Kristen e Jesse Eisenberg concederam uma entrevista para a revista Esquire enquanto estavam em Nova York para promover American Ultra. Confira:

O filme de múltiplos gêneros, American Ultra, não pode se espremer em uma linha. O que começa com uma história de amor entre drogados explode em uma saga espiã Bourne antes de graciosamente descompactar em algo inesperadamente íntimo. Há conversar vagas estabelecidas contra starscapes e fumar maconha, há assaltos em lojas de artigos esportivos, há confissões emocionais, há lutas de facas, há humor palhaço, e há o ator de Justified, Walton Goggins, colocando fogo em carros com arrogância psicótica. Mas American Ultra, nos cinemas na sexta-feira, sempre volta para seus principais, Jesse Eisenberg como o distraído Mike, que as genéticas de super soldado são “ativadas” pelo FBI, e Phoebe, de Kristen Stewart, o amor da vida dele que não encara bem a invasão do governo. Com maconha, habilidades inesperadas com armas de fogo, e um bando de excentricidades, o casal navega no cenário torcido do filme. O que nos deixa pensando: Stewart e Eisenberg compartilham algo em comum com os dois heróis maconheiros confusos? Ao falar com os dois atores durante uma parada para a imprensa em Nova York, nós fizemos uma lista:

Eles usaram armas de verdade: Verdadeiro

Stewart: Uma vez, muito para meu desgosto, eu estava com uns amigos, um deles ia para um campo de armas em Los Angeles – o que eu realmente pensava que era louco. Mas eu fui. Você pode entrar e dizer – e eu nunca tinha segurado uma arma, certo? – “Me dê aquela.” Mesmo que fosse muito grande para segurar. Armas me deixam desconfortável. Mesmo no filme. Eu levei muito a sério porque queria respeitar ela. Respeitar seu poder. As pessoas ficam estranhas ao redor delas, também. Ou as pessoas ficam super animadas e com muita adrenalina ou são do tipo que dão um passo para trás. E eu sou definitivamente do tipo que se afasta.

Eisenberg: Eu também. Mas, por sorte, nossos personagens são pacifistas. Nós somos inquietos, eles são inquietos. Combinação perfeita.

Stewart: Inquietos – uma palavra tão boa.

Como Mike, Eisenberg também desenha: Falso

Eisenberg: Nós tivemos esses ótimos artistas vindo ao set e eu teria que desenhar a última linha de algo para fazer parecer que eu estava desenhando a coisa toda, e foi tipo, sem exceção, minha última linha estragou o desenho. Mesmo que fosse uma polegada de comprimento. Como eu poderia possivelmente arruinar isso? Mas eu fodi o desenho com um rabisco extra na orelha do macaco. De algum modo, eu arruinei tudo.

E como Phoebe, Stewart vê uma mulher se sacrificando por amor como uma qualidade admirável: Verdadeiro

Stewart: É realmente legal ver alguém aceitar compromisso com tanta boa vontade por causa de uma conexão humana altruísta. O que é totalmente egoísta, porque isso é o que você quer. Mas é apenas adorável ver alguém desistir de alguma coisa. Foi por isso que quis fazer Crepúsculo. Literalmente. Por isso que pensei que era tão bobo quando as pessoas ficavam, “Então, como você se sente interpretando uma personagem tão fraca que é tão sujeita à contraparte masculina?” E eu fico tipo, “Ela está praticando o livre-arbítrio.” Eu acho que é tão corajoso e legal, especialmente considerando que ela trabalhou tanto para chegar onde chegou e ela provavelmente, através dele, aprendeu mais sobre si mesma, que é como ela discorda desse estilo de vida e prefere viver com ele. Também é legal ver alguém fazer uma mudança na vida, uma mudança drástica. Geralmente as pessoas ficam confortáveis e seguem em frente. Essas crianças são legais. Eu admiro Mike e Phoebe.

Eisenberg: Sua personagem, você percebe, é a personagem mais forte no filme. Ela meio que interpreta vários níveis de vulnerabilidade e você percebe que é por um efeito.

Kristen deu um soco em Topher Grace: Verdadeiro.

Stewart: Eu fiz isso, na verdade. Eu fiz isso acidentalmente. É a segunda vez que isso acontece comigo. Topher tinha um galo em sua testa quando ele estava na minha frente. Eu fiquei tipo, “Oh, Deus.” Mas ele estava bem. Eu sou muito pequena.

Walton Goggins, que atinge o pico da loucura em American Ultra, é tão selvagem na vida real quanto aparenta ser: Verdadeiro.

Eisenberg: [Long pausa] Ele… é um ator muito empenhado e estava interpretando um personagem muito assustador. Eu agora o conheço – ele é um cara muito doce, legal e normal – mas ele é um ator muito empenhado que estava interpretando um personagem muito louco. Foi o melhor para o filme. E ele também estava assustador.

Seu trabalho “ativou” talentos secretos dentro deles: Verdadeiro.

Eisenberg: Somente da atuação eu percebi que eu tenho muita raiva ocultada. E então pedem para você representar isso em um cenário fictício.

Stewart: E sai muito forte!

Eisenberg: Você percebe, eu devo ter tido isso em algum lugar. Você pode atuar, mas pode parecer libertador de algum jeito.

Stewart: Honestamente, eu penso que – e as pessoas poderiam concordar com isso, saindo da minha boca, com certeza – mas eu acho que a raiva é a emoção mais fácil de acessar, por qualquer motivo. Eu acho que pela natureza de levantar a sua voz, é um gatilho físico e de memória.

Eisenberg: Oh, isso é muito ruim.

Stewart: Eu não acho que está revelando muita animosidade enterrada.

Eisenberg: Eu apenas não quero viver em um mundo onde todo mundo tenha esse gatilho rápido de raiva.

Stewart: Isso é o que me assusta também. As pessoas dizem, “Você interpreta a raiva tão bem.” Mas eu não sei o por que, eu não sou uma pessoa com raiva!

Eles sofreram de paranoia induzida por maconha: Uh…

Eisenberg: Eu tive… experiências paranoicas ilegais, independente do que eu fiz antes da experiência.

Okay, eles sofrem de paranoia em geral: Verdadeiro.

Eisenberg: Quanto tempo nós temos? Eu sou sempre paranoico. Há essa fala de Woody Allen, ele diz algo sobre, “Nove de dez vezes, a pessoa paranoica está certa.” Algo assim.

Stewart: Eu acho que eu penso demais nas interações. Eu sou um pouco paranoica socialmente. Eu acho que definitivamente vou sentar em um restaurante e ficar “Todo mundo está olhando para mim,” quando eles não estão. Eu sou totalmente paranoica com isso. Mas é estranho ser paranoica sobre algo que é verdade e quando não é. Você se sente uma idiota, como uma pessoa completamente louca.

Eisenberg: Esse cara na rua ontem a noite disse, “Eu te amo!” E – eu estou em pôsteres de filmes agora, então eu pensei que ele estava falando comigo, e algumas vezes as pessoas dizem isso – e eu fiquei tipo “Sim, eu te amo também, cara.” E então eu percebi que ele estava falando com a namorada dele que estava atrás de mim. E eu sai correndo. Eu olhei de volta e ele estava falando com a namorada dele. Eu fiquei com muita vergonha.

Fonte | Tradução: Mari – Equipe Kristen Stewart Brasil