A estreia de Seberg Contra Todos se aproxima e Kristen concedeu uma nova entrevista para o USA Today falando sobre o filme, Jean Seberg e a química com seu colega de elenco, Anthony Mackie. Confira:

A maioria dos fãs de cinema conheceram Kristen Stewart como a sombria Bella Swan de Crepúsculo em 2008, e provavelmente ainda pensam que aquele foi o primeiro filme dela. Nope. A razão pela qual seu rosto parecia pelo menos um pouco familiar quando ela estava se envolvendo com vampiros e lobisomens era porque Crepúsculo era seu 18º filme.

Muitos de nós a notaram pela primeira vez quando ela interpretou a filha diabética de Jodie Foster em O Quarto do Pânico, de 2002, ou talvez como Tracy Tatro, o possível interesse amoroso de Emile Hirsch em Na Natureza Selvagem, de 2007. Stewart estava apenas em papéis coadjuvantes, mas ela estava em nosso radar.

O sucesso de bilheteria de Crepúsculo realmente deu um tranco em sua carreira, com papéis em Adventureland, The Runaways (como Joan Jett) e uma passagem popular pelo cinema independente com Na Estrada, Acima das Nuvens e Café Society.

Com Seberg Contra Todos, ela toma o papel de Jean Seberg, a icônica atriz nascida em Iowa que se tornou uma estrela da New Wave francesa quando interpretou o papel de Patricia em Acossado de Jean-Luc Goddard, em 1960. Além de aparecer em 30 filmes antes de morrer sob circunstâncias misteriosas aos 40 anos, Seberg também foi uma vítima de uma campanha difamatória do FBI após se envolver com um membro dos Panteras Negras e doar dinheiro para um programa de café da manhã de uma escola comandada pelos Panteras.

Seberg Contra Todos nos mostra um pedaço de sua vida e carreira durante aquela época difícil. Stewart, de 29 anos, que desaparece no papel, falou sobre como abordou interpretar a atriz.

Você sabia muito sobre Jean Seberg antes de fazer o filme?
Eu assisti Acossado. Esse foi meu único encontro com ela antes de ler o roteiro. Então, ao assistir mais de seus filmes, eu descobri que suas primeiras poucas performances são algumas das minhas favoritas. Elas foram feitas em uma época onde, especialmente de um jeito comercial, as coisas eram empacotadas e entregues de um jeito muito diferente. As pessoas interpretavam as coisas no que parecia ser um jeito preparado e habilidoso. Ela era realmente esse tipo de energia e eu sou uma grande fã. Acho que ao entender mais sobre esse pedaço da vida dela, eu fiquei impressionada com a ideia de que essa é como uma nova história. Ela passou por muita coisa, o que esse filme faz seu melhor em mostrar, e no final, aquelas performances são realmente bonitas. Inicialmente eu tinha essa imagem dela como uma gata livre e sem disputas. Não foi mais profundo do que isso de primeira, então foi interessante conhecê-la através da experiência desse filme.

Você achou difícil incorporá-la?
Foi assustador, com certeza. Não foi sobre fazer isso perfeitamente, foi sobre conseguir fazer uma espécie de representação imaginativa de como seria poder devolver o brilho de sua vida que estava disponível para nós nas pesquisas. Mas realmente não havia jeito de conhecê-la dentro daquele período. Você pega uma impressão cumulativa e então tenta protegê-la ferozmente. E o fator de intimidação é parte de tudo isso. Não houve um dia em que eu não fui para o trabalho pensando, “Eu não quero estragar isso hoje.”

Então como você se preparou para o papel?
Eu assisti muitos de seus filmes. Então foi sobre esquecer aqueles detalhes que algumas vezes eram impossíveis de acertar, o que realmente convém à história, porque você quer ver alguém vivendo e não alguém fingindo.

Definitivamente há uma química sempre evasiva entre você e Anthony Mackie na tela. Vocês já se conheciam?
Não, eu não o conhecia antes desse filme. É realmente doloroso ter que criar algo que não existe, como uma coisa fabricada. E também, Anthony era muito bom para esse papel porque ele realmente ama falar, e eu realmente gosto de ouvi-lo falar (risos). Essa parte foi bem real.

Já que você não sabia muito sobre Jean Seberg antes do filme, o que te levou a dizer sim para o papel?
Eu senti que o diretor Benedict Andrews poderia contar a história e que seria seguro – não de um jeito que não seria arriscado, mas de um que teria integridade. É raro confiar em um instinto com tanta segurança, mas senti que estaria trabalhando com as pessoas certas. Ela não estava em uma lista de personagens que eu queria interpretar. Eu não tenho uma lista assim. Eu não sei que eu quero fazer alguma coisa até que esteja na minha cara.

Fonte | Tradução: Equipe Kristen StewartBrasil