Kristen concedeu uma entrevista para a revista Little White Lies, do Reino Unido, e na entrevista ela fala sobre seu mais novo filme, On the Road. Confira a tradução, e confira também, os scans em nossa galeria:

Scans > 2012 > Little White Lies (Reino Unido)

Capítulo um: A questão

Robert Pattinson. Twilight. Ficar pelada em filmes independentes. Fama. Há algumas coisas das quais não falaremos com Kristen Stewart. “Ah, Deus.” diz a atriz, levemente surpresa quando damos a ela as boas notícias. Nós estamos sentados no terraço de um hotel – altamente povoado por seguranças no térreo – e estamos na segunda semana do Cannes Film Festival. Com apenas 22 anos, é proporcionado à Stewart um tipo de proteção de elite da mídia normalmente reservado para as maiores estrelas de Hollywood. Mas nós também não queremos perguntar isto à ela.

De fato, LW Lies tem apenas uma questão: do que Kristen Stewart quer falar? “Certo,” ela diz. Então ela pensa. “Não quero me vender. As pessoas são tão estranhas. Elas de repente se acham tão interessantes que elas pensam que vale a pena se vender. Tipicamente falando, a coisa mais interessante para mim sobre mim é, agora, o fato que On the Road está estreando. E eu quero falar sobre On the Road.

Capítulo dois: On the Road

Falar sobre On the Road é descobrir que, embora as pessoas façam à Kristen Stewart muitas perguntas, as respostas levam a um lugar. É simples: ela é uma garota de 22 anos louca apaixonada por seu trabalho. “Ah meu Deus, eu amo demais,” ela diz. “Eu não sou Marylou; Eu sou Sal. Agora, me sinto tão cheia. Estou tipo, explodindo. Eu deveria estar trabalhando. Eu não quero tirar uma pausa. É engraçado, no set, eu não preciso ir ao banheiro, eu não tenho nada errado, eu me sinto perfeitamente bem, da cabeça aos pés. Eu não sinto fome. Eu literalmente nem estou no meu próprio corpo. Eles terminam e me enviam de volta ao meu trailer e eu caio em pedaços. De repente eu percebo que tive que fazer xixi por seis horas. E estou faminta.”

Essa ética camicase de trabalho deixou seu co-star Chris Hemsworth pasmo no filme Snow White and the Huntsman. Por quê, questionou o amado australiano, ela estava atacando uma básica fantasia de Hollywood como se fosse um drama de Paul Thomas Anderson? “Awww…” ela sorri, afeiçoadamente. “Ele é do mesmo jeito. Bem, ele leva isso muito a sério. Às vezes eu preciso fazer isso comigo. Eu simplesmente estou tentando, tentando, todo o tempo. Quer dizer, Walter me disse inúmeras vezes durante On the Road, ‘Para de ir contra, você já está lá.’ Mas eu gosto de estar assustada. Eu amo de repente me sentir fora do controle. Os atores saem por aí usando esses pequenos cintos de ferramentas, no caso de habilidades de atuação. E eu não acho isso interessante de assistir. Eu nunca quero assistir alguém que claramente pode chorar por conta da queda de um chapéu. Isso é tão desinteressante. E tantas atrizes são tão insanas. Elas são destruídas emocionalmente, então elas fingem ser esses personagens. Mas as emoções não vem do lugar certo. Você sabe o que quero dizer?” E você tem que lembrá-la: essa é sua entrevista: você nos diz.

Capítulo três: Vindo do lugar certo

No início, a razão pela qual eu comecei fazendo isso foi simplesmente porque eu queria um trabalho. Meus pais são do ramo – minha mãe é uma supervisora de script; meu pai é um produtor de TV – e eu sempre os admirei, eu glorificava completamente os filmes. E então, no início, eu simplesmente queria a responsabilidade. Eu queria que adultos falassem comigo. Eu queria estar envolvida. Eu estava entediada. Então eu fiz 13 anos e fiz esse filme chamado Speak… Quer dizer, fazer um filme sobre um caso de estupro aos 13 anos, realmente me afetou. Eu de repente senti que as coisas poderiam ser importantes e ajudar as pessoas. Eu fiz esse anúncio para o serviço público logo depois que fiz o filme e esse fluxo enorme de pessoas chegaram e disseram coisas que nunca ninguém disse antes. E isso me atingiu muito profundamente. Eu fiquei como, ‘Uau, algo que eu amo, algo que foi tão pessoal para mim’ – porque neste ponto, eu não havia tido qualquer reconhecimento pelo que tinha feito, foi simplesmente para mim – ‘de repente toquei as pessoas.’ Os filmes podem ser importantes, se você quiser que eles sejam.

Capítulo quatro: Filmes são importantes

Então aqui está. Se você quer que eles sejam, até mesmo filmes adolescentes sobre vampiros com cabelo petrificado e lobisomens em jeans cortados podem ser importantes. Eles podem te ajudar a fazer outros filmes, filmes como On the Road, filmes que poderiam não ter sido vistos ou até mesmo feito, sem você.

Em Hollywood, com grandes poderes vem… ótimas festas. Mas aqui está a razão pela qual você não vai ver Stewart seguindo Lindsay Lohan sendo uma estrelinha fora do controle. Através de um acidente louco, a atriz independente foi mordida por uma franquia radioativa e ganhou poderes especias. Eles não irão durar para sempre. Mas enquanto eles duram… “É estranho estar nessa posição, de, tipo...” Ela suspira, analisando-a. “Não de parecer insano, mas ‘proeza financeira’. Me sinto mal sobre isso. Eu sinto como se precisasse fazer algo. Eu fiz Welcome to the Rileys [no qual Stewart interpretou uma jovem mulher com problemas emocionais] alguns anos atrás e agora eu quero abrir duas casas de passagem, uma em New Orleans e uma em LA, e eu quero fazer um documentário sobre o por que de ser importante. Mas todos esses trabalhos de caridade ridiculamente vazios que você vê? É como, você aparece em um evento e você usa um vestido e você leiloa seu vestido e de repente você se sente importante. Eu quero fazer isso certo. Agora, eu simplesmente sinto isso. Não é para ser desperdiçado. Porque eu sei que minha importância é forte.

Fonte | Tradução: Mariana – Equipe Kristen Stewart Brasil