Kristen conversou recentemente sobre seus novos projetos com o site Electra Media. Confira:

Kristen Stewart declarou independência quatro anos atrás, logo após o último filme de ‘Twilight‘ acabar com suas obrigações com a franquia.

Para ela, isso é como a liberdade se parece – pequenos filmes como ‘Camp X-Ray’ de Peter Sattler, onde ela interpretou uma soldado no Guantanamo; ‘Certain Women’ de Kelly Reichadt, um lindo filme que foi exibido no Sundance onde ela co-estrela com Michelle Williams; e ‘Still Alice’, onde interpreta a filha de Julianne Moore.

Agora, ela está aproveitando seu dia da independência – se desenrolando de ‘Twilight‘ e ‘Snow White & The Huntsman‘ e sem o carrossel de manchetes que os acompanham, ela se reinventou como uma atriz que trabalha com cineastas icônicos incluindo Woody Allen, Olivier Assayas e Ang Lee.

Ela parece surpresa com o fato também. “É insanamente legal,” ela disse. “É incrível, os tipos de pessoa que o universo me deu. Eu estou trabalhando com pessoas que eram meus ídolos na infância.”

Apesar de tudo, a colaboração desse ano com Woody Allen em ‘Café Society’, sua visão da Era Dourada de Hollywood, fez Stewart se destacar – o filme abriu o Festival de Cannes desse ano e uma coisa que os críticos concordaram, foi que a atriz sozinha era iluminada. Seu perfil mais elevado por outra estrela, dessa vez com ‘Personal Shopper’ de Olivier Assayas. O filme absolutamente dividiu as críticas em Cannes, mas o jornal Guardian do Reino Unido brilhantemente descreveu como “muita loucura.”

“Principalmente, é uma história de fantasmas sobre alguém contemplando as perguntas maiores da vida, como se estamos sozinhos,” disse Kristen sobre ‘Personal Shopper’.

No entanto, não é um Caça-Fantasmas. Sua personagem, Maureen, assim como uma medium que acreditar que seu irmão gêmeo morto tem algo para dizer a ela, passa suas horas brincando de servente para uma supermodelo muito rica. Maureen passa o tempo pegando emprestado suas roupas: Balenciaga, Chanel, todos os tipos de roupas que a própria Kristen Stewart usa nos tapetes vermelhos. É uma risada para a indústria de Assayas, com a atriz completamente entendendo a piada.

“Eu me deleito em reconhecer o que está bem obvio para nós pelo menos, a natureza da superfície do que nós – e eu algumas vezes – somos culposamente obcecados com [ela],” ela sorri. “Digo com isso, essas distrações que honestamente não importam, essas coisas brilhantes que nós ficamos obcecados. É divertido para mim concordar com o quão absurdo isso é porque eu estou muito envolvida nisso.”

“Com qualquer outra pessoa eu acho que ficaria forte e interessante, mas é perfeitamente irônico que isso saia da minha boca.”

A nativa de Los Angeles gosta de se arrumar, principalmente por Karl Lagerfeld, mas ainda zomba de si mesma por isso: “Se eu fosse mostrar para o meu eu de 12 anos as coisas que eu faço… por mais que eu ame os aspectos da moda do meu trabalho, eu ficaria chocada aos 12 anos de saber disso. Eu não a escolha mais óbvia para o trabalho.”

Entre ‘Twilight’ e suas primeiras investidas no que parecia ser um trabalho após Bella Swan – ‘On the Road’, de Walter Salles e interpretando Joan Jett em ‘The Runaways’ – ela constantemente parecia ser tachada como mal humorada. Isso é injusto. ‘Twilight’ e especialmente ‘Snow White’ trouxeram para ela o tipo de escrutínio que muitas jovens teriam desistido. Após esse tempo tórrido, as críticas não parecem incomodar a atriz; ‘Clouds of Sils Maria’, sua primeira colaboração com Assayas, teve uma reação mista similar.

“Eu sinto que se você vem de um lugar honesto, nunca vai haver um momento onde você vai se arrepender das escolhas que você faz,” ela diz. “Você nunca se arrepende dos riscos criativos, porque a experiência valeu a pena, mesmo que você não faça um filme perfeito. Nunca há um momento onde eu estou pensando se é ou não uma boa ideia para fazer um filme, parece compulsivo.”

Então o que levaria ela de volta para o set de um blockbuster? Um roteiro muito bom?

“Teria que ser realmente um roteiro muito bom,” ela admite, sorrindo levemente. “Mas, se esse fosse o caso, eu estaria muito animada, porque não há nada como atingir tantas pessoas assim. Nós fazemos filmes para ficarmos mais perto um do outro, não é? E de qualquer jeito que poderíamos compartilhar em uma grande escala, seria incrível. É um pouco raro achar isso no contexto de um blockbuster, porque acredite em mim, quando um filme grande bomba, é incrivelmente gratificante.”

“Eu acabei de fazer um filme com Ang Lee, ‘Billy Lynn’s Long Halftime Walk’, não é o que eu descreveria como um blockbuster, definitivamente não é uma franquia, mas é certamente comercial. E foi em uma escala enorme. Foi realmente interessante entrar em um filme assim novamente. Eu fiquei dizendo, ‘Wow, você realmente tem as armas grandes, você tem mais de uma câmera no set e mais do que 30 pessoas aqui!’ É uma experiência completamente diferente.”

O filme de Lee deverá ser sua próxima estreia. Ele faz as perguntas difíceis sobre a percepção americana dos seus militares, e como a verdade pode ser transformada para algo bem mais degustável para o público. Um filme que apresenta perguntas, sem dar as respostas, é o que Kristen Stewart ama, “porque te permite ter um pensamento que não é cultivado ou próprio do diretor. Eu amo meditações descontraídas.”

É sempre interessante perguntar para uma californiana por uma perspectiva espiritual, especialmente com ‘Personal Shopper’ sendo o mais próximo de suspense que ela chegou desde seu filme na infância com Jodie Foster, ‘Panic Room’. Realmente existe somente o véu fino entre os vivos e os mortos que Maureen acha que existe?

“O que quer que seus olhos estejam notando que seja real é uma experiência pessoal e se isso é ou não o mesmo para todo mundo, ou se isso é algum tipo de fabricação ou ilusão e estamos todos vivendo no Matrix, eu acho que há uma rezão pela qual estamos fazendo essas perguntas,” ela responde.

“Mas, para responder se eu acredito ou não na vida após a morte ou fantasmas ou qualquer coisa assim: Eu não faço ideia, mas eu sei que há algo lá que nós não podemos ver e que nos guia.”

O que quer que esteja guiando Kristen Stewart no caminho da satisfação: está funcionando.