Kristen e Jesse deram uma entrevista via telefone para o site Miami Herald, eles falaram sobre American Ultra e também sobre se voltariam para uma possível sequência. Confira abaixo:

“American Ultra’’ é um dos filmes mais engraçados e mais cheio de violência desse verão, e muito desse humor vem da escalação nada comum de Jesse Eisenberg como um drogado que se transforma em um letal agente do governo.

Eisenberg ri da ideia de atuar em filmes de ação. “Oh sim, quando minha mãe deu a luz à um bebê prematuro e com um nome andrógino, tenho certeza que ela pensou que eu cresceria para ser um astro dos filmes de ação’’, ele diz durante uma entrevista por telefone, a qual Kristen Stewart também estava presente.

Mas Eisenberg e Stewart dizem ter visto algo especial no roteiro de Max Landis, o filho de John Landis, que dirigiu os clássicos “Animal House,” “The Blues Brothers” e o vídeo “Thriller,’’ de Michael Jackcson. E eles estavam ansiosos para trabalhar com o diretor Nima Nourizadeh, cujo filme mais conhecido é o hit de 2012, “Project X.”

“O roteiro era ótimo e os personagens eram tão fiéis ao jeito que eles processavam todo o absurdo que era a situação que estavam vivendo,’’ diz Eisenberg.

Stewart completa: “Nós achamos que o roteiro funcionou muito bem, mas nós poderíamos ter feito de outra forma. Mas Jesse é super inteligente, e eu estava confiante sobre esse cara,’’ que foi seu parceiro em outro filme, Adventureland de 2009.

O filme, que chega aos cinemas nessa sexta – feira, começa como um estilo de filme independente, com Mike Howell (Eisenberg) ficando drogado e trabalhando na loja Cash & Carry, em West Virginia, enquanto sua responsável namorada, Phoebe (Stewart) trabalha em uma loja de empréstimos.

Eles fumam maconha de manhã. Eles fumam maconha de noite. E Mike acha que tudo é normal, até mesmo seus ataques de pânico. Então ele compra uma aliança de casamento para Phoebe e planeja fazer a pergunta, se ele encontrar o momento certo.

Em uma noite na Cash & Carry, Mike tem uma visitante misteriosa chamada Lasseter (Connie Britton),  que tenta passar uma mensagem codificada para Mike que interpreta tudo como uma grande besteira. Mais tarde, enquanto come um pouco de macarrão, ele vê dois homens vestidos de preto mexendo em seu carro e pergunta o que estão fazendo.

Eles atacam. E Mike mata os dois com sua colher. Ele fica paralisado e não sabe o que fazer. Então ele liga para Phoebe.

“Eu acabei de matar duas pessoas,’’ ele diz. Phoebe responde, bem animada, “Isso é ótimo.” E então Mike explica: “Eles tinham armas e facas e estavam sendo uns…”

Esse tipo de humor continua durante “American Ultra’’, enquanto Mike descobre gradualmente que ele foi treinado como um agente especial do governo mas deixado sem nenhuma memória de seu passado. Lasseter era encarregada do programa, e ela descobre que Mike foi marcado para morrer, então toda a baboseira que ela fala na Cash & Carry era na verdade um código que reativava as habilidades de Mike. Ele, claro, não tem ideia nenhuma de onde suas novas habilidades estão vindo, e ele está perplexo.

Foi um papel diferente para Eisenberg, que é conhecido por atuar em papéis inteligentes e tristes em filmes do Woody Allen. E ele ri da mudança de gênero em “American Ultra.”

Stewart nota que Eisenberg sempre ‘’parecia estar a ponto de ter um infarto quando fazia grandes cenas de ação.”

O qual Eisenberg responde: “Eu tinha meu colesterol checado toda manhã. Foi muito mais exaustivo e exigente do que você pensa.”

De fato, estar confuso com tudo o que está acontecendo é charme do filme, especialmente para audiências, que gradualmente entendem a história que é revelada a Mike depois várias cenas de destruição em massa.

“Nós nos jogamos nisso, e pareceu real,” diz Stewart. “Foi legal fazer aquilo, mesmo que nós dois sejamos pessoas incrivelmente ansiosas.”

“Sim, foi incrível,” completa Eisenberg. “Eles explodiram um carro do nosso lado, e foi bem aterrorizante.”

Na essência, o filme é uma grande mistura dos filmes de 1980 e 1990, com inspirações em “The Terminator’’ e “Reality Bites.”

“Landis cresceu no mundo dos filmes, então ele coloca referências a outros filmes – e referenciando eles de um modo maravilhoso,” Eisenberg comenta. “Tem um toque moderno de ironia e autoconsciência.” Eisenberg acha que o humor do filme também vem dos outros atores, incluindo John Leguizamo como um dos amigos drogados de Mike e Topher Grace, como um agente da CIA que cria os planos para matar Mike.

“Topher faz um vilão, mas nada da certo para ele,’’ Eisenberg ri. “Ele quer ser esse grande vilão, mas as pessoas não escutam ele. Nós não somos os heróis típicos e ele não é um vilão típico.”

Nem Eisenberg ou Stewart sabem sobre uma sequência. Depende muito do lucro do filme. Mas até agora parece ser um hit.

Eisenberg considera voltar para uma sequência ‘’se for boa como o primeiro filme.” Mas Stewart não pensa do mesmo jeito, observando o modo que o filme lida com a situação do personagem de Eisenberg como um agente treinado: “Uma vez que a bolha é estourada, como você faz isso novamente?’’

Fonte | Tradução: Ana Paula – Equipe Kristen Stewart Brasil