me sinto do mesmo jeito sobre como fodemos um ao outro. Você não quer saber sobre tudo o tempo todo.”
Stewart já esteve ligada a homens e mulheres no passado, e confirmou durante seu monólogo no Saturday Night Live em 2017 que ela era “muito gay. Ela recentemente é vista com a modelo Stella Maxwell.
Na entrevista, Stewart também expressou como é importante para os filmes sobre amadurecimento terem mais histórias onde as mulheres aprendem sobre seus corpos do mesmo jeito que os homens sempre fazem nas telas.
“Agora, estou ciente do fato de que assistimos, em termos de cinema, homens e seus jeitos com seus corpos e coisas físicas que são fundamentais para a perspectiva masculina,” ela diz. “Em todos os filmes sobre amadurecimento sobre jovens meninas, mesmo que seja a coisa mais sincera, há uma falta de verdade física sobre as experiências femininas e o jeito como descobrimos nosso corpo. É como se tivéssemos medo de usar certas palavras.”
Stewart diz que ela está escrevendo um filme que irá lidar com esses tópicos.
“Minha fala favorita no filme que estou escrevendo é, “Eu pensei sobre Sienna Torres e sua mão na minha boceta tão aberta quanto uma boca dizendo filho da puta,” ela recita. “Isso não é algo que as pessoas ficam confortáveis ouvindo, até agora, mas eu acho que é o tempo perfeito. Não tem nada sujo sobre isso, mas eu definitivamente serei vulgar, serei completamente aberta sobre o fato de que somos seres inteiramente sexuais.”
Durante o dia de entrevistas para divulgar seu novo filme, Lizzie, Kristen Stewart falou um pouco sobre o aguardado reboot de As Panteras e sobre os 10 anos de Crepúsculo, além de falar sobre o longa sobre Lizzie Borden. Confira:
Kristen Stewart diz que o aguardado reboot de As Panteras dirigido por Elizabeth Banks definitivamente será original.
O ET conversou a atriz de 28 anos sobre seu novo filme, Lizzie, na quinta-feira, onde ela também comentou sobre a recente entrevista de Lucy Liu que diz que o reboot terá um “resultado positivo para as mulheres.” Liu estrelou em As Panteras (2000) e As Panteras: Detonando (2003) ao lado de Drew Barrymore e Cameron Diaz.
Stewart irá interpretar uma das Panteras no reboot de Banks ao lado de Naomi Scott e Ella Balinska.
“Oh, é muito legal que ela disse isso,” Stewart conta ao ET sobre os comentários positivos de Liu. “É verdade, eu acho, talvez não seja a resposta imediata de todos, tipo, algo que teríamos que pensar bem porque o que vimos na infância foi tão divertido, e você sabe, a reimaginação é tão sólido e com boas intenções e realmente mostra o jeito que as mulheres podem trabalhar juntas agora. Tenta ser acolhedor e divertido, mas falta um elemento que ainda não vimos antes.”
“Não estamos tentando imitar os antigos, mas eu acho que Liz é naturalmente engraçada o tempo inteiro, de qualquer jeito,” ela adiciona.
Stewart compartilha que ela já começou o treino físico para o filme, mas ainda não conheceu Scott e Balinska.
“Eu tenho feito um pouco de boxe, o que eu nunca fiz antes,” ela revela. “Eu estou viciada. Assim que eu começo a lutar, eu percebo que o que estou fazendo é para lutar com pessoas. Isso realmente é agressão e eu odeio. Mas o que estou fazendo ultimamente é falar com a Liz, e eu mal posso esperar para conhecer as outras meninas e eu viajo no domingo. Vou fazer mais treinos de luta, ficar mais agressiva em breve.”
Mais tarde, Stewart também refletiu sobre o aniversário de 10 anos de Crepúsculo em novembro, o filme que a lançou para o status de A-List. Ela diz que o elenco, que inclui Robert Pattinson, Anna Kendrick, Taylor Lautner e Nikki Reed, ainda mantém “um pouco” de contato.
“Sim, faz bastante tempo,” ela diz. “Eu não sei, é engraçado. Eu também vivo no mesmo bairro por 10 anos e eu pensei sobre isso outro dia, que uma década atrás lá não era tão cheio, e eu achei bizarro dizer algo assim. Então, é a mesma coisa, porque certas coisas, certas memórias, ficarão com você para sempre. Então, nunca vai ser normal dizer que algo faz tanto tempo assim, e eu me sinto da mesma forma.”
Atualmente, Stewart continua a animar seus fãs graças a suas escolhas imprevisíveis na carreira. Seu último filme, Lizzie, é um suspense psicológico baseado nos famosos assassinatos de 1892 da família Borden. O filme estrela Chloe Sevigny como a famosa Lizzie Borden, que foi acusada e inocentada de matar seus pai e sua madrasta com um machado. Stewart co-estrela como Bridget Sullivan, que secretamente desenvolve um relacionamento íntimo com Borden.
Sevigny conta ao ET que ter Kristen no elenco foi um sonho realizado para ela.
“Ela era a única possível, sim,” Sevigny diz. “Ela é uma das minhas favoritas, talvez a minha atriz favorita trabalhando hoje em dia, e eu gosto de sua autenticidade e suas escolhas, sobre o quão real ela é, como ela é como pessoa, e apenas o que ela trouxe para o filme. E ela é incrível de assistir e estar perto, sou fã.”
E o sentimento definitivamente foi mútuo para Stewart.
“Eu honestamente vi a capa do roteiro e já quis fazer o filme somente pelas pessoas envolvidas, e quem estava no comando, porque eu não admiro somente seu trabalho, e sim tudo o que ela é,” ela elogia. “Eu literalmente vi e estava imediatamente dentro. Eu teria feito qualquer coisa para estar no filme.”
Stewart também admite ser uma grande fã do gênero crimes reais, e maratona ocasionalmente.
“Quando eu faço isso, eu sempre me arrependo depois porque eu não durmo direito ou tenho pensamentos estranhos de ressaca, como “Por que estou me sentindo desse jeito?” Ou, “Por que estou tendo esse sonho estranho?” Ela diz. “Oh, porque eu fiquei assistindo três horas de assassinatos, o que é algo que eu gosto de ver antes de dormir.”
Kristen estrelou o clipe do novo single da banda Interpol, uma de suas bandas favoritas, If You Really Love Something. O ator Finn Wittrock também participa do clipe! Confira:
Kristen Stewart irá estrelar a nova adaptação da Netflix, A Life in Men, ao lado de uma de suas melhores amigas, Riley Keough. Charlize Theron, que trabalhou com Kristen em Branca de Neve e o Caçador, irá produzir a série. Confira mais informações:
Netflix colocou em desenvolvimento “A Life in Men”, uma série de televisão baseada no romance de 2014 com o mesmo nome de Gina Frangello. Confira a sinopse:
A amizade entre Mary e Nix começou na infância, um laço inquebrável, até os meados de 1980, quando as duas jovens mulheres embarcam em uma viagem de verão para a Grécia. Foi uma viagem planejada por Nix, que acabou de ficar sabendo que Mary foi diagnosticada com uma doença terminal e ficou determinada a ter as melhores férias de suas vidas. Mas quando o momento na Grécia chega ao fim, Nix fica distante de sua amizade, e Mary não faz ideia do motivo. Três anos depois, Nix está morta, e Mary retorna para a Europa para tentar descobrir o que deu errado. No processo, ela conhece o primeiro dos muitos homens que ela ficará enquanto viaja ao redor do mundo. Através deles, ela experimenta não somente um despertar sexual como um espiritual e emocional que a permite entender como o passado e o futuro estão conectados e apreciar a liberdade de viver a vida de forma aventureira.
Kristen Stewart (A Saga Crepúsculo) e Riley Keough (The Girlfriend Experience) irão interpretar as personagens principais, apesar de não ser claro ainda quem irá interpretar qual papel.
De acordo com o Prod Weekly, a série será produzida inteiramente na Grécia.
Charlize Theron (Mindhunter, Girlboss) irá produzir a série através de sua empresa Denver and Delilah Productions. Sarah Walker (Awkward, Santa Clarita Diet) irá escrever.