E ela voltou com tudo! Kristen está na capa da edição de março da revista Marie Claire USA e deu uma super entrevista com direito a um lindo photoshoot com uma convidada especial – Cole! Confira tudo abaixo:


Scans > 2014 > Marie Claire USA – Março

De volta à sala de estar, onde um DVD do desenho Pernalonga reproduz no mudo, ela acende um cigarro Camel, abre as portas de vidro onde seus cães, Cole, Bernie e Bear estão choramingando e arranhando e então volta, exala, se senta e contrai os pés em uma tentativa de queimar o excesso de energia. Ela foi ligada a uma franquia multibilionária e será em muitas outras que ela escolher. Isso parte dela – a energia romântica e o desejo maníaco, cinético e intenso de fazer mais, atuar mais e escrever mais. Isso é como ela vive, explorando quem ela é em algum momento determinado que a faça sentir-se insegura. As escolhas que ela faz, os projetos que ela se envolve, são baseados em coisas que a assusta. “Cara, eu não tenho a mínima idéia do que estou fazendo e é por isso que eu amo,” Stewart diz. “Eu não tinha noção que Twilight se tornaria grande. Certos filmes que eu fiz e pensei que seriam maravilhosos, não foram. Então é divertido não ter o controle. É um estilo de vida meio ‘siga o seu instinto’ – é divertido, mas é assustador. Se não é assustador, é normalmente – você tem que dar um passo para trás e pensar, ‘Você está fazendo essa decisão porque é certo no papel.’ Mas se você não tiver aquele medo, não está certo.”
Ela está em um sofá envolto em um cobertor Navajo e em frente a uma mesa de café feita de tronco de árvore em sua sala de estar com uma vista deslumbrante de Los Angeles. O céu está nublado com nuvens escuras pairando sobre a expansão urbana de tal forma que, se você tivesse que escolher um cenário de filme que mais se assemelha, seria o de Forks, Washington. Ela está vestida mais como uma skatista de algum vídeo da Avril Lavigne do que como a atriz mais bem paga do mundo (supostamente ganhando $22 milhões no ano de 2013) – Vans azuis, um casaco de capuz, uma blusa branca, calça cáqui, dog tag, óculos fundo-de-garrafa e um boné de baseball escrito “Mercenaries.” Depois de se mudar da casa em que vivia em 2012, ela olhou quatro residências antes decidir por essa em um condomínio. A mobília é no estilo de missão, a TV ainda não está presa por cabos, estantes abarrotadas de livros – Steinbeck (seu autor favorito, embora o seu livro favorito seja On the Road), McCarthy, Plath – e uma pequena escultura escrita ‘Foda-se’. Não é uma declaração de estilo, ela só está de passagem: “Eu não sinto como se eu necessariamente preciso ficar presa em algum lugar.”
Embora ela tenha atuado desde que tinha 9 anos de idade, foi o surgimento como Bella em Twilight aos 17 que a levou para a estratosfera. Nenhuma outra atriz tão jovem foi a âncora de uma mega-franquia (Angelina Jolie tinha 26 quando fez seu primeiro Tomb Raider e Jennifer Lawrence tinha 21 quando fez o primeiro Hunger Games.) A performance de Stewart foi tão natural que quando ela fez sua estréia em 2008 com o primeiro romance de vampiros, parecia que ela sempre esteve lá. E, em certo sentido, ela tinha. Ela é tão perfeitamente habitada com cada maneira de menina adolescente – o grunhido quando ela quis dizer “não,” o encolher de ombros e o olhar desviado para o prato quando ela quis mudar de assunto – e o refletiu de volta para o seu material de origem e para a audiência feminina. Cinco Twilight’s e 26 filmes no total, ela se acha na posição de escolher seus próprios projetos – e casas de moda. Desde 2012, ela tem sido a face da fragrância da Balenciaga, Florabotanica, e do mais recente perfume da marca, Rosabotanica. Em dezembro, ela também foi anunciada como a nova face da coleção de outono da Chanel, com a campanha prevista para maio.
“Eu fiz um photoshoot com Bruce Weber quando eu tinha 14 anos para a Interview Magazine. Eu conheci Nicolas Ghesquiere [antigo diretor criativo da Balenciaga, agora da Louis Vuitton]. Eu fiquei encantada – a moda se tornou menos superficial em meus olhos, apesar de não ter sido muito minha coisa. Alguns anos depois, ele me ligou. Ele agarrou-se em mim como artista. Moda tem o melhor e o pior das pessoas. Ele foi um designer que eu queria estar perto. Ele era tão criativo. Se eu tiver que andar em tapetes vermelhos, se eu tiver que estar no mundo da moda, então eu quero estar com ele.”
Mas essas parecem escolhas seguras – enfrentar o mundo da moda é o que as estrelas fazem agora, tanto como sendo parte dos negócios ou apenas nas press junkets ou no tapete vermelho. Será que Kristen Stewart quer criar outra mega-franquia, começando com Snow White and the Huntsman de 2012, onde ela interpretou a heroína principal ou ir para o desconhecido, como ela fez com The Runaways (2010), On the Road (2012) e Camp X-Ray (que foi para o Sundance), onde ela interpreta uma soldada em Guantanamo que desenvolve uma amizade incomum com um detento? Enquanto uma sequência de Snow White and the Huntsman está distante, “Não é onde eu prospero,” diz ela. “Eu realmente gosto de ser jogada no desconhecido e encontrar o meu caminho. Eu não quero mostrar nada para as pessoas, eu quero que elas me assistam e descubram algo.”
O diretor de Camp X-Ray, Peter Sattler, ficou impressionado quando Stewart aceitou fazer o filme. “Isso é um papel minimalista, um desempenho muito interno,” diz ele. “Tudo estava vivendo e morrendo em seu rosto – era um jogo de polegadas, não jardas. O que ela respondeu foi que estava escolhendo um papel diferente de tudo que ela tinha feito antes. Ela precisa achar um novo território, ela precisa estar na borda. Leva muita coragem para dizer, ‘Eu não ligo para o que as pessoas esperam de mim ou o que eles pensam sobre eu estar fazendo esse papel.’ É sobre ela querer se definir, não sobre como outras pessoas querem defini-la. Ela quer crescer, é isso que ela quer agora. Ela é incrivelmente criativa – ela precisa usar isso para dirigir um filme, escrever um livro e começar uma banda.” Juliette Binoche, co-star de Stewart no drama Clouds of Sils Maria (programado para estréia em 2014), a chama de “uma alma exploradora. Ela sabe que quer se arriscar e não sabe onde isso vai levá-la. Ela tem um gênio que a faz tímida algumas vezes. Atuação é sobre fogo e Kristen tem muito em si. Sua necessidade de saber e explorar é tão grande quanto sua paixão. Ela gosta de estar em lugares perigosos e ver se ela consegue sobreviver.”
Stewart lamenta que ela não tenha tantos projetos que a fazem progredir, resultado do tempo que ela não trabalhou muito em 2013. Em vez disso, ela fez road-trips com seus amigos para New Orleans e Nashville, trabalhou em poesia e tocou guitarra e se conectou novamente com as meninas que ela costumava andar no AMC Promenade em Woodland Hills, Califórnia, nos tempos de escola.
Ela é ferozmente orgulhosa sobre sua criação no Valley, ainda representando o código 818 para crianças que vêem Los Angeles, Hollywood, Beverly Hills e Westside como outro mundo. Sua família unida, que inclui três irmãos e pais da indústria (o pai, John, é assistente de palco; a mãe, Jules Mann Stewart, é supervisora de roteiro) ainda são daquela ‘outra América’, como ela considera o Valley. “Andar de bicicleta nas ruas planas e é calor para caralho e o ar é uma merda.” E isso é o que a motiva, ela diz. “O Westside parece para baixo um pouco, tipo, culturalmente. Eu acho que as crianças inteligentes do Valley têm uma agitação extra porque as pessoas ficam presas lá, embora eu o ame e é um ótimo lugar para construir uma família.”
Durante longas viagens de carro – em algum ponto ela ajudou uma amiga a se restabelecer em New Orleans – ela pensou sobre a vida e como, talvez, o maior erro que você pode cometer é tentar controlar seu próprio coração. “Você não sabe por quem você se apaixona. Você apenas não sabe. Você não controla isso. Algumas pessoas tem essa coisa, tipo, ‘Eu vou por aquilo,’ e eu tenho uma versão subjetiva disso. Eu não me pressiono… Se você se apaixona por alguém, você quer tê-lo – mas realmente, por que você iria querer isso? Você quer que eles sejam o que você ama. Eu sou muito nova para responder essa pergunta.” Stewart reconhece o desejo de ter filhos algum dia (e acredita em adoção) e recriar a infância feliz que ela teve. “Eu tive uma infância muito boa para não ter isso, também. Se eu fosse botar dinheiro nisso, definitivamente, sim. Mas você ganha isso, tipo, ainda está longe.” Ela ri. “Digo, nesse ponto, eu não posso nem te dizer se eu quero sair no sábado.”
Em uma viagem no ano passado, Stewart e um amigo dirigiram até o Texas, onde ela escreveu um poema. Ela escreve frequentemente intensos pequenos versos, palavras ou sequências de palavras, reorganizando-os em um processo que ela mesma não entende, mas acredita que é algo essencial para sua sanidade. Este poema, escrito após o fim oficial da saga Crepúsculo, é tipicamente cru e sincero. Antes de ler em voz alta para mim, ela diz, “Oh, meu Deus, é tão embaraçoso. Eu não posso acreditar que estou fazendo isso.”
MEU CORAÇÃO É UM WIFFLE BALL / POLE DA LIBERDADE
Eu construí o luar digital
Você lê o seu relógio, neon ilegível
através da escuridão
Destinadamente… onipresente desânimo
Destruído para metralhar seus sopés…
Vou chupar bem os ossos
Sua natureza perfurou os abrasivos
latejantes órgãos
Pichou tudo o que o homem conhece,
Fluxo apressado e tudo afora entrando
em algo
Enquanto o estrondo fita o deslocamento do sol
Através das nossas janelas tapadas
Ele bate em seu rosto capaz de produzir faíscas e ele se acendeu.
E eu berrava e você estacionou
Chegamos em Marfa
Um dia honesto até esse mastro de liberdade
O diabo não parou de cavar
Ele está falando em linguas estranhas o tempo todo
mendigando
E esse estrago está se esvaindo
Meus olhos
E estou bêbado em seus pedaços
Então olho para baixo da linha
Cada puxão seu tamborila saudações
Saudações minhas

Sua poesia, ela diz, vem do mesmo lugar que sua atuação. “Eu gosto de ser capaz de fazer algo tipo, ‘Aí está.’ Eu não quero soar tão pretensiosa… mas depois que eu escrevo algo, eu fico, ‘Puta merda, isso é louco.’ É a mesma coisa com a atuação: Se eu faço uma boa cena, eu estou sempre “Whoa, isso é bem legal.’”
Alguns amigos do 818 passaram, se reunindo na cozinha. Stewart fez arroz integral e frango e passou a tigela em diante. Eles estão falando sobre seu clube do livro – eles terminaram Less Than Zero de Bret Easton Ellis e agora estão em Sexus de Henry Millers. Stewart tem sido uma leitora ávida desde que ela era criança, quando começou a ler roteiros. (Ela fez seu primeiro filme, The Safety of Objects, dirigido por A.M. Homes, quando tinha 9 anos.) Seu único arrependimento é ter deixado de lado a faculdade. “O maior esforço que já fiz foi trabalhar ao invés de ir para a faculdade. Eu estava preocupada com deixar experiências individuais passarem. Cada filme foi, ‘Preciso fazer esse filme.’ Eu fiz um filme com Tim Blake Nelson [Anesthesia, que encerrou a pouco tempo], e ele é brilhante. Se eu fosse tão inteligente quanto ele, eu teria uma super conversa com qualquer pessoa porque eu sei que tenho isso em mim. Eu só não tenho as ferramentas necessárias e bem desenvolvidas como ele tem. Eu interpreto essa personagem que está tentando seu mestrado de filosofia na Universidade de Columbia e eu acho que eu sou inteligente, mas eu não sou inteligente daquele jeito.”
Somente no ano passado ela tornou-se confiante que mesmo que ela não trabalhe por um ano, ela não será esquecida ou sentir como se tivesse perdido algo. “Haverá sempre histórias para contar e sempre haverá essa parte de mim para descobri-las.” Ela já está no elenco de Equals ao lado de Nicholas Hoult, que começa a ser filmado em julho. E no próximo mês, ela começa a filmar American Ultra, uma comédia que a reúne com seu co-star de Adventureland (2009), Jesse Eisenberg. “Ela é ativamente despretensiosa”, diz Eisenberg. “Ela é parte de um sistema que faz de tudo para fazê-la parecer arrogante e excessivamente cautelosa e ela luta contra isso, para seu crédito. Ela não poderia ser mais acessível e socialmente generosa, solidária e interessada em outras pessoas. É fácil manter um relacionamento com ela porque sua prioridade não é sua vaidade ou reputação.”
Stewart acende outro cigarro e eu me lembro do que ela disse mais cedo: “Eu tenho uma incapacidade embaraçosa, sério, de convocar falsa energia.” E isso é o que é exigido a ela, ele explica, quando ela vai promover seus filmes. “Eu não sou muito boa na TV e não é meu principal objetivo na vida ficar boa. As pessoas ficam tipo, ‘Ela simplesmente não aguenta’ – por falta de palavras melhores – ‘o holofote.’ Não, na verdade, eu não consigo e isso é totalmente que eu sou. Eu amo ser atriz, mas eu sou a última pessoa que quer ter uma festa de aniversário. Eu não tento forçar ou criar uma personalidade… então eu concordo totalmente quando as pessoas dizem que eu sou, tipo, a pessoa mais estranha.” Stewart se reconciliou com seu desejo de ser fiel ao seu eu poético. “Se você está agindo de um lugar natural, então, você não pode se arrepender de nada.”

Palavras escolhidas:
Sobre quase parar de atuar quando tinha 9 anos: “Eu fiz audições por um ano antes de conseguir alguma coisa e eu disse para a minha mãe que eu não queria mais. Eu estava tipo, ‘Eu não quero mais fazer você dirigir por L.A. Se não está acontecendo, não vale a pena.’ Eles pensavam que eu parecia com um menino. Eu achei que não ia acontecer e então, literalmente naquele dia, eu consegui The Safety of Objects, que foi o meu primeiro filme.”
Sobre o anseio de dirigir: “A idéia de fazer um filme me assusta porque eu quero que seja maravilhoso. Se as pessoas forem assistir, eu não quero, ‘Oh, que legal, o primeiro filme dela.’ Eu quero que seja tipo, ‘Boom!’”
Sobre seu jeito: “Eu sou tipo uma extremista. Eu realmente não gosto de estar trabalhando a não ser que eu esteja sangrando por isso. E se eu não estiver trabalhando, então nem tente fazer algum plano comigo.”
Sobre ser julgada como um perigo da fama: “Eu assumo cada erro que eu já fiz, então, não julgue.”
Sobre ser menos inibida: “Eu sempre fui tipo, ‘Se você levantar muitas paredes, você não pode ver. Você está limitando a sua vida tão drasticamente e em um jeito triste.’ Então eu sempre dizia, ‘Eu não estou levantando muitas paredes, eu estou tentando quebrá-las,’ e isso parecia um pouco defensivo – estava definitivamente vindo desse lugar. Mas agora eu estou mantendo-me como se eu não vivesse em uma fortaleza.”
Sobre drogas: “Eu sou uma louca controladora. Eu sou grata que eu cresci nessa era porque se eu tivesse crescido na era dos meus pais, com todas as drogas e o descobrimento e as loucuras, eu acho que não agiria bem quanto às drogas.”

Por trás da capa com Kristen Stewart:
Idade: 23
Residência atual: Los Angeles
Garota Tomboy: A atriz chegou em jeans escuros da 7 For All Mankind, um casaco E.C. Star e Vans azuis.
Garotas arrasam: Sua playlist incluía o indie-rock de Feist e Haim.
Parceira de cena: Sua cachorrinha Cole, nomeada após sua personagem em Camp X-Ray, ingressou com ela na sessão de fotos. A cachorra preta sentiu-se em casa e até posou com a atriz.
Doces verduras: Depois que Stewart notou um coelho no set, a apaixonada por animais o alimentou com manga e salada.

Fonte | Tradução: Mari – Equipe Kristen Stewart Brasil